Podcast: Filipe Toledo pronto para o desafio do surfe Olímpico

Surfista que deu ao Brasil uma das vagas da modalidade em Paris 2024 é o convidado do 21º episódio do podcast dos Jogos Olímpicos, em que descreve o próximo palco Olímpico da modalidade e relembra a carreira. Confira frases e ouça ao episódio.

5 minPor Sheila Vieira e Virgilio Franceschi Neto
Filipe Toledo comemora título na etapa de Saquarema do CT da WSL em 2022. Foto de capa do podcast.
(Thiago Diz/2022 World Surf League)

Em 2022, na sua 10ª temporada no Championship Tour (CT), Filipe Toledo (BRA) venceu seu primeiro título na elite da WSL (sigla em inglês para Liga Mundial de Surfe - World Surf League). Em julho de 2023, obteve para o Brasil uma das vagas no surfe para os Jogos Olímpicos Paris 2024. Em setembro, faturou o bicampeonato do CT com um desempenho ainda melhor do que em relação ao ano anterior.

De olho e motivado pela participação nos Jogos, Filipinho é o convidado do 21º episódio do podcast dos Jogos Olímpicos (clique aqui para ouvi-lo no Spotify). Em seu melhor momento na carreira, está diante de um longo e intenso calendário 2024 que se inicia. Um ano de Jogos Olímpicos, competição que ele ainda desconhece e admite o "friozinho na barriga":

Sem dúvida nenhuma [é uma novidade]. O fator Olimpíadas, isso sai da nossa rotina. Sai da nossa rotina porque não é na época que a gente está acostumado a ir. Não são as mesmas pessoas que a gente vai enfrentar, não é o mesmo staff. Traz um friozinho na barriga, sim, mas é um trabalho controlado, que chega a ser bom assim. Traz uma motivação maior ainda.

Confira abaixo mais frases de Filipe Toledo durante o 21º episódio.

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Acho que é o momento mais alto que a gente consegue chegar no nosso esporte, onde a gente consegue mostrar o nosso talento pro mundo inteiro. Então, acho que ter uma medalha Olímpica em casa, se for de ouro melhor ainda, mas ter uma medalha Olímpica em casa eu acho que é o auge que a gente pode atingir. Então, vou dar o meu máximo.

Sobre o significado de uma medalha Olímpica em sua carreira.

É uma das ondas mais fortes, mais perigosas, mas ao mesmo tempo uma das ondas mais lindas, que traz uma sensação indescritível. Um processo em que você vai com medo, chega lá e toma uma "vaca", um "caldo" e às vezes até se machuca. E aí você volta e diz 'caramba, que loucura essa onda!' Mas aí se torna um caso de desafio, de você falar 'eu preciso ir lá, preciso pegar uma onda e olha aquela onda perfeita, linda, maravilhosa e assustadora'. E aí você fala 'preciso de uma certa forma dominá-la.' E aí quando você pega o primeiro tubo, a primeira onda, é aquela sensação de se tornar uma relação de amor. Então é muito doido porque é um processo, assim, que você vai pegar o melhor tubo, a melhor onda da sua vida, ou você vai tomar o pior "caldo" ou a pior "vaca" da sua vida. Então tem que estar preparado para as duas sensações.

Ao descrever Teahupo'o, palco Olímpico do surfe.

Se alguém me perguntar 'para onde você quer em uma surf trip hoje? Para o Taiti.' Então é o lugar que eu que eu amo, o lugar, a beleza natural em si, assim, é incomparável a qualquer outro lugar no mundo, as ondas, o povo local, o jeito que eles te tratam, a comida. Então, acho que englobando tudo isso, o Taiti é o meu lugar favorito.

Em relação ao seu lugar favorito para surfar.

Eu já estava há dois anos no CT, então eu vi que tinha essa chance de me manter no topo. E eu comecei a acreditar realmente que eu conseguiria chegar [ao topo]. E o ponto de mudança para mim foi vencer a etapa de Gold Coast de 2015, a primeira daquele ano. Se eu consegui ganhar uma etapa no meio dos melhores, eu conseguiria vencer algumas outras também. E aí foi questão de acreditar, questão de entender o processo para poder estar aqui hoje, onde eu estou.

Ao relembrar sua trajetória na elite do surfe internacional.

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