Portugal leva três atletas a Beijing 2022 e Timor-Leste terá esquiador alpino: veja os nomes
País vai para os Jogos Olímpicos de Inverno com dois representantes no esqui alpino e um no esqui cross-country. Outro país de língua portuguesa, o Timor-Leste, contará com um atleta no esqui alpino. O Olympics.com traz os nomes e um breve resumo daqueles que farão história em Beijing 2022.
Rumo à nona participação em Jogos Olímpicos de Inverno, o Comité Olímpico de Portugal anunciou nesta segunda-feira (17 de janeiro) os seus três representantes para Beijing 2022. O país já vai participar com dois atletas no esqui alpino e um no esqui cross-country.
O snowboarder Christian de Oliveira ainda pode se classificar, mas dependerá da realocação de vagas, o que será definido nos próximos dias.
A primeira participação portuguesa foi com Duarte Espírito Santo, no esqui alpino de Oslo 1952. Mais de três décadas depois, o país contou com atletas no bobsled em Calgary 1988. Já o melhor resultado de sempre em Jogos de Inverno foi com Mafalda Queiroz Pereira, com uma 21ª colocação no aerials do esqui estilo livre de Nagano 1998.
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Para além de Portugal e Brasil, outro país de língua portuguesa que estará presente em Beijing 2022 é o Timor-Leste. O Olympics.com traz os nomes de quem serão os representantes portugueses e o timorense dos próximos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, a partir de 4 de fevereiro. Confira abaixo.
Vanina Guerillot (Esqui alpino)
Aos 19 anos de idade, Vanina Guerillot é a melhor ranqueada de Portugal, e por isso está classificada para Beijing 2022 a disputar a competição feminina do slalom no esqui alpino. Recentemente ela obteve o segundo lugar no slalom da Copa do Mundo Arnold Lunn, em Prapoutel, na França. Ela competirá no slalom e slalom gigante.
Nascida na França, com os avós portugueses de Atães, Guimarães, seu pai é treinador da modalidade e começou muito cedo. Há alguns anos representa Portugal nas competições internacionais e tem no currículo a participação nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude Lausanne 2020. "Representar Portugal é muito especial para mim," disse Vanina Guerillot para o site da Federação de Desportos de Inverno de Portugal.
Ricardo Brancal (Esqui alpino)
A disputa pela vaga portuguesa na competição Olímpica do esqui alpino em Pequim foi definida apenas nas últimas competições entre dezembro e janeiro. Natural da Covilhã, perto da Serra da Estrela, aos 25 anos de idade Ricardo Brancal treina e compete com forte equipe em Alta Badia (Itália) e obteve excelentes resultados em competições FIS entre novembro e janeiro. Acumulou experiência, boas colocações e somou pontos que deram a ele o melhor ranking entre os portugueses e, com isso, um lugar em Beijing 2022 na prova do slalom e do slalom gigante.
"Representar Portugal significa tudo," disse Ricardo Brancal em entrevista para o Olympics.com, em janeiro.
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José Cabeça (Esqui cross-country)
O eborense tem uma trajetória única. Começou na modalidade há pouco mais de dois anos, em janeiro de 2020. Em uma temporada deu ao país uma vaga em Beijing 2022. Meses depois confirmou que seria o representante português para competir nos 15km do estilo clássico.
Beijing 2022 é a realização de um sonho que alimenta desde criança. "O meu sonho desde pequeno sempre foi ir aos Jogos Olímpicos. Sempre trabalhei para isso, mesmo sem saber qual a modalidade iria representar. Tinha na minha mente que iria lá estar e que iria acontecer," disse José Cabeça em entrevista para o Olympics.com, em dezembro.
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Timor-Leste pela terceira vez em Jogos de Inverno
O esquiador alpino Yohan Goutt Gonçalves nasceu na França, mas a mãe é do Timor-Leste. País do sudeste asiático que fala a língua portuguesa, conseguiu a independência apenas no século 21. Mesmo a milhares de quilômetros de distância do Timor, Yohan é fluente em português e todos os anos visita os parentes na capital, Díli. Em tétum (um dos dialetos mais falados do país) não existe a palavra esqui e, por isso, referem-se à modalidade como sendo "patinação na neve".
"A minha mãe (Carolina) deu-me a cultura e o sangue timorense. Conheço a língua portuguesa e o tétum. Tenho sorte, sinto-me timorense," disse Goutt para o canal brasileiro de televisão SporTV, em 2014.
"É uma chance também de ser um diplomata do país," acrescentou para o portal France 24.
Será a terceira participação timorense em Jogos de Inverno, sendo que Goutt esteve presente nas outras duas. Em Sochi 2014, obteve o 43º lugar no slalom. Quatro anos mais tarde, em PyeongChang 2018, não terminou a prova.