Podcast: Tatiana Weston-Webb, a embaixadora do surfe feminino brasileiro em busca da medalha Olímpica

Já classificada para Paris 2024, surfista brasileira é a convidada do sexto episódio do podcast do Olympics.com, em que relembrou sobre quando passou a competir pelo país, a expectativa para os próximos Jogos, falou de futebol, de tênis, além dos momentos no mar em que ela foi mais feliz. Confira. 

4 minPor Virgílio Franceschi Neto
A surfista brasileira Tatiana Weston-Webb
(Getty Images)

Nascida no Brasil, com pai inglês e criada no Havaí. Diversas origens, algumas paixões e um objetivo: a medalha Olímpica. A surfista brasileira Tatiana Weston-Webb é a convidada do sexto episódio do podcast em português do Olympics.com.

O que ela teria de mais brasileira e de mais havaiana? "Olha, eu acho que a parte mais havaiana é que eu gosto bastante das ondas grandes e parte brasileira é a garra que eu tenho", comentou Tatiana na entrevista.

Classificada para Paris 2024

Segundo lugar do Championship Tour (CT) da Liga Mundial de Surfe (sigla WSL em inglês para World Surf League) em 2021, ela já está classificada para Paris 2024, quando sua vaga foi confirmada no fim de abril para as ondas de Teahupo'o, no Taiti, cenário do surfe nos próximos Jogos.

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Depois da frustração em Tóquio 2020, ela vive a expectativa para o Taiti em busca da sonhada medalha Olímpica. "Claro que estou muito animada para Paris [2024]", disse. No entanto, sabe que tudo é momento: "Eu sinto realmente que eu não aproveitei o momento lá em Japão... passou tão rápido para mim que é o meu...eu não sei. Eu olho para trás, eu fico tipo nossa, que pena, eu não aproveitei o momento...no máximo que eu poderia. Daí eu espero que essas essas próximas Olimpíadas sejam outra história para mim", acrescentou.

Uma outra história que poderá ser contruída nas temidas ondas da Polinésia Francesa, explicadas por Tatiana: "É uma coisa fora do normal, não tem como explicar. Desafia a gravidade... essa onda é perigosa também quando é pequena."

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Os grandes momentos de Tatiana dentro d'água

O esporte proporciona grandes momentos para a surfista brasileira, dentro e fora d'água. Jessé Mendes é companheiro de ondas e de vida: "Olha, ele mudou minha vida inteira. Esse ano [2023] a gente vai fazer dez anos juntos", revelou.

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Tempo de uma década também importantes quanto àqueles poucos minutos que a atleta tem para achar a melhor onda: "Bom, a gente vive para tipo conquistar esse momento. É o nosso objetivo na esporte. Então é sempre assim, você sempre tem que acreditar até o final. Você nunca sabe se a onda vai vir ou não", colocou.

Ela pode vir. Diz uma máxima que mente e universo estão conectados por meio da força dos pensamentos, o que faz Tatiana refletir: "É aquela energia que você tem que ter essa troca...eu acho, com energia, o mar, acreditar que Deus vai te mandar esse onda assim...sem esse pensamento não funciona. Assim, às vezes vem, às vezes não vem. Pode ser teu momento ou não pode ser."

Das vezes em que a onda veio, ela relembra o seu principal momento: "Um dos meus eventos favoritos que eu venci foi em J-Bay [África do Sul] no ano passado [2022], porque foi uma coisa que tipo... foi um evento que eu nunca tipo me visualizei ganhando. Daí quando eu ganhei, desacreditei assim."

Anos de experiência na elite do surfe fazem-na ter os pés no chão e dizer: "Vencer é super... passa rápido. O próximo evento vem em uma semana, duas semanas às vezes, e daí todo mundo esquece."

Por isso mesmo ela diz seus melhores momentos no mar serem ao lado daqueles que ama, e conclui: "No mar eu sou muito feliz. Os momentos mais felizes que eu tenho são dentro da água, com o meu marido ou alguém da minha família, meu irmão e formando ondas perfeitas."

Confira abaixo o sexto episódio do podcast em português do Olympics.com, também disponível nas principais plataformas.

Podcasts do Olympics.com

Confira os cinco primeiros episódios do podcast em português do Olympics.com:

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