Podcast: Ketleyn Quadros e os segredos da longevidade no judô
Primeira brasileira medalhista em torneio individual dos Jogos e uma das porta-bandeiras de Tóquio 2020, judoca é a convidada do quarto episódio do podcast em português do Olympics.com. Ela compartilha segredos e histórias sobre seus 15 anos na elite do judô, com o Mundial e Paris 2024 no horizonte.
Um dos principais nomes do judô brasileiro, Ketleyn Quadros é a convidada do quarto episódio do podcast em português do Olympics.com. Aos 35 anos de idade, ela comentou sobre os segredos da longevidade na elite do esporte, quase quinze anos após a medalha Olímpica:
"Eu amo praticar judô, eu amo o processo de competição. A modalidade é uma lição de vida. A gente cai, levanta, passa por frustrações e felicidades diariamente."
Qual é o segredo de manter-se no topo? Para Ketleyn, "É amar o que faz, porque aí os sacrifícios acabam fazendo parte do processo", disse ela durante a conversa no podcast. "Onde tem amor, tem sacrifício. E a gente só faz sacrifício para aquilo que a gente ama muito", acrescentou.
Bronze em Beijing 2008, ficou de fora de Londres 2012 e Rio 2016. Voltou em Tóquio 2020, para ser uma das porta-bandeiras da delegação brasileira. No início de abril, venceu o Grand Slam de Antalya e se prepara para mais um Mundial na carreira, com os olhos atentos em Paris 2024.
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Alcançar a elite do esporte é difícil, mas manter-se nessa elite, ainda mais. Algo que, segundo ela, a própria modalidade explica: "O judô te ensina a celebrar as conquistas diárias, pequenas ou grandes, e isso ajuda a superar tantos desafios que o investimento no esporte exige."
Ketleyn deixou claro que ao longo dos anos não esteve só: "Tenho exemplo na minha família de mulheres guerreiras, que acreditaram e lutaram por aquilo que quiseram."
Afinal, como foi o dia da medalha Olímpica e depois ficar de fora de duas edições dos Jogos, para retornar em Tóquio e como porta-bandeira?
Ketleyn sobre carreira e trajetória Olímpica: "Muito realizada, mas não satisfeita"
Ketleyn relembrou detalhes e curiosidades do dia em que conquistou a medalha Olímpica: "Acordei tranquila...era só satisfação de estar naquele lugar. Não via a hora de mostrar tudo aquilo que eu sabia".
Além disso, refletiu sobre as ausências em Londres 2012 e na Rio 2016, além da mudança de categoria de peso entre uma edição e outra. Não escondeu a alegria ao ser escolhida uma das porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Abertura de Tóquio 2020: "[foi um] momento especial, único e de muita representatividade. É uma conquista de muitas pessoas, é muita colaboração e tempo para alcançar e estar ali."
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Inspirada nas mulheres guerreiras da sua família, Ketleyn, além de colecionar títulos é uma "colecionadora de sonhos" - como ela mesma se define. É incansável ao perseguir o que ainda lhe falta e justifica: "Eu entendo que estou na reta final e espero fazer a melhor reta final possível que eu puder...eu só estou aproveitando e assim vivendo. E hoje uma Ketleyn muito feliz, muito realizada dentro da sua modalidade, mas não satisfeita."
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Para saber mais de Ketleyn Quadros, confira abaixo o quarto episódio do podcast em português do Olympics.com:
Podcasts do Olympics.com
Confira os três primeiros episódios do podcast em português do Olympics.com: