Sete anos, um mês e 17 dias se passaram desde o último Brasil x Itália no Maracanãzinho. Naquele domingo de 21 de agosto, a seleção brasileira derrotou a italiana por 3x0 na final da Rio 2016 para chegar ao tricampeonato Olímpico no vôlei masculino.
Os dois países estarão frente a frente neste domingo, 8 de outubro, às 10h, na mesma quadra, em busca de uma vaga Olímpica em Paris 2024. A rodada terá a definição do Grupo A, em que Alemanha, Brasil, Itália e Cuba seguem na disputa das duas cotas.
O confronto no Pré-Olímpico terá quatro jogadores remanescentes daquela final: os brasileiros Bruninho, Lucão e Lucarelli e o levantador e capitão italiano Simone Giannelli.
"O caminho foi mais ou menos percorrido como daquela maneira, né? Com sofrimento, frustrações, mas chegando na final contra eles de novo. Sem dúvida, dá aquela lembrança. A gente espera poder ter o mesmo final que a gente teve em 2016", afirmou Bruninho.
Renan: Vamos mostrar como é longa a história Brasil x Itália
O treinador Renan Dal Zotto acredita que a recordação pode ajudar a seleção de 2023 a acreditar no triunfo diante dos atuais campeões mundiais.
"A gente nunca esquece. Quando a gente entra aqui [Maracanãzinho], a primeira coisa que vem à cabeça é o jogo, o sofrimento que foi nos Jogos Olímpicos. Depois a grande virada na reta final. E vencendo por 3x0 a Itália. Tudo motiva. São coisas que a gente vai falar, vai mostrar para eles [jogadores brasileiros] o quanto a história é longa e dura entre Brasil e Itália", comentou.
Na Rio 2016, o Brasil, então comandado por Bernardinho, passou em quarto pela fase de grupos, com derrotas para EUA e Itália. O time cresceu na fase final e eliminou Argentina e Rússia antes da decisão.
"São duas equipes bem posicionadas no ranking, duas equipes fortes tecnicamente. Tenho certeza de que é um jogo que vai chamar atenção do mundo no cenário mundial, porque há uma expectativa muito grande", acrescentou.
Bruninho também vê uma evolução da seleção durante a campanha do Pré-Olímpico, após partidas duras nas primeiras rodadas e jornadas mais tranquilas diante de Cuba e República Islâmica do Irã.
"A gente chega na maneira que a gente gostaria, jogando contra um grande adversário, mais confiantes e motivados. É fazer uma ótima partida, com o apoio da torcida. Tem sido nove dias especiais aqui no Maracanãzinho lotado. A gente vai precisar de todo mundo no melhor dia", analisou o levantador.
Simone Giannelli de volta ao Rio
No início da semana, Giannelli disse ao Olympics.com que estava contente de retornar ao palco em que obteve sua medalha Olímpica aos 20 anos.
"Foi meu segundo verão com a seleção, porque comecei em 2015. São memórias muito boas. Foi minha primeira medalha Olímpica e a semifinal contra os EUA foi um dos melhores jogos que eu já joguei. A final não traz memórias tão boas, porque perdemos por 3x0, mas estou feliz de jogar aqui outra vez no Maracanãzinho."
"É muito emocionante jogar em frente à torcida brasileira. Estou muito feliz de estar aqui. Mas temos que focar nos jogos e no presente para construir o futuro", acrescentou.
A partida também deixou um impacto no oposto brasileiro Darlan, maior pontuador do Brasil no torneio, que tinha apenas 14 anos durante a Rio 2016.
"Estava em casa, com os meus pais, assistindo. Eu ainda não jogava muito vôlei. Acho que ainda não tenho noção do peso que é isso aqui, sabe? Acho que eu vou sentir mais isso amanhã, se tudo der certo", comentou.
O ponteiro Honorato, então com 19, atuava na seleção juvenil e foi inspirado pelo poder de superação do Brasil:
"O Brasil não era favorito, mas os caras fizeram acontecer."