Alerta de medalha: Nevasca não impede ouro de Marco Odermatt no slalom gigante masculino em Beijing 2022; Brancal é 37º
Suíço de 24 anos enfim sobe ao pódio Olímpico em prova com condições climáticas complicadas. Esloveno Zan Kranjec é prata e o bronze fica com o francês Mathieu Faivre. Português Ricardo Brancal tem desempenho ainda melhor do que fez no Mundial de 2021.
Em um dia de muita neve e quedas no slalom gigante masculino em Beijing 2022, neste domingo (13 de fevereiro), o suíço Marco Odermatt conseguiu contornar as armadilhas e confirmou o favoritismo na prova, com tempo combinado de 2min9s35.
Aos 24 anos, Odermatt é o líder geral da Copa do Mundo de esqui alpino em 2021/22 e venceu cinco das seis provas do slalom gigante disputadas na temporada (contando com Beijing 2022). Esta é sua primeira medalha Olímpica.
"É incrível. Foi um dia difícil, com as condições, com tanta espera entre a primeira e a segunda descida. Foram mais de cinco horas para mim, um tempo muito longo para repensar tudo e foi difícil ficar focado. Tentei dormir por alguns minutos", contou Odermatt.
"Arrisquei tudo na segunda descida, porque não queria só a medalha, queria o ouro. É difícil, porque você pode perder tudo, mas deu certo", analisou o campeão.
A prata é do esloveno Zan Kranjec, 29, que ficou a 19 centésimos de Odermatt. Quarto colocado em PyeongChang 2018, ele tinha sete pódios em Copas do Mundo, com duas vitórias em 2018 e 2020.
"Depois da primeira descida, achei que tinha acabado, que não tinha mais chance. Mas minha segunda descida foi muito boa, inacreditável", comemorou Kranjec.
Completou o pódio o francês Mathieu Faivre, a 1s34 do campeão. Atual campeão mundial da prova, esta em sétimo lugar no ranking da temporada.
"Foi um dia duro, um dia nervoso, um dia longo até a segunda descida. Não me senti bem na segunda, foi difícil por causa das condições. Mas terminei o dia com uma medalha Olímpica e estou feliz com isso", disse Faivre.
Prata em PyeongChang 2018, o norueguês Henrik Kristoffersen foi um dos vários esquiadores que cometeram erros e terminou em oitavo, assim como o francês Alexis Pinturault, que caiu do bronze nas duas últimas edições para a quinta colocação (empatado com o compatriota Thibaut Favrot) em Beijing 2022.
O norueguês Lucas Braathen, cuja mãe é brasileira, não completou a segunda descida após ter ficado entre os 15 primeiros na primeira. Ele retorna no dia 16 para o slalom, prova em que é o líder na Copa do Mundo na temporada.
Português Ricardo Brancal consegue top 40 na estreia
O esquiador português Ricardo Brancal estreou em Jogos Olímpicos e em Beijing 2022 com o 37º lugar no slalom gigante, com tempo de 1min16s83, melhorando três posições em relação ao Mundial de 2021. O atleta de 25 anos retorna às competições no dia 16 para o slalom.
Brancal acredita que “poderia ter feito algo melhor, especialmente na 2.ª manga”, mas que “foram duas mangas sólidas”, e “um bom resultado para Portugal”, numa prova muito difícil e com “condições de visibilidade muito más”.
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Único representante do Timor-Leste em Beijing 2022, Yohan Gonçalves Goutt desceu a pista em 1min21s52, mas não completou a segunda descida. Esta é a primeira vez que o timorense de 27 anos compete no slalom gigante, em sua terceira participação Olímpica. Ele também estará no slalom, prova em que foi 43º em Sochi 2014.
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Brasileiro Valentino Caputi chega a Pequim para possível substituição
Enquanto o esquiador alpino Michel Macedo continua sem produzir dois testes negativos para Covid-19 em 24h, o Comitê Olímpico Brasileiro e a Confederação Brasileira de Desportes na Neve (CBDN) decidiram levar o esquiador Valentino Caputi para Pequim para uma possível substituição de Michel na prova do slalom masculino, em 16 de fevereiro.
Com apenas 17 anos, Valentino é filho de pai brasileiro e mãe italiana e nasceu no país europeu. Sua mãe foi atleta de esqui alpino e influenciou o filho a praticar o esporte. No Mundial de esqui alpino de 2021, ele foi 68º no slalom gigante.