Wimbledon 2023: favoritos, programação e onde assistir ao terceiro Grand Slam do ano

Djokovic busca Major de número 24 para ultrapassar Serena Williams, enquanto Iga Swiatek é a principal favorita entre as mulheres e quer a inédita taça. Bia Haddad Maia lidera brasileiros, que terão ainda Thiago Monteiro em simples, e Luisa Stefani, Marcelo Melo, Rafael Matos e Marcelo Demoliner nas duplas.

8 minPor Nick McCarvel e Daniel Perissé

Tênis

(Getty Images)

Aos 36 anos, Novak Djokovic já deixou claras suas intenções: bater mais recordes no tênis mundial. A bola da vez é o torneio de Wimbledon, terceiro Grand Slam da temporada e com início na próxima segunda-feira, 3 de julho, nas emblemáticas quadras do All England Lawn & Tennis Club, nos arredores de Londres.

Djokovic vem da conquista de seu 23^o Major em Roland Garros há menos de um mês, ultrapassando Rafael Nadal e se tornando o maior vencedor do esporte entre os homens. Mais uma vez, ele pode se aproveitar da ausência do espanhol (que supostamente só volta às quadras em 2024) para seguir escrevendo seu nome na história do tênis.

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Atualmente empatado com a americana Serena Williams como detentor do recorde contando somente a Era Aberta (desde 1968), caso vença o sérvio se igualaria à australiana Margaret Court, que obteve 24 títulos de Grand Slam entre 1960 e 1973.

Djokovic conhece bem a grama de Wimbledon: ele já conquistou sete vezes o torneio, incluindo as quatro últimas edições (2018, 2019, 2021 e 2022 - não houve disputa em 2020 por conta da pandemia); não perde na quadra central do All England Club desde 2013; está sem perder uma partida completa lá desde 2016; e ostenta uma marca de 28 vitórias consecutivas no torneio.

Seu principal adversário será novamente o espanhol Carlos Alcaraz, que retomou o posto de número um do mundo no último fim de semana, ao conquistar seu primeiro título em quadras de grama. Outros que merecem atenção são Daniil Medvedev e o norueguês Casper Ruud, respectivamente cabeças de chave três e quatro, e o australiano Nick Kyrgios, derrotado pelo sérvio na final em 2022.

Djokovic terá como adversário de estreia o argentino Pedro Cachín, enquanto Alcaraz encara o veterano francês Jeremy Chardy. Medvedev pega o jovem britânico Arthur Fery, convidado da organização, e o Ruud enfrenta o francês Laurent Lokoli, vindo do qualifying.

Outra atração da chave masculina é o britânico Andy Murray, que já foi campeão em Wimbledon e dos Jogos Olímpicos. Ele vem de uma boa fase em torneios na grama, tendo vencido dois Challengers seguidos nesta superfície, em Surbiton e Nottingham, e deve contar com o carinho do público mais uma vez. Seu rival será o também britânico Ryan Peniston, que obteve convite da organização.

Confira a chave completa de simpes masculino aqui.

Iga de olho em mais um Grand Slam

Na chave feminina, a polonesa Iga Swiatek aparece novamente como favorita - principalmente pela recente conqusita de seu terceiro título em Roland Garros. Ela busca, principalmente, uma boa campanha no All England Club: até hoje, sua marca geral é de 5-3, nunca tendo avançado às quartas de final.

Iga inicia sua campanha diante de Zhu Lin, da China, e pode ter a croata Petra Martic como adversária na terceira rodada.

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A cazaque Elena Rybakina, que surpreendeu a todos com o título ano passado, busca repetir o feito, mas terá uma estreia complicada diante da veterana americana Shelby Rogers.

Quem tambem tem boas chances no All England Club é Aryna Sabalenka, campeã do Australian Open e segunda pré-classificada. Ela encara a húngara Panna Udvardy.

Também vale ficar atento às americanas Jessica Pegula e Coco Gauff, respectivamente cabeças de chave número quatro e sete. Ambas jogam contra compatriotas na rodada de abertura - Lauren Davis será a rival da primeira, enquanto Sofia Kenin, que veio do quali, enfrenta a segunda.

Duas vezes campeã de Wimbledon, Petra Kvitova venceu seu título de número 31 na semana passada em Berlim, o sexto em torneios de grama. Ela pega a italiana Jasmine Paolini.

Venus Williams também está confirmada nesta edição do terceiro Grand Slam da temporada. A americana jogou lá pela primeira vez em 1997, quando tinha apenas 17 anos. Agora com 43, ela venceu sua primeira partida como profissional em aproximadamente dois anos na semana passada, ao superar a italiana Camila Giorgi, número 36 do mundo, em Birmingham.

Ela ainda sustenta a melhor marca de vitórias em Wimbledon entre as jogadoras em atividade, com 90 triunfos. Convidada da organização, sua adversária será a ucraniana Elina Svitolina, que também recebeu um convite para entrar e que vem recuperando a forma após largar o circuito para ser mãe.

Veja a chave completa de simples feminino aqui.

Bia Haddad chega a Wimbledon lidando com lesão

Mais uma vez, o destaque entre os tenistas brasileiros é Beatriz Haddad Maia, que vem de uma semifinal histórica em Roland Garros. Entretanto, sua presença no All England Club ainda não está 100% confirmada por conta de uma lesão no joelho direito.

Na preparação para Wimbledon, ela jogou o torneio de Nottingham e o de Eastbourne, do qual acabou desistindo na partida diante da croata Petra Martic, pelas oitavas de final.

"É a primeira vez que me retiro de uma partida nesses últimos três anos, estou chateada, mas temos um planejamento que precisa ser seguido para termos a chance de estar clinicamente e tenisticamente preparados na segunda-feira que é nossa prioridade,” comentou a tenista em declaração divulgada por sua assessoria de imprensa.

Em simples, Bia é a cabeça de chave número 13 e joga diante de Yulia Putintseva, do Cazaquistão. Ela e Victoria Azarenka formam a parceria número 14 da chave de duplas, enfrentando a espanhola Cristina Bucsa e a japonesa Makoto Ninomiya.

A outra brasileira nas duplas é Luisa Stefani. Ao lado da francesa Caroline Garcia, com quem ganhou o WTA 500 de Berlim semana passada, ela terá como rivais as americanas Caty McNally e Ashlyn Krueger.

TAÇAS | Luisa Stefani e Marcelo Melo são campeões em Berlim e Halle

Ainda nas duplas, só que masculinas, serão três brasileiros: Marcelo Melo repete a parceria campeã em Halle, ao lado do australiano John Peers. Cabeças de chave número 16, eles enfrentam o holandês Robin Haase e Philipp Oswald, da Áustria.

Por sua vez, Rafael Matos segue com o português Francisco Cabral e estreia diante dos britânicos Liam Broady e Jonny O'Mara, convidados da organização.

Já Marcelo Demoliner volta a atuar com o holandês Matwe Middelkoop diante de uma pedreira: os croatas Mate Pavic e Nikola Mektic, campeões na grama de Wimbledon em 2021.

Thiago Monteiro será o único brasileiro na chave masculina de simples. Seu adversário será o americano Chris Eubanks e, caso vença, pode encarar na segunda rodada o britânico Cameron Norrie, cabeça de chave número 12.

Nas duplas mistas, Luisa Stefani e Rafael Matos devem repetir a parceria campeã do Australian Open e que foi até as quartas em Roland Garros. Os confrontos ainda não foram anunciados.

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Programação de Wimbledon 2023

A programação provisória de Wimbledon pode ser encontrada aqui, e a ordem de jogo, atualizada diariamente, está neste link.

As partidas nas quadras externas começam diariamente às 11h locais (7h de Brasília), enquanto o horário de início na Quadra 1 é às 13h locais (9h de Brasília), e da Quadra Central é às 13h30 (9h30) de Brasília).