Podcast - As várias faces de Piu: medalhista, gamer, boleiro e ‘swiftie’

Superando barreiras dentro e fora das pistas, Alison dos Santos, o “Piu”, é o convidado em mais uma edição. O medalhista de bronze em Tóquio 2020 e campeão mundial em 2022 nos 400m com barreiras, revela como lidou com a lesão, além de ser fã de futebol, games e da cantora Taylor Swift. Veja algumas frases e ouça o episódio.

6 minPor Sheila Vieira e Virgilio Franceschi Neto
Alison dos Santos, o "Piu", atleta dos 400m com barreiras.
(David Ramos/Getty Images)

Depois de uma temporada 2022 brilhante, com título nos 400m com barreiras no Mundial de Atletismo, além das etapas da Diamond League, 2023 se mostrava como mais um grande ano para Alison dos Santos, o “Piu”. No início de fevereiro, recebeu o Prêmio Brasil Olímpico como melhor atleta de 2022, ao lado de Rebeca Andrade.

Com toda a temporada planejada, estava prestes a embarcar para os Estados Unidos, a fim de aprimorar seus treinos. No entanto, poucos dias antes da viagem, foi diagnosticado com lesão no menisco lateral do joelho direito, com necessidade de cirurgia.

Além de superar as barreiras dentro das pistas, Piu teve em 2023 que superar as de fora.

“Aprendizado”, definiu ele sobre o ano passado, em uma palavra.

Recuperou-se e voltou a competir em julho. Um trabalho físico e mental deste paulista de São Joaquim da Barra, convidado do 22º episódio do podcast dos Jogos Olímpicos.

No entanto, ele não apenas falou de atletismo, como se revelou um grande apaixonado pelo bom futebol e fã da cantora norte-americana Taylor Swift.

O Olympics.com separou algumas frases do Piu nos pouco mais de 40 minutos de conversa. Confira abaixo e ouça aqui o episódio no Spotify.

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Tem coisas que estão fora do seu controle. Eu não estava zoando, não estava fazendo nada, não estava nem correndo quando lesionei o joelho. Então você fala ‘era para acontecer’. Então é isso. Eu aprendi muito nesse momento, em como manter a cabeça no lugar.

Sobre a lesão em 2023.

Eu fui vivendo anos completamente diferentes na minha vida se pegar desde 2019, em que era muito novo, depois 2020, já medalhar nos Jogos Olímpicos na primeira vez em que fui. Em 2022, ganhei o Mundial. E no ano passado, quando eu me lesionei, nos primeiros dias eu literalmente não queria falar com ninguém, eu estava só fazendo o que eu podia fazer de treino e tentando manter a cabeça no lugar. Não conseguia nem estender a perna nos primeiros dias. E depois que eu fiz a cirurgia, eu e meu treinador sentamos e falamos assim: ‘Vamos fazer as coisas como devem ser feitas.’ E nesse momento o psicológico é muito importante, porque chega a uma situação que vai além do físico. Entender que não importa o quão bem eu me preparei para competir na temporada passada, mas sim o quão bem eu estava com a minha cabeça.

Em relação à rápida ascensão e em como lidou com a lesão.

Eu diria que acho que todos têm um ponto forte. O [Karsten] Warholm é mais da loucura de literalmente sair forte, de ir até onde ele aguenta. O [Rai] Benjamin acho que ele é um pouco mais controlado, chega um pouco mais próximo do meu estilo de corrida, aquela segunda curva dele é algo surreal, algo que literalmente é incrível de se ver. O [Kyron] McMaster ele se aproxima um pouco mais com o Warholm, de ser alguém que sai bem forte no começo da prova. Eu diria que eu chego ali no meio do caminho dos dois, que a minha segunda parte da prova é a minha melhor parte e eu não sou tão rápido quanto o Warholm ou McMaster na primeira parte, mas também não fico muito pra trás deles. Eu tenho um final de prova muito bom. Então eu acho que eu cheguei ali em um meio do caminho deles.

Ao caracterizar seus principais adversários.

Eu gosto de números pares. 2022 foi um ano lindo para a gente, um ano mágico e 2024 eu quero o mesmo caminho. Estou literalmente entregando a minha vida, sendo consciente, fazendo tudo bonitinho, literalmente levando uma vida de atleta, fazendo tudo ao meu alcance para chegar naquele dia e literalmente antes da final, me sentindo leve e tranquilo, ter uma conversa comigo mesmo antes de entrar no bloco e falar assim: “Você fez tudo o que você pôde, eu fiz tudo o que estava ao meu alcance. Agora é só botar em prática toda que todo aquele suor, aquelas lágrimas, todo aquele sangue derramado na pista e se divertir.’ Não só pensar nos Jogos Olímpicos, porque não é a única competição que vamos ter, teremos outras. Então, é aproveitar cada competição, aproveitar cada momento, viver literalmente o ano, não só passar por essa temporada. É literalmente viver essa temporada.

Como espera a temporada 2024.

Eu não conhecia tanto ela assim. Eu conhecia poucas músicas, mas depois que você escuta um pouquinho a fundo, eu gostei, gostei da música dela, ela sabe o que ela está fazendo. Eu não fui ao show, mas eu quero ir, quero estar lá naquele momento. É mágica a presença de palco dela, a ideia como ela conduz o show, os dançarinos, o tempo todo, o backstage. Ansioso para ir. Um dia eu vou, um dia eu vou.

Piu se declara fã da cantora Taylor Swift.

Podcasts dos Jogos Olímpicos

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