Ginastas dos Estados Unidos lideram após primeira subdivisão feminina do Mundial

Shilese Jones lidera no geral, enquanto a campeã Olímpica nas barras, a belga Nina Derwael, fez estreia em 2022 em grande estilo. Brasileiras competem neste domingo com as atletas definidas em cada aparelho.

4 minPor Scott Bregman
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A equipe feminina dos EUA estava a duas rotinas de uma saída quase perfeita no sábado (29 de outubro), durante as primeiras rotações da subdivisão feminina no dia de abertura do Campeonato Mundial de Ginástica Artística de 2022 em Liverpool, na Inglaterra.

As estadunidenses totalizaram 167.263 e lideram após o primeiro dia, bem à frente da Bélgica (156.063), a única outra equipe completa atuando nesta primeira subdivisão.

Nas duas primeiras rotações, a equipe fez com que a substituição da sete vezes medalhista Olímpica Simone Biles e a atual campeã Olímpica Sunisa Lee, parecesse uma brisa enquanto cruzavam suas rotinas de solo e saltos.

O primeiro susto veio na rotação três das barras assimétricas, quando Skye Blakely, de 17 anos, estreante em Mundiais, perdeu seu movimento de pegada, o que deduziu 1000 pontos.

Então, na trave de equilíbrio, a medalhista de prata por equipes Olímpica de Tóquio, Jordan Chiles, saiu do aparelho duas vezes, marcando apenas 11.366.

Com Biles e Lee em um hiato das competições de elite, a equipe se voltou para as veteranas Jade Carey, a campeã Olímpica de 2020, Chiles, e a estreante em Mundiais, Shilese Jones, juntamente com Blakely e a medalhista de prata mundial de 2021, Leanne Wong, para tentar ganhar uma medalha de ouro por equipes mundiais pela sexta vez consecutiva.

No sábado, Blakely deu um início aos Estados Unidos com um forte esforço no solo, marcando 13.600. Jones seguiu com 13.800, enquanto Chiles (14.100) e Carey (14.066) ancoraram a equipe com uma pontuação de 41.966. Seu salto foi igualmente impressionante, somando 43.266.

"O solo foi realmente um ponto alto para nós. Foi super super sólido", disse a Supervisora Técnica de Alto Rendimento dos Estados Unidos, Chellsie Memmel, campeã mundial em 2005.

Nas barras, Jones foi a maior pontuadora entre as estadunidenses, com 14.566 que ajudou a dar o total de 41.965 para o time.

À medida que a equipe avançava para a trave de equilíbrio, Chiles liderava a classificação geral à frente de Jones e Carey, configurando uma batalha para ver qual das três avançaria para a final individual geral, onde apenas duas por país podem competir.

Carey foi a primeira a ir, ao fazer 13.133. Jones seguiu com 13.200, antes de Blakely marcar 13.733.

No entanto, a reviravolta aconteceu quando Chiles não foi bem em seus movimentos, deixando-a como a terceira melhor entre as companheiras de equipe.

No final, Jones liderou a classificação geral em 55.766, com Carey registrando 55.132. O total de Chiles foi de 53.998.

As principais rivais dos Estados Unidos pelo ouro por equipes, Brasil e República Popular da China, disputam as eliminatórias neste domingo (30 de outubro).

A campeã Olímpica de barras em 2020, Nina Derwael, competiu pela primeira vez desde seu triunfo em Tóquio, fazendo 14.700 no aparelho para liderar a classificação.

"Foi minha primeira competição novamente desde os Jogos. Fizemos algum tipo de competição simulada em nossa própria academia, mas é muito diferente de competir em outro lugar", disse Derwael. "A adrenalina vai para outro nível quando você compete em uma arena como essa e principalmente com a torcida, o que já faz muito tempo para mim, porque em Tóquio não havia ninguém nas arquibancadas. Mas tem sido ótimo. Eu me diverti e estou muito feliz que tudo deu certo."

Brasileiras competem neste domingo e têm os aparelhos definidos

A ginástica artística do Brasil fará a estreia no Mundial, em Liverpool, neste domingo, dia 30 de outubro, na terceira classificatória feminina da competição, a partir das 15:30 (horário de Brasília).

Saiba mais | A equipe brasileira para o Mundial de Ginástica Artística

Confira abaixo os respectivos aparelhos de cada atleta:

  • Rebeca Andrade: salto, solo, barras e trave
  • Flávia Saraiva: salto, solo, barras e trave
  • Júlia Soares: solo e trave
  • Carolyne Pedro: salto, solo, barras e trave
  • Lorrane Oliveira: salto e barras

A ginasta reserva da equipe é Christal Bezerra. A ordem das rotações do Brasil será: trave, solo, salto e barras.

Nos treinos de sexta-feira, a treinadora da equipe feminina brasileira, Iryna Ilyashenko, comentou para a comunicação social do evento sobre as chances do time neste Mundial: "Não falamos de expectativas, sempre falamos do trabalho. As meninas fizeram um bom trabalho hoje e agora só faltam fazer no domingo, dia de competição."

Na fase classificatória as três melhores notas contam em cada aparelho. As três equipes mais bem colocadas no feminino e no masculino, classificam-se para os Jogos Olímpicos Paris 2024.

Onde assistir ao Mundial de Ginástica Artística 2022

A partir de 1º de novembro, as finais do Campeonato Mundial de Ginástica Artística de 2022 terão a transmissão para o Brasil através dos canais Sportv e do Canal Olímpico do Brasil.

O Olympics.com transmitirá o evento em territórios restritos, que não incluem Brasil e Portugal.

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