Brasil repete 2016, supera Itália no Maracanãzinho e assegura vaga em Paris 2024 no vôlei masculino
Após campanha irregular no início, a seleção brasileira novamente triunfou diante dos italianos no Rio, no tie-break, e obteve a cota para os Jogos Olímpicos, juntando-se a Alemanha, EUA, Japão, Polônia e Canadá. O oposto Darlan foi o nome da campanha da superação, e o treinador Renan Dal Zotto pediu demissão do comando do time.
Vôlei
A história se repetiu, sete anos depois. Um questionado Brasil voltou a derrotar uma favorita Itália no Maracanãzinho, por 3x2 (25-23, 23-25, 15-25, 25-17 e 15-11) neste domingo de 8 de outubro de 2023, e assegurou vaga nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Darlan foi o nome da superação brasileira na campanha.
Na Rio 2016, o Brasil havia superado a Itália por 3x0 para chegar ao tricampeonato Olímpico. Bruninho, Lucão, Lucarelli e o levantador italiano Giannelli disputaram a partida e viveram outro capítulo da rivalidade no Pré-Olímpico.
Após o jogo, o treinador do Brasil Renan Dal Zotto revelou que pediu demissão do cargo para cuidar de sua saúde física e mental.
Como os Comitês Olímpicos Nacionais têm autoridade exclusiva sobre a representação de seus respectivos países nos Jogos Olímpicos, a participação dos atletas nos Jogos de Paris depende de seus CONs selecioná-los para representar sua delegação em Paris 2024.
Brasil 3x2 Itália: como foi a partida
Renan Dal Zotto repetiu a escalação das últimas partidas, com Bruno, Honorato, Lucarelli, Lucão, Flávio, Darlan e Thales.
A Itália começou nervosa, cometendo erros de saque, enquanto o Brasil animava a torcida com um bloqueio de Lucão para 7-4. Em 8-5, os italianos já pediram tempo.
Ainda desorganizados em quadra, os italianos viram o Brasil abrir cinco pontos em 13-8. Entre bolas de Darlan, Lucarelli e Flávio, a seleção foi a 21-15. Um ataque e de Darlan finalizado por Honorato converteu o terceiro set-point para o time da casa, 25-23. 13 dos pontos do Brasil na parcial foram por erros da Itália.
Já no segundo set, Michieletto, Lavia, Romanò e Sanguinetti viraram mais bolas e se colocaram à frente em 9-6 e depois 12-7. Mas o Brasil reagiu. Com cinco pontos consecutivos e Cachopa e Alan em quadra, o set foi a 12-12 e chegou a 18-15 para a seleção.
Quando a Itália igualou em 22-22, o Brasil pediu tempo. Uma bola de segunda decisiva de Giannelli para 24-22 fez a diferença e a Azzurra levou um set que parecia perdido por 25-23.
As ações começaram equilibradas no terceiro, mas a Itália se fortaleceu, especialmente com o poder de ataque do ponteiro Lavia, e abriu uma larga vantagem, fechando em 25-15.
A energia tanto da equipe quanto da torcida brasileira retornaram no quarto set, abrindo 10-6 no placar. Com três pontos seguidos de Darlan, o ginásio foi à loucura e o Brasil colocou o dobro de pontos à frente, 16-8. Com os ânimos na altura, a Itália esboçou uma reação, mas Darlan foi outra vez decisivo e levou o duelo ao tie-break com 25-17.
Com a tensão no ápice, as duas seleções tiveram muita dificuldade no saque no tie-break. A seleção brasileira acabou errando menos e obteve a vaga Olímpica com um ace de Lucarelli.
Bélgica perde chance e Canadá assegura vaga
A Alemanha, que venceu o grupo do Brasil, não foi a única surpresa deste Pré-Olímpico. Em Xi'an, na República Popular da China, o Canadá obteve a segunda vaga do torneio, juntando-se à Polônia.
A Bélgica, que estava em segundo lugar no Grupo C antes da última rodada, acabou perdendo em cinco sets para a já eliminada Bulgária, abrindo espaço para que os canadenses se classificassem com um triunfo diante do México, que aconteceu neste domingo (8).
A Argentina terminou na terceira colocação do Grupo C e terá que assegurar sua vaga via ranking para tentar sua segunda medalha seguida nos Jogos Olímpicos. Já no Grupo B, em Tóquio, as duas vagas estavam definidas para EUA e Japão antes da última rodada.
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Confira as vagas do Pré-Olímpico masculino em Paris 2024
- Grupo A: Alemanha, Brasil
- Grupo B: EUA, Japão
- Grupo C: Polônia, Canadá
Próximos passos da corrida Olímpica do vôlei
Após a realização dos torneios classificatórios masculinos e femininos, sete dos 12 times de Paris 2024 em cada gênero estão definidos, já que o país-sede França também tem suas cotas.
Restam cinco por gênero, que serão definidas pelo ranking de 17 de junho de 2024 (feminino) e 24 de junho de 2024 (masculino). Continente ainda sem representação nos dois gêneros, a África terá a prioridade de uma vaga cada nesta distribuição. No feminino, o melhor time asiático também será priorizado na distribuição pelo ranking.
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