Pela segunda jornada consecutiva em Tóquio 2020 o atletismo ditou o tom de um dia carregado de medalhas para o Brasil nos Jogos Paralímpicos. Nos 400m Thalita Simplício ficou com a prata na classe T11 acompanhada pelo guia Felipe Veloso, mais um momento brilhante da potiguar que da Rio 2016 trazia já outra prata conquistada no revezamento 4x100m.
Houve também dois bronzes: Julyana Cristina da Silva (classe F57) ficou com 30,49m cravando o recorde das Américas no lançamento de disco, enquanto Cícero Nobre também subiu ao pódio no lançamento de dardo, na classe F57.
Outros esportes aproveitaram o embalo e obtiveram suas primeiras conquistas nos Jogos Paralímpicos. No judô, Lúcia Araújo derrotou Natala Ovchinnikova (ROC) e venceu a medalha de bronze na categoria até 57 kg graças a um Waza-Ari seguido por imobilização. A atleta chegou à terceira medalha Paralímpica após a prata em Londres 2012 e Rio 2016.
A expetativa no judô é grande pela presença de Antônio Tenório, que chega em Tóquio 2020 após ganhar ao novo coronavírus no início do ano, num combate onde o vírus chegou a comprometer 80% do pulmão do paulista que finalmente saiu vencedor. Essa medalha de ouro já ninguém tira a Antônio Tenório, mas é possível sonhar com outras nos Jogos Paralímpicos, até porque o judoca tem já quatro ouros, uma prata e um bronze.
Também o tênis de mesa fez a estreia em Tóquio 2020 contribuindo para o medalheiro do Brasil com Cátia Oliveira (classe 2) garantindo o bronze após perder na semifinal por 3-1 com a coreana Seo Su Yeon, campeã mundial e vice-campeã Paralímpica. Entretanto Bruna Alexandre (classe 10) vai combater pela medalha de ouro no dia 30, às 6:45 (horário de Brasília); a catarinense é número 4 do ranking mundial na sua classe e vai ter como rival a australiana Qian Yang.
Natação chega à 10ª medalha em Tóquio 2020
Não podia terminar o dia sem que a natação voltasse a dizer presente. Com Gabriel Bandeira, Ana Karolina Soares, Debora Carneiro e Felipe Vila Real o revezamento misto 4x100m (classe S14) cumpriu seu evento em 3:51.23 terminando na posição de bronze após o Comitê Olímpico Russo ser desclassificado.
Durante a prova caiu o recorde mundial nos primeiros 100m, já que Gabriel Bandeira fez 51,11s e quebrou a anterior marca (51,52s) de Reece Dunn (GBR).
O dia terminou com derrota da seleção feminina de goalball para a atual campeã Paralímpica. A Turquia venceu por 8-4 e deixa o Brasil com a decisão na última rodada no mano a mano com o Egito, partida que está programada para as 22:30 (horário de Brasília) de domingo.
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