O skate deu muitas alegrias ao Brasil em Tóquio 2020 em 2021, com duas medalhas de prata conquistadas por Kelvin Hoefler e Rayssa Leal, a Fadinha, na categoria street. Após um intervalo, o esporte estreante nos Jogos Olímpicos retorna com o park, que também conta com uma forte equipe brasileira. Estes são os dias e horários:
- Park feminino: 3 de agosto às 21:00 (horário de Brasília) - em Tóquio, dia 4 às 9:00
- Park masculino: 4 de agosto às 21:00 (horário de Brasília) - em Tóquio, dia 5 às 9:00
Mas afinal, o que é o park?
Primeiro, vamos às semelhanças com o street: o park também contará com 20 skatistas por categoria (feminino e masculino). As disputas serão divididas em eliminatórias e final (com os oito melhores), e com as duas fases acontecendo no mesmo dia.
A principal diferença é a pista. As competições do park acontecem em uma pista oca com uma série de curvas sinuosas - algumas lembrando pratos grandes e tigelas (por isso chamadas de 'bowls') em forma de cúpula. Do fundo da cavidade, as superfícies curvas sobem abruptamente, com a parte superior com inclinação vertical ou quase vertical. Entre as atrações das competições do park estão as imensas alturas alcançadas, as curvas atacadas em alta velocidade e as incríveis manobras no ar, lembrando o surfe.
A variedade de manobras disponíveis para um skatista aumenta com a altura atingida. O grau de dificuldade pode depender se o deck do skate é agarrado com a mão ao executar manobras no ar, qual parte do deck é segurado, qual mão é usada para segurar o deck e a postura do skatista segurá-lo.
A dificuldade e a originalidade também aumentam se o deck for girado no ar, virado ou se o competidor for capaz de girar o corpo no ar. Outros truques incluem variações de balanceamento, grinds e truques de deslizamento na "borda" da rampa.
Ao contrário do street, o park é baseado apenas em três voltas de 45 segundos, sem os tricks individuais. As notas são de 0 a 100, com cinco árbitros. A maior e a menor nota são descartadas e a melhor volta determina a classificação final.
Equipe brasileira do park
As skatistas brasileiras do park feminino são:
- Dora Varella, 20 anos, nona do ranking mundial - viu um primo com um skate e pediu um para a avó; seu maior sonho é ser campeã Olímpica.
- Isadora Pacheco, 16 anos, 11ª do ranking mundial - começou a jogar aos cinco e a competir aos nove; foi top 10 nos mundiais de 2018 e 2019.
- Yndiara Asp, 23 anos, 14ª do ranking mundial - começou no skate com sete anos e aos 15 começou a levar o esporte a sério, quando seus pais se divorciaram; passou por uma cirurgia no tornozelo esquerdo em outubro de 2020.
E no masculino:
- Luiz Francisco, o Luizinho, 21 anos, terceiro do ranking mundial - começou no skate aos cinco e a competir aos 10; seu irmão, André, também é skatista profissional; foi vice-campeão mundial em 2019.
- Pedro Barros, 26 anos, quarto do ranking mundial - seu pai, André, foi skatista profissional; foi campeão mundial em 2018; em 2017, foi nomeado ao Laureus na categoria de esportes radicais; desenvolveu-se na Austrália; seis medalhas de ouro nos X Games.
- Pedro Quintas, 19 anos, 10° do ranking mundial - começou a andar de skate desde os dois anos de idade; foi o terceiro colocado no mundial de 2019.
Yndiara, Isadora e Pedro Barros são de Florianópolis, que se destaca nas pistas de park do país. Pelo ranking e resultados no circuito, Luizinho e Barros aparecem naturalmente como favoritos a uma vaga no pódio.
"Vai ser um show de arte mesmo porque ali vai ter vários estilos diferentes. Cada um tem a sua magia e assim é na vida, eu acredito também. Cada um de nós e as pessoas que estão vendo também têm essa magia dentro de si. E se tem uma coisa que o skate sempre fez em nossas vidas foi despertar isso, foi inspirar com isso. Então hoje a gente ter a oportunidade de estar aqui nessa plataforma que é vista mundialmente, globalmente, e despertar isso nas pessoas, em quem não tem essa parte despertada ainda, eu acho que é uma esperança e um orgulho muito grande."
- Pedro Barros