De Daiane dos Santos a Rebeca Andrade: relembre os campeões e medalhistas brasileiros no Mundial de Ginástica Artística

Sete atletas do país subiram ao pódio 16 vezes na mais importante competição anual do esporte. Viaje pelo tempo para recordar quem foram as principais estrelas da ginástica nacional.

5 minPor Sheila Vieira
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(2003 Getty Images)

O Campeonato Mundial de Ginástica Artística de 2022 acontece em Liverpool, na Grã-Bretanha, de 26 de outubro a 6 de novembro, com as equipes feminina e masculina do Brasil em busca de medalhas e de vagas nos Jogos Olímpicos Paris 2024.

Desde 2001, foram 16 pódios do país no maior evento anual da modalidade, seis de ouro, seis de prata e quatro de bronze. Relembre quem são os sete ginastas brasileiros medalhistas mundiais e quais foram as suas conquistas.

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Daniele Hypolito

A primeira ginasta brasileira a subir num pódio de Campeonato Mundial foi Daniele Hypolito, em 2001, com a prata no solo no Mundial de Ghent, na Bélgica.

Na mesma edição, Daniele ficou em quarto lugar no individual geral, com uma evolução notável em relação aos seus resultados anteriores.

Até 2007, este foi o melhor resultado de uma brasileira no individual geral. Daniele também ficou em quinto no solo em 2002. Ela participou de 13 Mundiais, ficando fora de apenas um entre 1995 e 2015.

Daniele competiu em cinco edições dos Jogos Olímpicos, de Sydney 2000 à Rio 2016, com o oitavo lugar na disputa por equipes em Pequim e em casa.

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(2011 Getty Images)

Daiane dos Santos

O Hino Brasileiro tocou em Mundiais pela primeira vez graças à gaúcha Daiane dos Santos em 2003, no solo, no evento em Anaheim, nos EUA. Daiane derrotou a favorita romena Catalina Ponor, que levaria o ouro em Atenas 2004 no solo.

Ainda por cima, ela debutou neste evento o famoso duplo twist carpado, que tem o nome Dos Santos I no código de pontos, acrobacia em que a ginasta faz uma pirueta seguida de dois mortais na posição carpada.

Daiane participou de cinco edições de Mundiais e três Jogos Olímpicos, com um quinto lugar em Atenas 2004. Nesta edição, ela apresentou o duplo twist esticado, o Dos Santos II, que jamais foi tentado por outra ginasta em competições.

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(2003 Getty Images)

Diego Hypolito

Maior vencedor de medalhas em Mundiais entre os ginastas brasileiros, Diego Hypolito conquistou o primeiro pódio e título da ginástica artística masculina brasileira em Melbourne, na Austrália, em 2005, com o ouro no solo.

Ele já havia mostrado potencial nas duas edições anteriores, ficando em quinto e quarto, respectivamente, em 2002 e 2003.

Diego conquistou mais quatro medalhas em Mundiais no solo: prata em Aarhus 2006, ouro em Stuttgart 2007 e bronze em Tóquio 2011 e Nanquim 2014. O ginasta também possui uma medalha Olímpica na Rio 2016 no seu melhor aparelho.

Hypolito possui um elemento com o seu nome no código de pontuação, um duplo twist carpado com uma pirueta durante o segundo mortal.

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(Getty Images)

Jade Barbosa

A primeira ginasta brasileira a conquistar uma medalha que não fosse no solo foi Jade Barbosa. Ela subiu ao pódio pela primeira vez no individual geral, que exige um desempenho altíssimo nos quatro aparelhos.

A carioca ficou com o bronze em Stuttgart 2007 no individual geral, posição que ela dividiu com a italiana Vanessa Ferrari. Já a segunda, também de bronze, veio três anos depois, em Roterdã, no salto. As edições de 2007 e 2010 foram as únicas que Jade disputou.

Jade competiu em dois Jogos Olímpicos, Beijing 2008 e Rio 2016, com duas finais por equipes e uma no salto. Ainda faz parte da equipe do Flamengo, mas não disputou esta temporada por problemas físicos.

(2007 Getty Images)

Arthur Zanetti

Antes de se tornar o primeiro campeão Olímpico da ginástica artística brasileira, Arthur Zanetti havia conquistado uma medalha em Mundiais, em 2011.

O especialista em argolas levou a prata em Tóquio 2011 e retornou já como medalhista Olímpico de ouro para vencer seu primeiro Mundial, Antuérpia 2013. Zanetti tem outras duas pratas, em Nanquim 2014 e Doha 2018.

Zanetti subiu ao pódio em dois Jogos Olímpicos seguidos, Londres 2012 (ouro) e Rio 2016 (prata). O paulista também alcançou a final das argolas em Tóquio 2020 e segue na ativa, mas não irá a Liverpool este ano.

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(2014 Getty Images)

Arthur Nory Mariano

Ao contrário de Diego Hypolito e Arthur Zanetti, Arthur Nory subiu ao pódio primeiro nos Jogos Olímpicos, conquistando uma medalha em Mundial três anos depois.

Bronze no solo na Rio 2016, dividindo o pódio com Hypolito, Nory evoluiu com o tempo na barra fixa, aparelho em que se tornou campeão mundial em 2019. Ele já havia sido quarto colocado na barra fixa em 2015.

Nory faz parte da seleção que disputa o Mundial em Liverpool, com boas chances de conquistar mais uma medalha na barra fixa.

(2019 Getty Images)

Rebeca Andrade

Rebeca Andrade também sentiu o gostinho da medalha Olímpica antes de ir ao pódio em um Mundial. No entanto, esse foi apenas o segundo Mundial que a ginasta conseguiu disputar, devido a suas lesões no joelho.

Quando pôde competir, Rebeca brilhou com o ouro no salto e a prata nas barras assimétricas em Kitakyushu 2021. Poucos meses antes, ela também foi a primeira no salto e a segunda no individual geral em Tóquio 2020, em sua segunda edição de Jogos Olímpicos.

Rebeca tentará aumentar sua coleção de medalhas em Liverpool e, em breve, saberemos se este texto precisará ser atualizado.

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(2021 Getty Images)
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