Podcast: Beatriz Ferreira luta por vaga Olímpica no Pan
Medalhista de prata em Tóquio 2020 e campeã Pan-Americana em Lima 2019, pugilista falou sobre a expectativa para a defesa do título no Pan de Santiago, de olho na vaga para os Jogos Paris 2024. Ela relembrou o início da carreira, sua trajetória e contou detalhes sobre a “nobre arte”.
Medalhista de prata no feminino do peso leve (até 60kg) do boxe em Tóquio 2020, campeã Pan-Americana na mesma categoria um ano antes, em Lima 2019, Beatriz Ferreira é uma das estrelas da delegação brasileira em Santiago, para os próximos Jogos Pan-Americanos. O boxe no Pan acontece de 19 a 27 de outubro e distribui 30 vagas para Paris 2024. De olho em uma dessas vagas, a pugilista baiana também poderá faturar, na capital chilena, o bicampeonato do torneio.
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Confira abaixo alguns trechos da conversa com a Bia Ferreira, que foi a convidada do 16º episódio do podcast do Olympics.com (ouça aqui). Neste episódio pré-Jogos Pan-Americanos, ela falou sobre sua preparação por um lugar em Paris, a expectativa para o Pan de Santiago, além de haver relembrado seu início, momentos marcantes de Tóquio 2020 e ter feito uma análise da equipe feminina brasileira de boxe.
Vou lá pegar a medalha e a classificação [Olímpica], mas a gente quer buscar esse bicampeonato. Estou muito confiante. Eu acredito que não só eu, mas meu time. A gente vai tentar classificar a maioria, estamos prontas para isso. Acho que vai ser uma grande guerra e a gente vai vir com excesso de bagagem, como muita medalha, muita classificação na mala.
Em relação à expectativa para os Jogos Pan-Americanos.
Já está [competitivo], está valendo vaga, então vai todo mundo, vai gente até que não iria e está indo. Gente que já tentou classificar em outro [torneio], mas não conseguiu, que é país convidado. E aí vai tentar no Pan, mas vai estar bem interessante, viu? Porque o objetivo de todo mundo é classificar logo pra poder ficar só focada ali nos Jogos [Olímpicos].
Sobre se o boxe do Pan 2023 será mais competitivo que os anteriores.
Hoje a gente tem o número completo de meninas aqui na equipe. São 12 meninas, temos reservas, a gente tem o nosso espaço. Hoje, a gente não precisa de ter meninos para lutar. Hoje a gente já consegue em um evento internacional, ir com a equipe feminina, sabe? E eu fico muito contente de ter feito parte disso, de estar fazendo parte disso. As meninas hoje a gente tem várias medalhistas mundiais, coisas que não tinham antes, não tinham tantas meninas para poder ter essa oportunidade de brigar por uma medalha. Hoje, já não, a gente vai com o time completo sempre, não só com duas chances, sabe? A gente vai levar seis chances. Infelizmente a gente ainda tem isso de que boxe é coisa de menino, mas a gente já mostrou que não é. As meninas também levam jeito e está dando super certo isso.
Quando perguntada sobre o cenário atual das mulheres no boxe do Brasil.
Um atleta olímpico, tem que viver um Jogos Olímpicos, tem que viver aquilo ali, porque é pra sempre. Eu me lembro de cada detalhe, me lembro de cada detalhe da Vila, cada detalhe do vestiário, a gente indo...Tóquio é muito bonito, a cultura deles é muito diferente da nossa. Então eu tentei aproveitar ao máximo, tentei conhecer vários atletas, tive a oportunidade de conhecer muitos atletas do Brasil, que a gente mal se falava por rede social e lá eu tive o privilégio de estar conversando, de hoje ser amiga das meninas do vôlei e principalmente, trocar mensagem, perguntar como está, encontrar, isso é pra sempre, né? É um momento que todo atleta pede, né? Tem os momentos ruins, mas essa parte boa é surreal.
Ao relembrar momentos marcantes de Tóquio 2020.
O que acontece lá, sempre quando eu posso tocar nesse assunto, eu gosto de destacar. O boxe lá é na educação física, sabe? Tem na escola. Então boxe, capoeira e teatro lá eles começam desde cedo, na escola. Eu acho que isso aí é fundamental. Por isso que há grandes atores e grandes atletas de lá [Bahia].
Sobre o grande celeiro de pugilistas brasileiros que é o estado da Bahia, sua terra natal.
Podcasts do Olympics.com
Confira os quinze primeiros episódios do podcast em português do Olympics.com no Spotify:
- Episódio 1 | José Roberto Guimarães fala sobre a expectativa para o Pré-Olímpico de vôlei
- Episódio 2 | Debinha analisa atual momento da seleção brasileira feminina de futebol
- Episódio 3 | Augusto Akio explica como chocou o mundo do skate com vice mundial
- Episódio 4 | Ketleyn Quadros e os segredos da longevidade no judô
- Episódio 5 | Carol Solberg, um sonho Olímpico em família
- Episódio 6 | Tatiana Weston-Webb, a embaixadora do surfe feminino brasileiro em busca da medalha Olímpica
- Episódio 7 | Bruno Fratus, as braçadas de um brasileiro pela glória em Paris 2024
- Episódio 8 | Carol Gattaz luta contra burnout, lesões e o 'etarismo' no esporte feminino
- Episódio 9 | O que esperar do Mundial de Esportes Aquáticos 2023, por Alex Pussieldi
- Episódio 10 | Copa do Mundo Feminina: Renata Mendonça analisa Brasil e favoritas
- Episódio 11 | Darlan Romani, o homem de família em busca dos feitos mais incríveis
- Episódio 12 | Daiane dos Santos e seu legado de representatividade 20 anos após título mundial
- Episódio 13 | Sheilla Castro de volta à seleção feminina de vôlei como mentora
- Episódio 14 | Tiago Splitter: passado, presente e futuro da seleção brasileira de basquete e da NBA
- Episódio 15 | Rayssa Leal e o foco da nova geração na saúde mental
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