Mundial de Judô 2023: Japão vira contra a França e é ouro por equipes; Brasil cai na estreia

Paris 2024

Rivalidade entre as maioreis forças do judô teve mais um capítulo emocionante em Doha, com triunfo dos asiáticos no desempate. Time brasileiro caiu diante da Geórgia.

3 minPor Sheila Vieira
Tatsuru Saito
(Gabi Juan/European Judo Union)

A grande rivalidade entre Japão e França no judô teve mais um capítulo emocionante neste domingo, na disputa por equipes do Campeonato Mundial de Judô 2023, em Doha, no Catar, neste domingo, 14 de maio.

A França é a atual campeã Olímpica, mas o Japão havia vencido os europeus no Mundial de 2022, agora defendendo o título em 2023.

No primeiro confronto, Joan-Benjamin Gaba, 22, conquistou um ippon logo no início da luta contra o experiente Hashimoto Soichi, de 31. A seguir, houve um confronto bem mais duro entre Margaux Pinot e Nizzoe Saki, com a francesa aplicando o waza-ari no golden score.

Tajima Goki entrou pressionado na terceira luta e teve um confronto longo contra Maxime-Gael Ngayap Hambou, mas conseguiu um waza-ari no golden score para diminuir a vantagem da França. Em seguida, a França abriu 3 a 1 com Coralie Hayme, que bateu Segawa Maya no golden score por shidos.

Joseph Tehrec teve a chance de encerrar o confronto, mas fez um movimento proibido contra Saito Tatsuru e recebeu o Hansoku-Make, sofrendo a eliminação. Sarah Leonie Cysique começou a luta contra Funakubo Haruka com um waza-ari, mas depois foi imobilizada, empatando o confronto.

O sorteio determinou o desempate entre Niizoe Saki e Margaux Pinot, que se estendeu no golden score. A francesa chegou a ter um ippon computado, mas um movimento irregular na projeção fez com que o ponto fosse retirado. Pinot acabou perdendo por punições, e o Japão concretizou a virada.

As medalhas de bronze ficaram com Geórgia e Países Baixos.

PARIS 2024 | Sistema de classificação do judô

Brasil cai no desempate contra a Geórgia na estreia

O time brasileiro pegou uma chave difícil na disputa por equipes. Na estreia, a Geórgia, que terminou a competição com o bronze. Caso vencesse, enfrentaria o Japão. No entanto, a derrota veio para o time europeu, por 4 a 3.

Na primeira luta, entre as pesadas, Beatriz Souza derrotou Sophio Somkshivili por shidos. A segunda luta teve o outro medalhista brasileiro do Mundial, Rafael Silva, derrotado para Guram Tushishvili da mesma forma.

Rafaela Silva, que havia perdido na estreia na disputa individual, não deu chances desta vez e aplicou um rápido ippon contra Eteri Liparteliani. Willian Lima acabou subindo de categoria para encarar o favorito Lasha Shavdatuashvili. A luta foi ao golden score, mas o georgiano conseguiu o waza-ari.

Ketleyn Quadros também competiu acima de sua categoria, com sucesso, derrotando Eter Askilashvili com dois waza-ari. Bastava uma vitória para que o Brasil avançasse, mas Luka Maisuradze venceu Rafael Macedo (dois waza-ari).

O sorteio do desempate colocou Macedo e Maisuradze frente a frente novamente, e o georgiano levou a melhor novamente com um waza-ari.

O Brasil fechou o Mundial com duas medalhas, ambas de bronze, com Beatriz Souza nos +78kg e Rafael Silva nos +100kg. Em 2022, havia sido ouro com Rafaela Silva e Mayra Aguiar, prata com Bia Souza e bronze com Daniel Cargnin. Mayra e Cargnin não foram ao Mundial neste ano por lesão.

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