Brasil mantém supremacia na Copa América com oitavo título
Com vitória por 1 a 0 na final contra a Colômbia, Brasil conquista a Copa América Feminina pela oitava vez em nove edições do torneio. Foram seis vitórias em seis jogos, 20 gols marcados e nenhum sofrido. Brasileiras estão classificadas para os Jogos Olímpicos Paris 2024 e para a Copa do Mundo FIFA 2023.
A Seleção Brasileira venceu a Colômbia na noite de sábado (dia 30 de julho) por 1 a 0, diante de mais de 20 mil torcedores presentes no Estádio Alfonso López, na cidade colombiana de Bucaramanga e tornou-se campeã da Copa América Feminina 2022. Debinha, de pênalti, fez o gol da vitória.
É o oitavo título das brasileiras em nove edições do torneio. A única vez em que não venceram foi em 2006, quando a Argentina foi a campeã. Uma equipe bastante renovada e aprovada com este título invicto, sem tomar sequer um gol. Seis vitórias em seis partidas, com 20 gols marcados. Adriana e Debinha, que marcaram cinco, terminaram como artilheiras da Seleção.
Brasil e Colômbia, finalistas, estão garantidos nos Jogos Olímpicos Paris 2024 e na Copa do Mundo FIFA 2023.
Saiba mais como foi o jogo que deu o oitavo título da Copa América Feminina para as brasileiras.
Primeiro tempo ruim apesar do placar favorável
A Colômbia pressionou desde o princípio, sem dar espaço para o Brasil. Aos sete minutos, Angelina sentiu dores no joelho esquerdo e foi substituída. Empurradas pela torcida, as colombianas tiveram muito controle de jogo, mantendo a bola no campo de ataque e criando chances. Aos 20 minutos, cobrança de falta de Usme exigiu uma grande defesa de Lorena.
A superioridade das donas da casa era evidente, que forçava as brasileiras ao erro. Nervosa, a seleção passou a cometer muitas faltas e errar vários passes. A partir dos 30 minutos, o Brasil começou pouco a pouco a criar chances, sobretudo com Adriana.
Em uma das descidas, aos 36 minutos Debinha foi derrubada dentro da área por Vanegas. Pênalti que ela mesma cobrou e abriu o placar, em seu quinto gol no torneio. Dez minutos mais tarde, o Brasil teve uma chance para ampliar o placar, mas Bia Zaneratto chutou por cima.
Um primeiro tempo que, apesar do marcador favorável, o Brasil não foi nada bem. Sem posse de bola, não levou perigo ao gol de Pérez, pouco exigida. Do outro lado, Lorena foi muito acionada, com 13 finalizações das colombianas.
Brasil voltou diferente no segundo tempo
O Brasil foi uma outra equipe no começo da etapa derradeira. Com paciência, passou a ter controle de bola e jogar no campo de ataque. As oportunidades acabaram por surgir. Com poucos minutos, Bia Zaneratto cobrou falta que levou muito perigo ao gol colombiano. No lance seguinte, Debinha foi acionada em passe preciso que parou na goleira Pérez.
Ao mesmo tempo, a partida começou a ficar violenta. Foram três cartões distribuídos no segundo tempo. Mesmo assim, o Brasil não parou de criar, sem conseguir finalizar.
Apesar das substituições feitas pelas duas equipes, o ritmo da partida diminuiu. As colombianas passaram a aproveitar um pouco mais, e chegaram a ameaçar as traves de Luana em várias ocasiões. Quando não pararam na goleira brasileira, elas ficaram na rápida e organizada defesa brasileira. No último lance do jogo, Luana mandou por cima do travessão de Pérez.
Fim de jogo e vitória do Brasil por 1 a 0, o oitavo título da Seleção em nove edições da Copa América.
"Sabíamos que seria difícil. A Colômbia jogou em casa e é um time muito bom. Conquistamos o título. Temos que trabalhar para manter essa história viva", disse a lateral Antonia para as redes da Copa América Feminina, após a partida.
"Conseguimos o que precisávamos. Estou feliz pela equipe, sempre temos a melhorar, mas estamos de parabéns. Daqui pra frente é melhorar e conquistar mais títulos", disse a atacante Debinha, autora do gol que deu o título ao Brasil, depois do jogo para o canal 'Sportv'.
Os próximos compromissos da Seleção Brasileira
Com o título da Copa América, a Seleção garantiu o seu lugar na próxima Copa do Mundo Feminina da FIFA, que será realizada na Austrália e Nova Zelândia, entre 20 de julho e 20 de agosto de 2023. Ao lado das brasileiras, mais duas equipes da América do Sul asseguraram vaga na competição: a Colômbia, vice-campeã da Copa América, e a Argentina, que terminou em terceiro lugar após vencer o Paraguai por 3 a 1 na decisão pelo terceiro e quarto lugares.
O Brasil também carimbou o passaporte para Paris 2024. Serão ao todo 12 equipes no torneio feminino dos Jogos Olímpicos, quatro delas já classificadas: a França como país anfitrião; os Estados Unidos, campeão do classificatório da CONCACAF (Confederação das Américas do Norte, Central e do Caribe) que terminou em meados de julho; o Brasil e a Colômbia, campeã e vice-campeã, respectivamente, da Copa América 2022.
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Classificatório Olímpico: outros esportes
A briga por um lugar nos Jogos Olímpicos Paris 2024 está em andamento em outras modalidades, como por exemplo, no skate. Depois do Pro Tour de Roma, realizado entre o final de junho e início de julho, em outubro o Rio de Janeiro vai receber o Mundial de Park, entre 2 e 9 de outubro, e o Mundial de Street, entre 9 e 16. Ambos contarão pontos para o Ranking Olímpico (OWSR).