Lucas Braathen e mais: novos atletas brasileiros para torcer a 500 dias dos Jogos Olímpicos de Inverno Milano Cortina 2026 

Os Jogos Olímpicos Paris 2024 acabaram, mas os torcedores brasileiros não terão que esperar até LA 2028 para vibrarem com os atletas do país. Nesta terça-feira, 24 de setembro, celebra-se a marca de 500 dias para os Jogos Olímpicos de Inverno Milano Cortina 2026 com a expectativa de uma edição histórica para o Brasil.

Após acumular feitos nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude Gangwon 2024, inclusive com uma medalha inédita para Zion Bethonico no snowboard cross, a delegação brasileira espera manter a boa fase nas próximas temporadas - até mesmo com o sonho de subir ao pódio Olímpico pela primeira vez.

Tamanho otimismo tem nome e sobrenome: Lucas Pinheiro Braathen. Considerado uma das maiores revelações do esqui alpino nos últimos tempos e campeão do slalom na Copa do Mundo em 2023, ele resolveu competir pelo Brasil, país de origem de sua mãe, a partir desta temporada que começa em outubro.

Ele, porém, não é o único. Visando os Jogos Olímpicos de Inverno Milano Cortina 2026 e até mesmo a próxima edição, nos Alpes Franceses 2030, tanto a equipe de esportes na neve quanto a de gelo recrutaram novos atletas que estão alcançando novas marcas para o país nessas modalidades.

Alguns deles já estão prontos para brilharem e buscarão a vaga Olímpica nos próximos meses. A 500 dias da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2026, confira alguns dos novos nomes do Brasil nos esportes de inverno:

Lucas Pinheiro Braathen

Não há dúvidas de que ele é a grande novidade do Brasil na caminhada até os Jogos Olímpicos de Inverno Milano Cortina 2026. Antes de representar o Brasil, Lucas Pinheiro Braathen competia pela Noruega, país natal de seu pai, no esqui alpino. Foram cinco vitórias e 11 pódios em três temporadas, culminando na conquista do Globo de Cristal do slalom na Copa do Mundo da modalidade em 2023. Após tirar um ano sabático, decidiu retornar ao circuito com a bandeira brasileira.

Luca Merimée Mantovani

Outro que resolveu competir pelo Brasil após se destacar no cenário internacional foi Luca Merimée Mantovani, do snowboard. Pela França, país de origem do seu pai, ele foi quarto colocado nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude Gangwon 2024 e sexto no Mundial Júnior da modalidade – ambos no big air. Ele era considerado uma das joias francesas do esporte, mas aos 18 anos decidiu buscar a classificação Olímpica pelo time brasileiro, país de origem de sua mãe.

Priscila Cid

Também no snowboard, mas no halfpipe feminino, Priscila Cid é a primeira snowboarder mulher do Brasil no circuito internacional desde Isabel Clark nos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang 2018. Com 14 anos, a adolescente nasceu nos EUA, mas tem pais brasileiros e optou em competir pelo time brasileiro. Ela, inclusive, já estreou com as cores do país em agosto ao competir em Cardrona, na Nova Zelândia, e terminar na quarta posição.

Zion Bethonico

Para fechar a lista no snowboard, Zion Bethonico no cross também se credencia para buscar a vaga Olímpica em Milano Cortina 2026. Ele já fez história ao garantir a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude Gangwon 2024 – a primeira do Brasil na competição. Ainda que a disputa pela vaga Olímpica em sua modalidade seja difícil, o jovem atleta já falou que buscará a classificação em 2026 e mostrou que tem potencial para isso.

Julia de Vos

Nascida nos Países Baixos, principal potência da patinação de velocidade, Julia de Vos se destacava na modalidade quando recebeu o primeiro convite para competir pelo Brasil aos 15 anos. Agora, três anos depois, a filha de uma brasileira com um neerlandês resolveu aceitar a ideia e vai estrear pelo país a partir desta temporada. O objetivo? Ser a primeira atleta do país a conquistar uma vaga Olímpica na patinação de velocidade – se possível já em Milano Cortina 2026.

Natalia Pallu Neves e Jayin Panesar

Nascida em Londres, mas filha de pais brasileiros, Natalia Pallu Neves encontrou no parceiro Jayin Panesar alguém disposto a representar o Brasil na dança no gelo da patinação artística. Após participarem de uma temporada pela Grã-Bretanha, a dupla trocou de nacionalidade e passou a competir pelo país em 2023. No ano seguinte já tinham classificação garantida no Four Continents. Nesta temporada, o objetivo é um só: se classificar no Mundial para tentar a inédita vaga Olímpica.

Lucas Koo

Não chega a ser uma novidade, pois Lucas Koo já brilhou pelo Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude Gangwon 2024. Foram dois top 10 em três provas disputadas e a certeza de que pode evoluir ainda mais. Tanto que, agora, o atleta de patinação em pista curta que nasceu nos EUA e representa o Brasil, país de seu pai, prepara um novo salto em sua carreira: a participação em competições adultas para buscar o sonho da vaga Olímpica já em 2026.