A seleção brasileira feminina de vôlei venceu suas duas primeiras partidas da Liga das Nações 2022, contra Alemanha (3x1) e Polônia (3x0), nesta semana, em Shreveport-Bossier, nos EUA. Estrelas como Gabi e Rosamaria ainda descansam de uma longa temporada de clubes, dando espaço a novos nomes.
Um deles é a ponteira Julia Bergmann, que somou 19 pontos contra a Alemanha e oito na segunda partida. Saiba algumas curiosidades sobre a jovem promessa do Brasil.
Origens germânicas
Filha de pai alemão e mãe brasileira, Julia Bergmann nasceu em Munique, capital do estado da Baviera. Ainda criança, ela se mudou para o Brasil e começou a carreira no vôlei no Paraná. Sua primeira convocação para a seleção foi em 2019, mas não chegou a ser titular. Desta vez, a oportunidade veio desde o início da Liga das Nações.
“A Julia Bergmann teve um comportamento muito bacana durante todo o jogo e parecia que estava na seleção há anos. Cada vez ela vai criar mais confiança e entender mais como tudo acontece no cenário internacional. Ela é uma jogadora inteligente e com leitura rápida de jogo”, disse o treinador da seleção José Roberto Guimarães.
Atua na liga universitária americana
Julia Bergmann representa sua universidade nos EUA, a Georgia Tech. Na última temporada, ela venceu o prêmio de melhor jogadora da Conferência da Costa Atlântica. Lá, ela conta com a presença de dois treinadores brasileiros: Michelle Collier e Claudio Pinheiro, que já foi assistente de Zé Roberto.
“Fui para lá em 2019, logo após jogar a primeira Liga das Nações. Meus técnicos são brasileiros, então não mudou tanto o estilo de jogo, mas aprendi muito a ser mais líder em quadra, pois sou mais velha do que as meninas da equipe. Como jogamos muito, aprendi a sair de situações difíceis de partidas. E falar mais em quadra. A comunicação é um aspecto muito importante no vôlei”, contou Julia ao Lance!.
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Estuda física e ama ciências
Julia Bergmann está no último ano do curso de Física na Georgia Tech. A paixão pelas ciências é influência em grande parte do pai.
“A física tem muitos ramos que você pode seguir, e eu gostaria de trabalhar com a área de aquecimento global. É onde eu pretendo focar mais. Por isso que escolhi esse caminho”, disse Julia ao Lance!.
Tem 1,96m de altura
Julia Bergmann é a jogadora mais alta da formação que está atuando na Liga das Nações (com Macris, Carol, Diana, Lorenne e Pri Daroit).
“Estou muito feliz de jogar a Liga das Nações pelo Brasil. Foi meu primeiro jogo como titular na seleção adulta e estava um pouco nervosa no começo, mas as meninas me ajudaram muito. A vibração que esse time tem quando está junto é incrível”, disse a ponteira.
Inspiração em Gabi
MVP da Liga dos Campeões da Europa neste ano, Gabi é uma referência para as jogadoras mais jovens da seleção, e Julia não é uma exceção.
“A Gabi é hoje uma das maiores ponteiras do mundo e me inspiro muito nela, no jeito solto como ela joga. Parece que está sempre feliz jogando vôlei. Quero também ser uma atleta assim, uma líder e constante dentro da quadra. Tenho tanta coisa para aprender com essas meninas treinando aqui”, contou Julia ao Lance!.
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