Rafael Nadal, Andy Murray, Alex Morgan, Emma McKeon: os medalhistas e campeões Olímpicos que se aposentaram em 2024

Entre muitos medalhistas em Jogos que encerraram suas carreiras esportivas em 2024, estão alguns brasileiros, como Mayra Aguiar e Bruno Fratus. O Olympics.com relembra outros grandes nomes que se aposentaram este ano. Veja lista.

16 minPor ZK Goh
Murray and Nadal shake hands at the net after a match
(REUTERS/Christopher Pike)

Mais um ano Olímpico chega ao fim e é hora de relembrar as carreiras dos atletas que se despediram do mundo dos esportes em 2024.

Os Jogos Olímpicos Paris 2024 proporcionaram a despedida para muitos, medalhistas e até campeões Olímpicos, com alguns saindo no topo e outros após derrotas emocionantes.

Além disso, houve quem colocasse um ponto final em suas carreiras esportivas antes mesmo dos Jogos Olímpicos, enquanto alguns escolheram o fim da temporada para pendurar seus uniformes e equipamentos para sempre.

Entre os brasileiros, Mayra Aguiar (judô) Bruno Fratus (natação), Rafael Silva ‘Baby (judô), Ágatha (vôlei de praia), Deborah Medrado (ginástica rítmica), Giovanna Silva (ginástica rítmica), Erlon Souza (canoagem velocidade) e Isabel Swan (vela), foram alguns encerraram suas trajetórias de atleta em 2024.

A judoca portuguesa Telma Monteiro anunciou que estava deixando os tatames há algumas semanas, após cinco presenças em Jogos. Em abril, o tenista luso João Sousa deu adeus à quadras.

O Olympics.com lista abaixo um grupo de 20 nomes (nove homens, nove mulheres e uma equipe mista) entre medalhistas e campeões Olímpicos de todo o mundo que se aposentaram das competições neste ano, organizados em ordem alfabética pelo sobrenome.

Mark Cavendish (Grã-Bretanha, ciclismo de pista e de estrada)

Foi um ano histórico para Cavendish, que havia decidido se aposentar após a temporada 2023. O homem da Ilha de Man escolheu retornar para mais uma temporada na tentativa de quebrar o recorde do Tour de France de mais vitórias em etapas, que ele compartilhava com Eddy Merckx.

Foi uma decisão sábia, pois na Etapa 5 do Tour de France 2024, Cavendish correu para a vitória em Saint-Vulbas, alcançando o 35º triunfo no evento e assumindo a exclusividade do recorde.

Cavendish confirmou a aposentadoria após competir em corridas de fim de temporada no Japão e em Singapura. Durante sua carreira, ganhou uma prata Olímpica no omnium do ciclismo de pista no Rio 2016 e quatro ouros em campeonatos mundiais - três na pista e um na estrada.

Tom Daley (Grã-Bretanha, saltos ornamentais)

Aposentado originalmente após os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 em 2021, Daley anunciou seu retorno aos saltos ornamentais em julho de 2023 com expectativa de chegar a sua quinta participação em Jogos Olímpicos em Paris 2024.

Ele conseguiu e foi escolhido como um dos porta-bandeiras da Grã-Bretanha na Cerimônia de Abertura. Ao lado de Noah Williams, Tom Daley ganhou a prata na plataforma sincronizada 10m – sua quinta medalha (um ouro, uma prata e três bronzes) em cinco participações Olímpicas, começando quando tinha 14 anos em Beijing 2008.

Ele anunciou sua aposentadoria no dia seguinte à Cerimônia de Encerramento, se despedindo com quatro títulos mundiais, cinco títulos europeus e quatro medalhas de ouro nos Jogos da Commomwealth ao longo de sua trajetória.

Kellie Harrington (Irlanda, boxe)

Harrington se tornou a primeira mulher irlandesa a conquistar ouro em dois Jogos Olímpicos diferentes quando ela defendeu seu título Olímpico do peso leve em Paris 2024.

Também a primeira pugilista de seu país a ganhar duas medalhas de ouro Olímpicas, ela rejeitou a ideia de se tornar profissional e é uma defensora declarada do boxe amador. O status do esporte nos próximos Jogos Olímpicos em Los Angeles ainda não está claro.

Além de suas duas medalhas de ouro, Harrington também levou o ouro no Mundial da IBA em 2018. Pouco depois de receber sua medalha em Roland Garros, ela anunciou sua aposentadoria. “Vou sair como campeã. É assim que quero sair. Não quero sair e perder uma luta e depois me aposentar. Vou me retirar feliz”.

Laura Kenny (Grã-Bretanha, ciclismo de pista)

Kenny anunciou sua aposentadoria em março, bem antes dos Jogos Olímpicos Paris 2024, e optou por não tentar a seletiva para Paris após voltar da licença-maternidade.

A atleta Olímpica mais condecorada da Grã-Bretanha, com cinco medalhas de ouro, esperava-se que ela voltasse a competir, mas decidiu se concentrar em seus dois filhos pequenos com o marido Jason Kenny, que é o atleta Olímpico britânico mais condecorado.

Suas medalhas de ouro vieram no omnium e na perseguição por equipes em Londres 2012 e Rio 2016 quando ela correu com o nome de solteira (Laura Trott), antes de adicionar o ouro no madison em Tóquio 2020. Ela também conquistou sete títulos mundiais.

Angelique Kerber (Alemanha, tênis)

Kerber, dona de três títulos de Grand Slams, passou 34 semanas na liderança do ranking da WTA durante sua carreira, incluindo encerrando a temporada 2016 como melhor jogadora feminina de simples. A alemã também ganhou a prata Olímpica naquele ano, atrás de Monica Puig, de Porto Rico.

Nos últimos anos, Kerber tirou um tempo do esporte para começar sua família, retornando ao tênis no início de 2024. Ganhou a United Cup 2024 como parte da delegação da Alemanha e fez sua última aparição em um Grand Slam em Wimbledon, antes de anunciar que se aposentaria após Paris 2024.

Angelique Kerber chegou às quartas de final na capital francesa em Roland Garros, igualando seus melhores resultados no famoso saibro do Aberto da França. Sua última partida foi contra Zheng Qinwen, futuramente a campeã.

Mijaín López (Cuba, luta)

A lenda da luta Mijaín López removeu cerimonialmente seus sapatos e os colocou no centro do tatame após ganhar em Paris 2024 o seu quinto ouro Olímpico consecutivo. Era o fim de uma carreira notável, que também teve cinco títulos mundiais.

Seus cinco ouros consecutivos na categoria de peso mais pesada da greco-romana (120kg em Beijing 2008 e Londres 2012; 130kg desde a Rio 2016) fizeram dele o primeiro — e até agora, único — atleta a vencer o mesmo evento individual em cinco edições de Jogos. Notavelmente, ele conseguiu o feito em Paris, apesar de não ter competido internacionalmente durante três anos, desde sua vitória em Tóquio 2020.

López também foi porta-bandeira de Cuba em Cerimônias de Abertura dos Jogos por quatro ocasiões, de 2008 a 2020.

Emma McKeon (Austrália, natação)

Emma McKeon é, simplesmente, a maior atleta Olímpica da Austrália. A grande nadadora de 30 anos deixou claro que Paris 2024 seria sua última presença em Jogos, mas não estava claro se a nativa de Nova Gales do Sul continuaria competindo em Mundiais e em outros eventos.

Seis vezes campeã Olímpica, com 14 medalhas em Jogos no total (mais três pratas e cinco bronzes), McKeon decidiu encerrar em novembro, após ganhar três medalhas em Paris.

Seu momento mais glorioso, no entanto, foi em Tóquio 2020, quando obteve sete medalhas (quatro ouros) - uma em cada evento em que competiu. Ela se tornou a atleta Olímpica australiana de maior sucesso na história. McKeon também ganhou cinco mundiais de piscina longa e quatro de piscina curta durante sua carreira.

Alex Morgan (Estados Unidos, futebol)

Duas vezes medalhista Olímpica, campeã em Londres 2012, Alex Morgan foi uma das grandes estrelas do futebol dos Estados Unidos durante sua carreira de 17 anos como atleta.

Morgan, que fez 224 partidas e marcou 123 gols pela equipe feminina americana, está no top 10 dos dois gêneros das seleções nacionais do país, como a nona jogadora com mais atuações e a quinta maior artilheira.

A atacante, que também ganhou o bronze em Tóquio 2020 e dois títulos de Copa do Mundo Feminina da FIFA, também provou o sucesso nos clubes onde passou, ao levantar por exemplo a taça da Liga dos Campeões Feminina da Europa em 2017, com o Lyon (França).

Andy Murray (Grã-Bretanha, tênis)

Mais dois dos "Big Four" do tênis masculino encerraram o dia este ano, e Andy Murray foi um deles. Atormentado por lesões nos últimos anos, o britânico anunciou que os Jogos de Paris 2024 seriam seu torneio final — então se retirou da competição de simples para se concentrar nas duplas, ao lado de Dan Evans.

Evans e Murray tiveram que salvar vários match points ao longo do caminho, mas acabaram sendo eliminados nas quartas de final, com Murray — bicampeão em simples masculino em Londres 2012 e Rio 2016 — dando uma despedida emocionante dentro de quadra, saindo em lágrimas.

O escocês é o único jogador de simples a ganhar medalhas de ouro Olímpicas consecutivas. Em sua carreira, venceu três majors e faturou a Copa Davis em 2015 com a Grã-Bretanha. "No final das contas, estou feliz por ter terminado minha carreira nos meus próprios termos", disse para o Olympics.com. “Em quadra, diante de uma multidão brilhante."

No final do ano, Murray foi anunciado como o novo treinador do último jogador do "Big Four" que ainda em atividade, Novak Djokovic.

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Rafael Nadal (Espanha, tênis)

A outra estrela do "Big Four" do tênis a pendurar a raquete este ano foi o espanhol Rafael Nadal, que encerrou após representar a Espanha nas Finais da Copa Davis em casa, em Málaga.

Nadal, bicampeão olímpico (simples em Beijing 2008 e duplas no Rio 2016), encerrou sua carreira Olímpica em seu local favorito de Grand Slam, Roland Garros, onde ganhou um recorde de 14 títulos. No entanto, o espanhol foi eliminado na segunda rodada do torneio de simples para aquele que, dias mais tarde, faturou a medalha de ouro, Novak Djokovic (SRB).

O 22 vezes campeão de simples em Grand Slams também fez dupla com Carlos Alcaraz, saindo — assim como Murray e Evans — nas quartas de final. Nadal confirmou sua aposentadoria em outubro e encerrou sua carreira com uma derrota em Málaga no mês seguinte, quando a Espanha perdeu para os Países Baixos nas oitavas de final.

Nadal conquistou cinco títulos da Copa Davis durante sua ilustre carreira. É um dos três únicos homens a vencer todos os quatro Grand Slams e uma medalha de ouro Olímpica em simples.

Gabriella Papadakis e Guillaume Cizeron (França, patinação artística)

Gabriella Papadakis e Guillaume Cizeron estão entre os grandes nomes da patinação artística. Os campeões Olímpicos de Beijing 2022 não competiam desde o Mundial de março de 2022, quando foram pentacampeões do torneio, diante da torcida de casa, em Montpellier, na França.

A dupla, que patinou junta por quase 20 anos desde quando tinham apenas 10, despontou ao conquistar o Europeu e o Mundial de 2015. Naquele ano, eles se mudaram para Montreal, Canadá, que serviria como sua base de treinamento para o resto da carreira.

Papadakis e Cizeron foram prata logo na sua estreia Olímpica, em PyeongChang 2018, para quatro anos depois faturarem ouro na capital chinesa. Após o título em Montpellier um mês depois, a equipe anunciou hiato de uma temporada, posteriormente estendida para duas. A aposentadoria foi formalizada em dezembro.

Candace Parker (Estados Unidos, basquete)

As conquistas de Candace Parker no basquete são muitas. Duas vezes campeã Olímpica (Beijing 2008 e Londres 2012), Parker também ganhou três títulos da liga profissional americana, a WNBA, sendo escolhida a melhor jogadora em duas ocasiões (e uma vez a melhor das Finais ), além de cinco títulos da liga russa, uma coroa da Euroliga Feminina e vários prêmios universitários e de ensino médio.

A primeira mulher a fazer uma enterrada em jogo da NCAA, Parker – que também trabalhou na transmissão de jogos de basquete masculino – viu sua carreira internacional terminar prematuramente. Depois de não disputar a Rio 2016, a ala-pivô recusou convites futuros para treinar e jogar com a seleção nacional.

Ela oficialmente encerrou sua carreira em abril, terminando a WNBA com uma média de 16 pontos por jogo ao longo de um período de 16 anos em três franquias. Ela também liderou a WNBA em rebotes por jogo por quatro temporadas.

Gastón Revol (Argentina, rugby sevens)

Gastón Revol, de 38 anos, foi um dos atletas mais antigos da equipe masculina de rugby sevens da Argentina até sua aposentadoria após os Jogos Olímpicos de Paris.

Tendo feito sua estreia em 2009, Revol jogou 488 partidas do Circuito Mundial em 107 torneios diferentes, marcando 62 tries. Ele também foi o capitão argentino no retorno da modalidade ao Programa Olímpico na Rio 2016.

Revol foi medalhista de bronze em Tóquio 2020 e bicampeão Pan-Americano em 2019 e 2023. Em sua partida final pela Argentina, no Stade de France, foi aplaudido por todo o estádio. Seu apelido, “La Leyenda” (A Lenda), diz tudo sobre sua contribuição para o esporte em seu país.

Nino Salukvadze (Geórgia, tiro esportivo)

Nenhum atleta, homem ou mulher, competiu em mais Jogos Olímpicos do que Nino Salukvadze, uma atiradora esportiva georgiana que fez sua estreia em Seul 1988 representando a então União Soviética.

Salukvadze passou 36 anos no esporte e participou de 10 Jogos Olímpicos — marca igualada apenas pelo canadense Ian Millar. Obteve duas medalhas em sua estreia em 1988. Na Rio 2016, competiu ao lado de seu filho Tsotne Machavariani. Depois de uma breve aposentadoria após Tóquio 2020, ela retornou a Paris para sua 10ª participação, igualando o recorde.

Além de suas duas medalhas em 1988, Salukvadze foi bronze pela Geórgia em Beijing 2008. Seu sucesso mais recente internacionalmente veio no Campeonato Mundial de 2009, onde ela levou a prata na carabina de ar 10m.

Ela também foi nomeada como porta-bandeira da Geórgia em Cerimônias de Abertura por três ocasiões: em Londres, Tóquio e Paris.

Joseph Schooling (Singapura, natação)

Joseph Schooling entra para a história Olímpica como o único atleta a ganhar ouro por Singapura até hoje. O nadador, que derrotou seu herói de infância Michael Phelps na final dos 100m borboleta na Rio 2016, confirmou sua aposentadoria no passado mês de abril, aos 28 anos.

O singapuriano estabeleceu um recorde Olímpico de 50,39s na final dos 100m borboleta do Rio para faturar o ouro, quebrando o recorde anterior de Phelps, naquela que seria a última final individual da carreira do americano.

A última competição de Schooling foi nos Jogos do Sudeste Asiático em 2022, pois sua carreira competitiva desacelerou enquanto ele completava o serviço militar obrigatório. Schooling foi autorizado a competir enquanto servia à Marinha do seu país. No entanto, esses privilégios foram revogados depois que foi descoberto que ele usou cannabis durante os Jogos do Sudeste Asiático de 2022 – embora ele não tenha falhado em nenhum controle antidoping – tendo nunca mais competido desde então.

Tatjana Smith (África do Sul, natação)

A especialista em nado peito, Tatjana Smith teve uma notável participação em Tóquio 2020, onde se tornou a primeira mulher na história a quebrar a barreira de 2:19 nos 200m. Na época conhecida como Tatjana Schoenmaker, seu nome de solteira, Smith ganhou ouro nos 200m para somar prata nos 100m.

Em Paris, Smith foi ouro nos 100m e prata nos 200m. Ao fazer isso, ela se tornou a atleta olímpica mais bem-sucedida da África do Sul, ultrapassando Chad le Clos (que tem um ouro e três pratas). Smith foi escolhida uma das porta-bandeiras de seu país para a Cerimônia de Encerramento dos Jogos na capital francesa, quando confirmou sua aposentadoria das piscinas.

Além de suas quatro medalhas Olímpicas, Smith ganhou três ouros nos Jogos da Comunidade Britânica, um título mundial de piscina longa e foi ao topo do pódio em três ocasiões nos Jogos Africanos.

Daniel-André Tande (Noruega, salto de esqui)

Daniel-André Tande não deveria retornar ao salto de esqui após um terrível acidente com risco de vida sofrido em um treinamento em Planica, Eslovênia, em 2021. Mas o norueguês, que ganhou o ouro por equipes em PyeongChang 2018, fez exatamente isso no mesmo ano.

Ele chegou ao nível mais alto mais uma vez, conquistando uma vitória na Copa do Mundo apenas um ano após seu acidente. E ele até chegou para a sua segunda participação em Jogos de Inverno, em Beijing 2022, onde a Noruega terminou em quarto lugar no evento masculino por equipes. "Desde o primeiro dia após o acidente, eu tinha 100% certeza de que voltaria e saltaria novamente", Tande disse recentemente ao Olympics.com.

Em setembro, o atleta de 30 anos anunciou sua aposentadoria do esporte. Junto com seu ouro Olímpico, ele também ganhou oito eventos da Copa do Mundo e quatro títulos Mundiais.

Uno Shoma (Japão, patinação artística)

Talvez Uno Shoma tenha competido na patinação artística na era errada para se tornar um campeão Olímpico. O bicampeão mundial, que anunciou sua aposentadoria em maio, conquistou a prata Olímpica individual em 2018, atrás do compatriota japonês Hanyu Yuzuru. Em Beijing 2022, foi bronze, quando o americano Nathan Chen levou o ouro.

Seus títulos mundiais vieram em 2022 e 2023, depois que Hanyu e Chen se afastaram da patinação. Entretanto, quando chegou 2024, Uno se viu apenas em quarto lugar em um Campeonato Mundial vencido por Ilia Malinin e seu salto Axel quádruplo Axel. Uno deixou o esporte sem arrependimentos.

"Quando olho para trás agora, para o meu trabalho, quero me dar um tapinha nas costas", disse. "Depois que ganhei o Mundial pela primeira vez, Yuzu se aposentou, então Nathan veio a seguir. Ver aqueles com quem competi por tanto tempo encerrarem suas carreiras me deixou triste, até mesmo abandonado. Acho que foi quando comecei a pensar no meu próprio fim."

Embora nunca tenha ganhado o ouro nos Jogos, Uno é o patinador artístico japonês com mais medalhas, tendo também conquistado a prata por equipes na capital chinesa. Além de seus dois títulos mundiais, ele também levou duas medalhas de prata no torneio, uma de ouro nos “Quatro Continentes”, foi ao topo do pódio em uma Final de Grand Prix, além de faturar o World Team Trophy.

Portia Woodman-Wickliffe (Nova Zelândia, rugby sevens)

Quando Portia Woodman-Wickliffe se aposentou após ganhar seu segundo ouro Olímpico no rugby sevens em Paris, colocou ponto final em uma carreira repleta de recordes. A neozelandesa de 33 anos, que jogou as duas variantes do rugby para a seleção feminina de seu país, foi a primeira jogadora a marcar 200 e depois 250 tries no Circuito Mundial de Sevens.

Jogadora de netball e praticante de atletismo na juventude, Portia se converteu ao rugby em 2012. Foi uma mudança bem-sucedida, resultando em uma carreira notável de 12 anos, na qual ela ganhou uma prata e dois ouros Olímpicos; ouro e bronze nos Jogos da Comunidade Britânica, dois títulos da Copa do Mundo de Rugby Sevens, além de bicampeã em Copas do Mundo Femininas de XV. Ela marcou 1280 pontos em sua carreira no Circuito Mundial de Sevens, com 24 internacionalizações pela seleção de XV.

Sua partida final pela seleção de sevens do país foi a decisão Olímpica de Paris 2024, na vitória da Nova Zelândia sobre o Canadá por 19 a 12. Ela foi substituída no segundo tempo, sendo ovacionada por todo o estádio: "[Estou] orgulhosa da pessoa que me tornei, orgulhosa da jornada que tive, do crescimento que tive. Eu fui de uma garota tímida do netball para uma jogadora de rugby que agora é mundialmente conhecida", disse Portia para o Olympics.com.

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