Bruno Fratus, Rafael Silva ‘Baby’, Erlon Souza, Ágatha e Isabel Swan oficializam aposentadoria no Prêmio Brasil Olímpico

Medalhistas Olímpicos da natação, do judô, da canoagem velocidade, do vôlei de praia e da vela colocam ponto final em suas carreiras.

4 minPor Sheila Vieira
Erlon, Fratus, Agatha, Swan
(André Durão/COB)

As vitoriosas carreiras do nadador Bruno Fratus, do judoca Rafael Silva ‘Baby’, do canoísta Erlon Souza, da velejadora Isabel Swan e da jogadora de vôlei de praia Ágatha chegaram ao fim. Os medalhistas Olímpicos oficializaram suas aposentadorias na próxima quarta-feira, 11 de dezembro, no Prêmio Brasil Olímpico, no Rio de Janeiro.

Bronze nos 50m livre em Tóquio 2020, Fratus, de 35 anos, também conquistou quatro medalhas em Mundiais de piscina longa e sete em Jogos Pan-Americanos. O velocista passou mais de uma década na elite da prova mais rápida do programa Olímpico, enfrentando de igual para igual outras lendas como César Cielo Filho, Florent Manaudou e Caeleb Dressel, e foi o primeiro a nadar abaixo de 22 segundos mais de 100 vezes.

Fratus não se recuperou a tempo de uma lesão no ombro e ficou fora de Paris 2024, mas esteve na capital francesa como comentarista da TV Globo e repórter do Olympic Channel.

"Pretendo continuar fazendo parte do esporte e sendo embaixador do Olimpismo, mas o competidor dentro da piscina vai dormir hoje", afirmou Bruno à transmissão oficial do PBO.

"Eu venho debatendo internamente por muito tempo. O atleta sente que o auge já passou, que não vai mais conseguir ser competitivo. É justamente a mentalidade de que, se eu sei que se eu não vou competir pra ganhar, não faz sentido", acrescentou o nadador.

Rafael Silva, 37, competiu em Paris 2024 e conquistou seu terceiro bronze Olímpico, ajudando o Brasil a levar uma inédita medalha por equipes. Na categoria +100kg, ele também se manteve entre os melhores por mais de uma década, com muitos embates com a lenda francesa Teddy Riner e com o cubano Andy Granda.

Baby também possui em seu currículo sete medalhas em Mundiais, quatro pódios em Masters, incluindo o ouro em 2012, e três em Jogos Pan-Americanos.

"Não poderia desejar um encerramento de ciclo e de carreira mais bonito. Fica um legado especial", disse Baby à transmissão do PBO.

"Vou continuar treinando, mas encerro o período de competição em 31 de dezembro. Vou continuar praticando o judô sempre por saúde e contribuindo com o esporte".

Em entrevista recente ao Olympics.com, Baby disse que deve atuar na área de gestão do esporte.

“Vai ser mais para o lado da gestão. Eu acho que os atletas têm que se capacitar e cada vez mais entrar para poder transformar o esporte para melhor”, comentou o judoca.

Medalha de prata no C2 1000m da canoagem velocidade na Rio 2016 e nos Jogos Pan-Americanos de 2011 e 2015, além de dois ouros em Mundiais, Erlon Souza também encerrou sua carreira aos 33 anos.

"Sou muito grato à minha modalidade e ao esporte de alto rendimento, porque vivenciei coisas que se não fosse no esporte, não iria vivenciar. Por ter conseguido pódios em Copa do Mundo, Mundiais e Jogos Olímpicos, não queria terminar com uma tristeza. Cumpri uma missão que me foi dada. Marquei minha geração", comentou.

Ágatha, 41, que já havia falado publicamente sobre sua aposentadoria ao final da temporada, foi medalhista de prata na Rio 2016 e campeã mundial em 2015 ao lado de Bárbara. Ela disputou seus últimos jogos na semana passada, nas Finais do Circuito Mundial, ao lado de Rebecca. Ela foi campeã do Circuito Mundial em 2015 (com Bárbara) e 2018 (com Duda).

"Ainda vou encontrar qual vai ser a melhor forma de contribuir. Gosto muito de comunicação, palestra, clínicas. Mas sempre envolvida com o vôlei de praia, que fez quem eu sou", disse Ágatha.

A velejadora Isabel Swan, 41, também esteve presente no Prêmio Brasil Olímpico para encerrar sua jornada. Ela conquistou a primeira medalha da vela feminina do Brasil ao lado de Fernanda Oliveira em Beijing 2008, e participou de seus últimos Jogos em Paris 2024.

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