Rumo a Tóquio: Djokovic campeão e judô do Brasil bronze no Mundial
Novak Djokovic se torna o primeiro jogador da era aberta a vencer duas vezes os quatro torneios do grand slam após bater Stefanos Tsitsipas. Mundial de judô termina com três bronzes para o Brasil.
Os jogadores classificados para o torneio Olímpico de tênis de Tóquio 2020 serão definidos pelo ranking publicado nesta segunda-feira, dia 14 de junho. Avaliando pela final de Roland Garros, teremos um evento espetacular em Tóquio 2020.
Em Paris (França), Novak Djokovic esteve perdendo por dois sets a zero frente ao estreante em finais do Grand Slam, Stefanos Tsitsipas, mas entrou em modo épico virando o resultado para chegar a 19 títulos em torneios "major", ficando a um de igualar Rafael Nadal e Roger Federer. A final nem foi o encontro mais difícil de Nole em Paris, já que na semifinal o sérvio precisou de mais de quatro horas para eliminar Rafael Nadal, rei de Roland Garros com 14 títulos, além de lenda Olímpica com o título de simples em Beijing 2008 e de duplas (com Marc López) na Rio 2016.
"É difícil encontrar adjetivos que descrevam o que Nadal conseguiu em Roland Garros durante todos esses anos. Só perdeu três encontros com dois jogadores. Cada vez que você joga contra ele sabe que tem que subir o Everest para ganhar dele",
analisou Novak Djokovic após o encontro com Rafael Nadal, citado pelo diário Marca.
Na chave feminina, o título caiu para Barbora Krejcikova, segunda tcheca campeã de Roland Garros, mas apenas a primeira desde que o País não é mais Tchecoslováquia – o precedente tcheco no torneio feminino era de Hana Mandlikova em 1981.
Krejcikova derrotou a russa Anastasia Pavlyuchenkova honrando a memória da sua antiga treinadora, Jana Novotna, que morreu em 2017 e ficou na história como uma das melhores duplistas. Ao título de simples, a tcheca junta o de duplas femininas ao lado de Katerina Siniakova, após ganhar a final frente a Iga Swiatek/Bethanie Mattek-Sands – campeã Olímpica na Rio 2016 ao lado de Jack Sock em duplas mistas.
Tóquio 2020 se prepara para atribuir medalhas em cinco eventos: simples masculino e feminino, duplas masculino e feminino, duplas mistas. Na Rio 2016 a surpresa veio de Porto Rico, com Monica Puig se tornando a primeira campeã Olímpica do seu país. O quadro masculino foi dominado por Andy Murray, que defendeu o título de Londres 2012. Ekaterina Makarova e Elena Vesnina venceram nas duplas femininas.
O Brasil já tem confirmada a vaga do campeão pan-americano João Menezes para o tênis. Como há uma cota máxima por país no tênis, a Federação Internacional de Tênis (ITF) ainda precisa confirmar a lista completa de classificados. No entanto, é esperado que Marcelo Melo e Bruno Soares representem o país nas duplas, assim como Thiago Monteiro em simples. Os portugueses Pedro Sousa e João Sousa estão fora do top 100 do ranking, mas há chance de classificação dependendo da participação dos atletas que estão acima no ranking.
Brasil encerra o Mundial de judô com três medalhas
Falta pouco para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, que acontecem em 2021, e na delegação brasileira presente em Budapeste (Hungria) pairava certa desilusão pela ausência de pódios na competição. Ao sétimo dia tudo mudou!
As atletas da categoria de pesos-pesados deram show: em disputa direta pela vaga Olímpica, Maria Suelen Altheman e Beatriz Souza (+78 kg) ficaram com o bronze e colocam a decisão sobre quem vai à Tóquio nas mãos da Confederação Brasileira de Judô, já que as atletas são 6ª e 7ª no ranking mundial, respectivamente.
O Brasil encerra o Mundial de judô com três medalhas após defender o estatuto de 3º classificado no Mundial do Japão, em 2019, em equipes mistas. Para isso foi preciso virar o marcador perante a Rússia e certificar a medalha graças ao ponto decisivo marcado por Ketelyn Nascimento.
- Oitavas: Brasil 4 x 3 Cazaquistão
- Quartas: Brasil 0 x 4 Uzbequistão
- Repescagem: Brasil 4 x 1 Geórgia
- Disputa de 3º: Brasil 4 x 2 Rússia
O judô brasileiro saiu em alta da Rio 2016: título de Rafaela Silva no peso leve feminino (57kg) e medalhas de bronze de Mayra Aguiar (78 kg) e Rafael Silva (+ 100 kg). Após o Mundial, além das três medalhas, as boas notícias chegaram por via da classificação Olímpica de Ketleyn Quadros, de volta aos Jogos 13 anos após bronze em Beijing 2008, e pela volta nos tatames de Mayra Aguiar após rotura dos ligamentos do joelho.
Historicamente o judô está entre os esportes de maior êxito Olímpico para o Brasil, com 22 medalhas conquistadas, entre elas quatro títulos. A história de amor dos brasileiros com os tatames se iniciou Munique 1972 quando o japonês naturalizado brasileiro Chiaki Ishii conquistou o bronze na categoria meio pesado.
Resultados dos brasileiros
Gabriela Chibana (-48kg): eliminada na 1ª rodada
Eric Takabatake (-60kg): eliminado nas oitavas de final + classificado para Tóquio 2020
Larissa Pimenta (-52kg): eliminada na 2ª rodada + classificada para Tóquio 2020
Ketelyn Nascimento (-57kg): eliminada na 2ª rodada
Ketleyn Quadros (-63kg): 5º lugar + classificada para Tóquio 2020
Aléxia Castilhos (-63kg): eliminada nas oitavas de final
Eduardo Yudy Santos (-81kg): eliminado nas oitavas de final
Guilherme Schimidt (-81kg): eliminado na 1ª rodada
Eduardo Katsuhiro Barbosa (-73kg): eliminado na 2ª rodada
Maria Portela (-70kg): eliminada na repescagem + classificada para Tóquio
Rafael Macedo (-90kg): eliminado nas oitavas de final + classificado para Tóquio
Mayra Aguiar (-78kg): eliminado nas oitavas de final + classificado para Tóquio 2020
Rafael Buzacarini (-100kg): eliminado nas oitavas de final + classificado para Tóquio
Leonardo Gonçalves (-100kg): eliminado na 1ª rodada
Maria Suelen Altheman (+78kg): 3º lugar e medalha de bronze
Beatriz Souza (+78kg): 3º lugar e medalha de bronze
Rafael Silva “Baby” (+100kg): 5º lugar (eliminado nas semifinais) + classificado para Tóquio 2020
David Moura (+100kg): eliminado na 2ª rodada
Equipes Mistas: 3º lugar e medalha de bronze