Beatriz Dizotti busca feito raro para a natação feminina do Brasil em Mundiais
Com direito a recorde nacional, brasileira atinge primeiro objetivo e está na final dos 1.500m feminino no Mundial de Natação 2023. Prova acontece nesta terça-feira, 25 de julho, a partir das 8h10 no horário brasileiro e Beatriz Dizotti busca objetivos maiores em sua carreira a partir desta competição.
Conquistar títulos e medalhas é o objetivo de qualquer atleta de alto rendimento, mas Beatriz Dizotti tem uma meta um pouco mais realista nesta terça-feira, 25 de julho. A nadadora brasileira quer alcançar o top 5 na final dos 1.500m feminino durante o Mundial de Natação 2023, em Fukuoka, no Japão.
A prova está prevista para começar às 8h10 no fuso horário brasileiro. Sexta colocada nesta mesma distância no Mundial de 2022, a atleta quer melhorar seu desempenho nesta temporada – o que a colocaria já entre as cinco melhores do mundo nos 1.500m, que fez sua estreia no programa Olímpico em Tóquio 2020 e que estará presente em Paris 2024.
É o primeiro passo de um planejamento a longo prazo em sua carreira. Neste primeiro momento, espera se posicionar entre as cinco melhores no Mundial de Natação 2023 e chegar à final Olímpica daqui um ano.
“Só de chegar na final hoje, para a natação feminina do Brasil, é uma grande coisa. Mas sonhos mudam ao longo do tempo e quem sabe no final do ano a gente não possa sonhar por coisas maiores”, confidenciou Beatriz Dizotti ao Olympics.com em maio deste ano.
Ficar entre as cinco melhores já seria o melhor resultado da natação feminina do Brasil em uma prova Olímpica nas piscinas em um Mundial – em 2009, Gabriella Silva foi quinta colocada nos 100m borboleta. Etiene Medeiros possui um ouro (2017) e duas pratas (2015 e 2019), mas nos 50m costas, que não faz parte dos Jogos Olímpicos.
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Por top 5, Beatriz Dizotti terá que melhorar ainda mais seu desempenho
Na eliminatória, por exemplo, Beatriz Dizotti já quebrou o recorde brasileiro ao nadar os 1.500m em 16min01s95, conseguindo o oitavo – e último – tempo para a final nesta terça-feira. Viviane Jungblut, finalista desta distância no Mundial de 2022, foi apenas a 21ª colocada e não conseguiu avançar.
Para conseguir o tão sonhado Top 5, Bia sabe que terá que quebrar novamente o recorde nacional. Isso porque cinco atletas nadaram abaixo dos 16 minutos na fase classificatória. Neste ano, inclusive, o tempo necessário para ir à final diminuiu quase 12 segundos em relação ao ano passado.
“A gente colhe o que planta e eu estou plantando todos os dias o meu sonho para um dia colhê-lo e cada vez mais plantar sonhos maiores para fazer o meu nome e minha história”, afirmou.
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Beatriz Dizotti está pulverizando recordes nos 1.500m
Um dos motivos que faz Beatriz Dizotti sonhar com objetivos maiores é justamente seu grande desempenho nas principais provas do esporte. Em 2022, ela quebrou o recorde brasileiro dos 1.500m tanto na eliminatória quanto na final. Hoje, no Mundial de Natação 2023, já estabeleceu a melhor marca novamente nas baterias classificatórias.
A nadadora, inclusive, já quebrou a melhor marca brasileira da prova nesta distância em cinco ocasiões, quatro delas de forma consecutiva em um período de 13 meses. Além das duas quebras no Mundial do ano passado, ela iniciou o ano melhorando o tempo – e estabelecendo o índice Olímpico – logo na primeira disputa de 2023.
“Isso me deixa mais motivada, porque eu sei que descansando para as competições principais eu vou estar ainda melhor”, comentou.
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Além do Mundial, Beatriz Dizotti quer ser campeã pan-americana em 2023
O top 5 no Mundial de Esportes Aquáticos 2023 não é o único grande objetivo de Beatriz Dizotti nesta temporada. A atleta brasileira confidenciou ao Olympics.com uma vontade: ser campeã dos Jogos Pan-Americanos 2023, que acontecerão em Santiago, no Chile, entre 20 de outubro e 5 de novembro.
“Vai ser meu primeiro Pan e já estou muito animada porque vai ser a realização de um sonho. Todo mundo que está em alto rendimento tem sonhos no Pan, nos Jogos Olímpicos, e eu não sou diferente. Hoje eu tenho a chance de ser campeã pan-americana e estou lutando para isso”, afirmou.
Caso consiga o título, ela será a segunda brasileira a conquistar uma medalha de ouro nas piscinas em toda a história dos Jogos Pan-Americanos. Apenas Etiene Medeiros conseguiu esse feito, com o título nos 100m costas na edição de Toronto, em 2015, e nos 50m livre em Lima, 2019.