Rebeca Andrade e Flavia Saraiva impressionam no treinamento oficial do Mundial de Ginástica Artística

Paris 2024

As líderes da seleção brasileira feminina de ginástica artística mostraram que vão lutar por medalhas em Liverpool, no evento que dá vagas a três equipes para Paris 2024. Veja como foram as séries e o que os treinadores do Brasil disseram após o treinamento de pódio desta sexta-feira (28).

3 minPor Scott Bregman e Sheila Vieira
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(Buda Mendes)

Campeã Olímpica em Tóquio 2020 no salto, a brasileira Rebeca Andrade mostrou nesta sexta-feira no treinamento de pódio (28 de outubro) que é a ginasta a ser batida nesta semana no Campeonato Mundial de Ginástica Artística, em Liverpool, na Inglaterra.

Rebeca mostrou que está em ótima forma na véspera do início do evento e que é favorita para ganhar múltiplas medalhas individuais.

Em 2021, ela se tornou a primeira sul-americana a alcançar o pódio Olímpico no individual geral, ficando com prata, atrás da americana Sunisa Lee. Dias depois, ela conquistou o ouro no salto, o primeiro de uma ginasta brasileira.

No mesmo ano, Rebeca foi ouro no salto e prata nas barras assimétricas no Mundial de Kitakyushu, no Japão.

Em Liverpool, a seleção brasileira começou o treino oficial na trave. Depois de uma primeira tentativa mais tensa, Rebeca não cometeu erros na segunda tentativa. Sua série começa com um salto com espacate frontal para subir no aparelho e também tem um mortal para trás esticado em que uma perna atinge a trave antes da outra.

No solo, aparelho em que Rebeca se apresentou somente duas vezes neste ano, Rebeca mostrou um mortal esticado seguido de duplo mortal grupado com pirueta, um duplo mortal esticado com pirueta, um duplo mortal esticado e um duplo mortal carpado.

A seguir, Rebeca chegou em seu melhor aparelho, o salto. Ela treinou o Cheng, um dos saltos que lhe deu o ouro em Tóquio, e o DTY (double twisting Yurchenko), colocando-a como favorita para defender o título. Por fim, Rebeca foi às barras assimétricas, sem cometer erros.

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Flavia Saraiva atraiu atenções na trave, aparelho em que fez final nas duas últimas Olimpíadas, apresentou uma sólida série nas barras e treinou o DTY no salto. Sua passada pelo solo teve apenas um erro na chegada da última acrobacia, o duplo carpado, em que ela colocou as mãos no chão.

Carolyne Pedro se destacou no solo, bem como Júlia Soares na trave e Lorrane Oliveira nas barras assimétricas. Reserva da equipe, Christal Bezerra também testou os aparelhos em Liverpool.

Treinadora da seleção feminina, Iryna Yashenko elogiou o trabalho as ginastas brasileiras. "Não falamos de expectativas, falamos de trabalho. As meninas foram bem hoje e precisam fazer isso no domingo, dia da competição", afirmou.

Francisco Porath, treinador do Brasil, acredita que a equipe está ainda melhor do que no Pan-americano deste ano, em que venceu os EUA. "Acho que estamos mais competitivos", afirmou.

"Nossa competição é sempre contra nós mesmos, tentar alcançar resultados que o Brasil nunca teve. Nunca olhamos para as outras equipes, apenas tentamos atingir nossas notas, porque a ginástica é um esporte em que se compete contra si mesmo", acrescentou Chico.

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