Jogos Paralímpicos: mais bronze para Daniel Dias e festa no hipismo e na esgrima em Tóquio 2020

Dia 2 dos Jogos Paralímpicos em Tóquio 2020 acabou com mais quatro medalhas para o Brasil, que já soma oito no evento.

3 minPor Gonçalo Moreira
Daniel Dias treinando em Bragança Paulista. Tóquio 2020 é a quarta presença em Jogos Paralímpicos do atleta
(Buda Mendes/Getty Images)

A lenda de Daniel Dias nas piscinas em Jogos Paralímpicos parece não ter fim. O para-atleta, que se vai retirar no final de Tóquio 2020, já leva três medalhas conquistadas em dois dias de competição, após o bronze do primeiro dia.

Daniel Dias encerrou a sessão sendo 3º nos 100m livre (classe S5) e voltou rapidamente à piscina do Centro Aquático de Tóquio para ajudar o time do revezamento 4x50m livre misto a chegar à medalha de bronze – nadaram ainda Patrícia Pereira dos Santos, Joana Neves e Talisson Glock parando o cronômetro em 2:24.82. A prova foi dominada pela China com recorde do mundo (2:15.49), em um dia onde caíram 12 marcas mundiais.

Com três bronzes em Tóquio 2020, Daniel Dias aumenta para 27 o número de medalhas conquistadas em Jogos Paralímpicos, consolidando-se como o melhor nadador da história Paralímpica.

(Tasos Katopodis)

Prata inédita no hipismo

Rodolpho Riskalla chegou a Tóquio 2020 com um histórico que contabilizava quatro medalhas de bronze em Jogos Paralímpicos e o objetivo de pela primeira vez trazer o ouro. O paulistano acabou por conquistar a medalha de prata na única disciplina em que os cavaleiros competem no esporte adaptado, o adestramento paraequestre.

Rodolpho Riskalla terminou 2º na classe 4 – debilitação de um ou mais membros ou algum grau de deficiência visual – montando Dom Henrico, cavalo com o qual foi campeão geral do Concurso Internacional Paraequestre de Doha, em 2019, um animal que tem a curiosidade de ter pertencido à alemã Ann Kathrin Linsenhoff, campeã Olímpica do adestramento nos Jogos Olímpicos de Seul 1988. Prata inédita no hipismo do Brasil em Tóquio 2020, o ouro ficou com a neerlandesa Sanne Voets.

Dia de festa também para a esgrima em cadeira de rodas, que teve Jovane Guissone conquistando mais uma medalha em Jogos Paralímpicos na espada. Competindo na classe B – atletas com menor mobilidade no tronco e equilíbrio – Jovane Guissone venceu seis jogos durante a competição, perdendo a final para Alexander Kuzyukov (ROC). O gaúcho retorna no pódio Paralímpico após em Londres 2012 ter ganho a primeira medalha de ouro da história do Brasil na esgrima em cadeira de rodas.

(2021 Getty Images)

Dia não do Brasil no goalball masculino

A goleada da estreia contra a atual campeã Paralímpica, a Lituânia, parecia mostrar um Brasil implacável no torneio masculino de goalball, mas a seleção caiu na segunda rodada contra os EUA, em mais um encontro do grupo A.

Os EUA venceram por 8-6 e beneficiaram da pouca eficácia verde e amarela nas cobranças de penalidades. Leomon fez três gols, mas foi dia não do Brasil no goalball masculino.

A derrota não coloca em risco a classificação para as quartas de final, já que em caso de vitória contra a Argélia (dia 27, às 8h30, horário de Brasília) a seleção masculina segue em frente.

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