Cinco anos se passaram desde que um dos momentos mais tristes dos Jogos Olímpicos Rio 2016 para os brasileiros: a derrota da seleção feminina de vôlei para a China nas quartas de final no Maracanazinho.
Em Tóquio 2020 em 2021, a equipe chega menos badalada, mas igualmente confiante na possibilidade do terceiro ouro Olímpico, que pode se somar a Beijing 2008 e Londres 2012. No entanto, as finalistas dos últimos Jogos Olímpicos, China e Sérvia, aparecem como os times mais cotados para o título.
“Em Londres, não éramos favoritas, mas acabamos passando em quarto na classificatória, demos a volta a por cima e fomos campeãs. Então, para mim, não ser favorito não é nem bom nem ruim. A gente vai para brigar e nunca se sabe o que vai acontecer. Em cada edição acontece algo diferente e nem sempre o favorito ganha. Eu vejo isso como positivo.”
- disse a ponteira Fernanda Garay em entrevista coletiva
O Brasil foi vice-campeão da Liga das Nações deste ano, perdendo na decisão para os EUA. No torneio, algumas equipes decidiram poupar suas principais jogadoras para Tóquio.
Para o tricampeão Olímpico como treinador José Roberto Guimarães, é difícil prever o que acontecerá em uma edição tão particular dos Jogos Olímpicos.
“É uma edição diferente em todos os sentidos. Foi uma apreensão muito grande com tudo que estava acontecendo, todo mundo teve que se adaptar. Mas depois de um ano, a gente está aqui pronto para começar os Jogos. Acho que vai ser um momento muito importante para todos nós em função de tudo que passamos.”
- afirmou o treinador José Roberto Guimarães em entrevista coletiva
Das grandes favoritas, apenas a Sérvia caiu no mesmo grupo do Brasil. No outro estão os EUA, que tentarão quebrar o jejum nos Jogos Olímpicos: apesar de terem três pratas e dois bronzes, as americanas jamais venceram o torneio. A atual campeã China, por sua vez, buscará igualar o recorde de ouros (quatro) da União Soviética. Outro país bem cotado é a Itália de Paola Egonu, que participou da Cerimônia de Abertura de Tóquio 2020 segurando a bandeira Olímpica.
Gattaz e Brait enfim disputam Jogos Olímpicos
O elenco da seleção feminina de vôlei do Brasil tem apenas três atletas que disputaram a Rio 2016: Natália, Fernanda Garay e Gabi. Tandara, Carol, Bia e a levantadora Macris disputam os Jogos Olímpicos pela primeira vez, mas a equipe também terá a aguardada estreia Olímpica de duas estrelas muito conhecidas do público brasileiro.
A central Carol Gattaz, que ficou de fora de Atenas 2004 e Beijing 2008 por muito pouco, defenderá o país nos Jogos pela primeira vez aos 39 anos.
Já a líbero Camila Brait foi cortada às vésperas de Londres 2012 e Rio 2016 e chegou a decretar sua aposentadoria da seleção. Porém, depois se tornar mãe, Brait repensou a decisão para que sua filha pudesse vê-la disputando os Jogos Olímpicos.
Datas dos jogos da seleção feminina brasileira de vôlei em Tóquio 2020 em 2021
O Brasil faz parte do Grupo A, com Japão, Quênia, República da Coreia, República Dominicana e Sérvia. Os quatro melhores de cada grupo avançam às quartas de final. Confira aqui a programação completa do vôlei em Tóquio 2020.
- 25 de julho – Brasil x Coreia do Sul - 21:45 (horário de Tóquio) e 9:45 (horário de Brasília)
- 27 de julho – Brasil x República Dominicana - 19:40 (horário de Tóquio) e 7:40 (horário de Brasília)
- 29 de julho – Japão x Brasil - 19:40 (horário de Tóquio) e 7:40 (horário de Brasília)
- 31 de julho – Sérvia x Brasil - 16:25 (horário de Tóquio) e 4:25 (horário de Brasília)
- 2 de agosto – Brasil x Quênia - 21:45 (horário de Tóquio) e 9:45 (horário de Brasília)