Paulo André retorna em grande estilo e vence o Troféu Brasil de Atletismo 2023

O tão esperado sub-10 do Brasil na prova mais rápida do atletismo ainda não saiu, mas um dos atletas cotados a alcançar esta marca retornou em grande estilo. Paulo André retornou às competições nesta temporada e conquistou os 100m do Troféu Brasil de Atletismo 2023, em Cuiabá, nessa quinta-feira, 6 de julho.

Ele venceu a bateria decisiva com o tempo de 10.15s e vento de +0.2 metros por segundo, dentro do limite considerado válido pela federação internacional. Rodrigo do Nascimento foi o segundo e Felipe Bardi completou o pódio. Erik Cardoso, que estabeleceu o recorde do campeonato na semifinal, foi o quarto. 

Com o resultado, PA se habilita a disputar o Sul-Americano de Atletismo, que acontecerá em São Paulo (SP) entre os dias 28 e 30 de julho de 2023. O campeão de cada prova no Troféu Brasil de Atletismo 2023 e o líder do ranking nacional garantem vaga na disputa, a última que contará pontos para classificação ao Mundial de Atletismo 2023, em Budapeste (Hungria), entre 19 e 27 de agosto. 

O torneio é um dos objetivos de Paulo André nesta temporada. Ele retornou às competições nesta temporada após mais de um ano parado por compromissos pessoais. O Troféu Brasil de Atletismo 2023 é apenas a segunda competição que ele disputa. Em abril, esteve presente no Desafio CBAt/CPB, mas sentiu uma lesão na final. 

O atleta já era reconhecido no mundo do atletismo como um dos principais velocistas brasileiros, semifinalista dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 e campeão mundial com o revezamento brasileiro no 4x100m em 2019. Contudo, ele alcançou a fama para além do esporte ao participar do programa Big Brother Brasil, da Rede Globo, em 2022, atuando também como influenciador e modelo. 

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Sub-10 brasileiro nos 100m terá que esperar mais um pouco

A vitória de Paulo André em sua segunda prova após retornar à modalidade foi a grande atração do primeiro dia do Troféu Brasil de Atletismo 2023. Contudo, a expectativa pelo primeiro sub-10 brasileiro nos 100 metros vai ter que esperar mais um pouco. Nenhum atleta conseguiu atingir uma marca válida nesta edição.

PA, inclusive, foi um dos dois atletas que conseguiu quebrar essa barreira na semifinal ao fazer 9.99s, mas como o vento estava em 2.4 metros por segundo, o tempo não é válido para definição de recordes e índices. O limite exigido pela federação internacional é de 2.0 m/s. Felipe Bardi passou pela mesma situação, com o tempo de 9.97s, mas vento de 2.1 m/s.

O recorde brasileiro e sul-americano ainda pertence a Robson Caetano, medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos Seul 1988 e Atlanta 1996. Em maio de 1988, ele cravou 10.00s durante a disputa do Campeonato Ibero-Americano nos 100m. Desde então, nenhum atleta do continente conseguiu quebrar essa marca.

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