Djokovic é campeão em Roland Garros e chega aos 23 títulos de Grand Slam, melhor marca da história no tênis masculino 

Sérvio bate norueguês Casper Ruud e ultrapassa Rafael Nadal, maior campeão em Paris e ausente do torneio pela primeira vez desde 2004. Ele se iguala a Serena Williams e pode alcançar Margaret Court como principal ganhador de Majors se faturar mais um.

4 minPor Daniel Perissé
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(2023 Getty Images)

Novak Djokovic voltou a escrever seu nome na história do tênis neste domingo, 11 de junho**,** ao conquistar o título em Roland Garros com uma vitória sobre o norueguês Casper Ruud por 7-6(1), 6-3 e 7-5 e tornar-se o maior vencedor de títulos de simples masculino em Grand Slam, com 23 conquistas.

Foi a terceira vitória do tenista de 36 anos em Roland Garros, após 2016 e 2021. Além desses títulos, Djokovic possui dez do Australian Open, três do US Open e sete em Wimbledon.

Djokovic agora ultrapassa Rafael Nadal justamente no Grand Slam em que o espanhol é o recordista de títulos, com 14. Dias antes do início de Roland Garros, Nadal anunciou que não participaria dessa edição, ficando fora pela primeira vez desde 2004.

"Um Grand Slam é um Grand Slam, cada jogador sonha estar nesse palco e vencer ao menos uma vez. Eu fui muito além, ter 23 vitórias em Grand Slam é uma sensação incrível," comentou o sérvio na cerimônia de premiação. 

Além disso, o sérvio se iguala a Serena Williams - caso ganhe mais um major, deixa a americana para trás e alcança a australiana Margaret Court como o maior de toda a história do tênis.

Volta à liderança do ranking

O triunfo em Roland Garros também recoloca Djokovic na liderança do ranking da ATP. Vale lembrar que ele já é o recordista de semanas ocupando o topo da lista, atualmente com 387.

O primeiro posto vinha com o jovem espanhol Carlos Alcaraz, derrotado pelo sérvio na semifinal.

Djokovic também se torna o campeão mais velho na história do Grand Slam francês, aos 36 anos, e faz o Career Slam (vencer os quatro Majors) pela terceira vez.

Pressão e virada no início

Djokovic entrou na quadra Philippe Chartrier demonstrando algum nervosismo diante do que poderia fazer naquela tarde em Paris. Talvez isso explique por que Ruud começou com tudo, com direito a 3 a 0 no primeiro set e duas quebras no saque do sérvio.

Porém, logo o tenista de 36 anos equilibrou as ações e chegou ao 4 a 4, passando a pressionar mais. O norueguês teve a chance de quebrar no décimo game, mas o sérvio confirmou. A parcial acabou indo para o tie-break

No desempate, o sérvio dominou as ações e fechou com bastante tranquilidade em 7 a 1 em uma hora e meia, sem nenhuma chance para Ruud, aliviando a pressão inicial do adversário.

Confiança e título mais perto

Se Djokovic parecia nervoso no início, a situação mudou completamente no início da segunda parcial: ele logo abriu 3 a 0, quebrando o norueguês uma vez.

Ruud chegou a confirmar duas vezes e ficar com 4 a 2, mas bastou ao sérvio administrar o set para fechar em 6 a 3, em 48 minutos.

Djokovic estava a um set de fazer história novamente.

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Dificuldade antes de fechar

No terceiro set, Djokovic e Ruud começaram confirmando seus saques até o game de número 11, quando o sérvio obteve a quebra de que precisava.

Em seguida, ele mostrou a mesma confiança que o colocou entre os melhores da história do tênis para fechar o set em 7 a 5, em 55 minutos, e a partida em 3 a 0, para celebração do sérvio.

Foi a quinta vitória de Djokovic em cinco confrontos diante de Ruud, que sequer conseguiu tirar um set do adversário. 

“Estou muito feliz por estar aqui nesse momento bem específico da minha carreira. Não é nenhuma coincidência conquistar meu Grand Slam de número 23 em Paris. Esse torneio sempre foi o mais difícil de todos para mim, estou muito emocionado agora. Significa muito para mim," exclamou o sérvio.

Depois de ganhar o Australian Open e Roland Garros em 2023, ele agora busca o Calendar Slam, ou seja, vencer os quatro torneios do Grand Slam no mesmo ano - o próximo deles é Wimbledon, em julho.

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