Podcast: Debinha analisa a seleção feminina e a expectativa para a Copa do Mundo e Paris 2024

Artilheira da equipe na temporada 2022 com 10 gols, atacante é peça chave no elenco que classificou o Brasil para os dois torneios. Ela é a convidada do segundo episódio do podcast em português do Olympics.com, em que falou: "A gente está no caminho certo."

4 minPor Virgílio Franceschi Neto
Template do podcast em português do Olympics.com, com foto de Debinha comemorando gol na SheBelieves Cup de 2023.
(Mike Ehrmann/Getty)

Debinha é a convidada do segundo episódio do podcast em português do Olympics.com. A atacante foi a artilheira da seleção brasileira feminina de futebol em 2022 com 10 gols, durante uma temporada praticamente toda sem Marta, uma das principais referências da equipe.

"Ela faz muita falta, não só dentro de campo, mas fora dele também...traz energia para o grupo, uma pessoa que está sempre ajudando e conversando com todas", revelou Debinha no poscast.

Com 31 anos de idade e mais de 10 anos pela seleção principal do Brasil, Debinha é peça chave no elenco de Pia Sundhage, classificado para a Copa do Mundo Feminina FIFA 2023 (entre os meses de julho e agosto na Austrália e na Nova Zelândia) e para os Jogos Paris 2024.

Relembre | A temporada de 2022 da seleção brasileira feminina de futebol

As favoritas para esta Copa do Mundo

Debinha analisou no podcast as grandes forças entre as seleções femininas, favoritas ao título: "A Inglaterra que está se comportando muito bem, uma das mais fortes seleções. Os Estados Unidos que a gente conhece, que tem uma força que vem aí quatro vezes campeã mundial. E tem também a França, que está sempre aí e a gente está sempre batendo ali com as francesas", disse.

"Então, acredito que hoje as seleções estão muito mehores...tecnicamente e taticamente. A gente tem que estar preparada para o que vier e espera dar esse orgulho para o povo brasileiro, trazer essa estrela que a gente tanto espera", acrescentou.

Em ano de Copa do Mundo Feminina, o futebol praticado pelas mulheres ganha ainda mais evidência. Um cenário bem diferente em relação àquele em que a atacante começou: "Fico feliz com o crescimento do futebol feminino. Hoje a gente consegue ver jogos de competições do Brasil do mundo todo. É preciso aproveitar esse momento nosso. Mudou muita coisa, estrutura de clubes, competições, visibilidade...bônus de premiação. O nível aumentou, temos muitos talentos."

Experiência internacional e as diferenças de cada país

Com quase uma década de experiência em clubes de vários países, Debinha analisou as diferenças de cada lugar onde atuou: "Há diferenças de estilo de jogo. Nos Estados Unidos é um jogo mais corrido e de intensidade. No Brasil temos o nosso jeito. Na Europa é mais tático e técnico, nem tão intenso quanto nos Estados Unidos, nem tão bonito quanto no Brasil."

Sobre a entrada de novas revelações

Debinha mencionou no podcast sobre os novos talentos, e o aumento do número de jogadoras convocadas pela primeira vez nas equipes em que atua e também na seleção principal. De maneira positiva, ela se posicionou: "A gente vê meninas subindo da sub (equipes de base). Isso só nos motiva, para darmos ainda mais o nosso melhor."

Lições de Tóquio 2020

A atacante não se esquivou diante da análise da campanha em Tóquio 2020, quando foi o Brasil foi eliminado pelo Canadá - que tornou-se o campeão Olímpico, nos pênaltis.

"É difícil, a gente se prepara por quatro anos para tudo ser decidido nos pênaltis. Tiramos muito aprendizados de um jogo em que estávamos muito melhores. Talvez o fato de entrarmos em campo preferindo enfrentar o Canadá aos Estados Unidos possa ter nos atrapalhado um pouco, não sei. Dói", refletiu Debinha.

Debinha: "Nossa seleção está mais madura"

A craque acredita que o elenco ganhou maturidade e vê evolução técnica e tática - sobretudo defensivamente - na equipe comandada por Pia Sundhage.

Outro fator mencionado foi a questão de Sundhage proporcionar minutos em campo a diversas futebolistas, o que dá a bagagem fundamental para um time que queira disputar - e bem - uma Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. "A gente está no caminho certo. Desde a chegada dela (Pia Sundhage) há quatro anos a gente vê uma seleção brasileira totalmente diferente da de antes", concluiu Debinha.

Debinha ausente dos próximos dois jogos, contra Inglaterra e Alemanha

Recentemente contratada pelo Kansas City Current, Debinha foi diagnosticada com uma lesão no ligamento colateral medial do joelho. Nada sério, segundo a própria comissão técnica da seleção.

Por conta disso, a atacante não faz parte do elenco para os compromissos da seleção feminina em abril: a 'Finalissima' contra a Inglaterra, em Wembley, dia 6; e o amistoso contra a Alemanha, dia 11, em Nuremberg.

Seleção feminina | As convocadas para a Finalíssima contra a Inglaterra e amistoso contra a Alemanha

Confira abaixo, na íntegra, o segundo episódio do podcast em português do Olympics.com, com Debinha.

Podcast em Português - episódio 2 | Debinha, peça chave da seleção feminina para a Copa e Paris 2024

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