Alerta de medalha: Petra Vlhová confirma favoritismo no slalom e conquista primeira medalha da Eslováquia no esqui alpino
Eslovaca se recupera após primeira descida e faz história para seu país. Prata é da austríaca Katharina Liensberger e o bronze da suíça Wendy Holdener. A americana Mikaela Shiffrin foi eliminada na primeira descida e a portuguesa Vanina Guerillot na segunda.
A eslovaca Petra Vlhová chegou a Beijing 2022 sob pressão após uma grande temporada no slalom feminino. E ela entregou. A atleta de 26 anos venceu a prova nesta quarta-feira, 9 de fevereiro, e conquistou a primeira medalha Olímpica da Eslováquia no esqui alpino.
Líder na Copa do Mundo nesta temporada, Vlhová teve uma primeira descida abaixo da média, ficando apenas na oitava colocação com 52s89. No entanto, a eslovaca se superou na segunda, baixando 80 centésimos, e tomou a liderança, vendo suas adversárias tentarem em vão tirá-la do topo do pódio.
"Dei tudo que tinha e no final das contas sou campeã Olímpica", comemorou Vlhová. "É difícil dizer o que significa para mim agora. Sonhei toda a minha vida em ganhar os Jogos Olímpicos ou ganhar medalhas".
Vlhová chegou ao seu auge em Beijing 2022, mas esta é sua terceira participação Olímpica. Seu melhor resultado anterior havia sido o quinto lugar no combinado em PyeongChang 2018. Sua ascensão nos últimos quatro anos foi meteórica, com quatro títulos de Copa do Mundo e cinco medalhas em Mundiais.
"Nesta temporada eu fui muito forte e hoje dei tudo", acrescentou a campeã.
A prata ficou com a austríaca Katharina Liensberger, 24, oito centésimos mais lenta que Vlhová. Esta foi sua segunda prata Olímpica, após o evento paralelo por equipes em PyeongChang 2018. Ela também é a atual campeã mundial no slalom e conquistou sua primeira vitória de Copa do Mundo nesta temporada.
Liensberger se emocionou ao lembrar de seu avô, que faleceu. "Estou orgulhosa de dedicar esta vitória para o meu avô, que está comigo. Não foi legal perdê-lo, mas sei que ele está aqui e obviamente cuidou de mim", afirmou.
A suíça Wendy Holdener, medalha de bronze com 12 centésimos a mais que a campeã, já está acostumada com pódios Olímpicos. Ela foi prata no slalom em PyeongChang 2018, bronze no combinado e ouro no evento de equipes do paralelo. Aos 28 anos, ela também é tricampeã mundial e já fez 40 pódios de Copa do Mundo.
"Acredito que foi suficiente. Não me senti tão bem quanto no treinamento. Estava decepcionada quando cheguei ao final porque sabia que não era suficiente (para o ouro). Eu senti isso e então uma por uma foram ficando atrás de mim e estou bem feliz no final das contas", comentou Holdener.
Mikaela Shiffrin é eliminada no início novamente
O Beijing 2022 tem sido duro para a americana Mikaela Shiffrin. A bicampeã Olímpica do esqui alpino novamente saiu da disputa por medalhas logo no início da prova, desta vez no slalom.
Shiffrin passou por apenas quatro portas antes de perder a próxima e ser eliminada. O mesmo aconteceu na última terça-feira, no slalom gigante.
É a primeira vez desde 2011 que a americana não consegue terminar duas provas técnicas seguidas, que são sua especialidade. Ainda restam as provas individuais do super-G (dia 11), do downhill (15) e o combinado (17).
Campeã do slalom gigante em Beijing 2022, a sueca Sara Hector não terminou a prova na segunda descida.
Portuguesa Vanina Guerillot encerra participação
A jovem esquiadora alpina portuguesa Vanina Guerillot, 19**,** não completou a prova do slalom em Beijing 2022 e encerrou sua primeira participação Olímpica.
Com 59.45 na primeira descida, ela estava no top 50, mas cometeu o erro na segunda. Seu 43º lugar no slalom gigante foi o melhor resultado do país no esqui alpino nos Jogos de Inverno.
Nascida e crescida na França, Guerillot defende a bandeira portuguesa desde que começou a disputar competições importantes.
O próximo português em ação em Beijing 2022 será o esquiador de fundo (cross-country) José Cabeça nos 15km clássicos em 11 de fevereiro.