Rumo a Tóquio: Londres consagra Djokovic em Wimbledon e Itália na Euro
Tenista sérvio é campeão em Wimbledon e pode ser o primeiro a vencer os quatro slams e a medalha de ouro Olímpica desde Steffi Graf em 1988. A capital inglesa também foi palco do título da Itália na Eurocopa, em vitória nos pênaltis contra os anfitriões.
Londres foi a capital do esporte neste domingo, com as decisões da Eurocopa e do torneio masculino de Wimbledon. No futebol, a Itália quebrou o jejum de títulos continentais, que vinha desde 1968. A Azzurri derrotou os anfitriões da Inglaterra por 3 a 2 nos pênaltis, após um empate por 1 a 1 em Wembley. Já no tênis, o italiano Matteo Berrettini não conseguiu superar o sérvio Novak Djokovic, perdendo de virada por 3 a 1, mas ficou satisfeito com seu bom desempenho em sua primeira final de slam.
Itália renasce nas mãos de Mancini
Apesar de ser um dos times mais vencedores da história do futebol, a Itália vinha em um momento difícil nos campeonatos internacionais, eliminada na fase de grupo da Copa do Mundo FIFA em 2010 e 2014 e sequer se classificando para a última edição.
Desde que Roberto Mancini assumiu o comando da equipe, em 2018, os italianos voltaram a ocupar seu espaço entre os favoritos. A classificação para a Copa do Mundo de 2022 já está garantida, e o país encontrou um goleiro que encarou muito bem a difícil função de substituir Gianluigi Buffon, seu xará Gianluigi Donnarumma.
Os italianos também contaram com a força brasileira nesta Eurocopa. Jorginho, Palmieri e Rafael Tolói vestiram a camisa da Azzurri na Eurocopa, juntando-se a uma longa lista de brasileiros que defenderam outros países no torneio.
"Chorei com a emoção que vem depois de conseguir algo incrível. Foi a emoção de ver os caras comemorando e os torcedores. Vendo tudo que conseguimos criar, todo o trabalho duro que tivemos que botar em prática nos últimos três anos, mas especialmente nos últimos 50 dias, que foram muito difíceis".
- Roberto Mancini em entrevista coletiva após a partida
Futebol em Tóquio 2020: quem joga?
A Azzurri não estará nos Jogos Olímpicos desde ano, mas outros grandes países do futebol marcam presença, como o atual medalhista de ouro Olímpico, o Brasil, a duas vezes campeã Olímpica Argentina e a Alemanha, que ficou com a prata na Rio 2016. Clique aqui para saber mais sobre a seleção brasileira Olímpica masculina.
Djokovic dominante e perto de recordes
O ano de 2021 no tênis continua sendo dele: o sérvio Novak Djokovic venceu o torneio de Wimbledon pela sexta vez na carreira, chegando a 20 Grand slams. Neste momento, o atual líder do ranking, Roger Federer e Rafael Nadal dividem o recorde de títulos dessa categoria entre os homens.
Na final, Djokovic perdeu o primeiro set para Matteo Berrettini por 6/7(4), mas se impôs na sequência, com 6/4, 6/4 e 6/3.
A expectativa agora é sobre quais outras marcas Djokovic pode quebrar este ano. Ele pode ser o primeiro homem a ganhar os quatro Slams no mesmo ano desde o australiano Rod Laver em 1969. Porém, os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 também podem ajudar o sérvio a fazer história. Até hoje, apenas a alemã Steffi Graf conseguiu ser campeã dos quatro majors e medalhista de ouro Olímpica em simples no mesmo ano, em 1988. Parecia uma missão impossível, mas Djokovic já prova há muito tempo que para ele o impossível não existe.
"Eu me considero o melhor e acredito que sou o melhor, senão não falaria com confiança sobre ganhar slams e fazer história. Se sou o maior da história ou não, deixo o debate para vocês."
- Novak Djokovic ao wimbledon.com
Ashleigh Barty chega forte a Tóquio
No torneio feminino de tênis de Tóquio 2020, a maior expectativa é pelo desempenho da estrela local OSAKA Naomi, mas Ashleigh Barty (AUS) mostrou em Wimbledon que também é uma fortíssima candidata à medalha de ouro Olímpica.
Barty conquistou seu segundo Grand Slam, primeiro em Wimbledon, ao derrotar Karolina Plisková (CZE) por 6/3, 6/7(4) e 6/3.
Com um estilo de jogo mais estratégico e habilidoso do que a média do circuito, Barty passou por vários altos e baixos na carreira. Estrela no juvenil, a australiana não conseguiu replicar os mesmos resultados quando fez a transição ao profissional e chegou a deixar o tênis precocemente para jogar críquete.
Barty retornou ao tênis em 2016 e enfim concretizou todo o seu potencial, tornando-se uma das tenistas mais vencedoras dos últimos anos. Porém, a australiana sempre lembra que os troféus não são o mais importante.
“É mais importante ser uma boa pessoa do que uma boa tenista. Tive muita sorte de ter a oportunidade de aprender como jogar tênis. Mas ser um bom ser humano é absolutamente a minha prioridade todos os dias”
- Ashleigh Barty após o título ao Wimbledon.com
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