Após reestreia no CT da WSL, Luana Silva chega ao ISA Games 2024 de olho na vaga Olímpica

Paris 2024

Pouco depois de retornar à disputa do Championship Tour, surfista havaiana-brasileira terá pela frente competição em Porto Rico, última chance classificatória do surfe para Paris 2024.

4 minPor Daniel Perissé
Luana Silva of Brazil surfs in Heat 3 of the Round of 16 at the Lexus Pipe Pro on February 9, 2024 at Oahu, Hawaii. 
(Tony Heff / World Surf League)

O ano de 2024 tem sido de pouco respiro para Luana Silva. Pouco depois de reestrear no Championship Tour da Liga Mundial de Surfe (WSL), ela disputará os ISA Games 2024, que acontecem no recife de Margara (Porto Rico) de 23 de fevereiro a 3 de março, de olho em Paris 2024.

Aos 19 anos, Luana nasceu em Oahu, no Havaí, e é filha de brasileiros. Ela optou por defender as cores da nação de seus pais em 2022, quando participou do CT pela primeira vez.

A vaga fixa em 2024 veio por conta da pausa da octacampeã da WSL Stephanie Gilmore, da Austrália. Ela quer focar em outros projetos neste ano e receberá um convite para a próxima temporada. A também australiana Sally Fitzgibbons herdou a vaga de Gilmore, abrindo mais uma pela Challenger Series, que foi para Luana.

Coincidentemente, as duas representantes do Brasil na elite da WSL são filhas de brasileiras e têm fortes laços com o Havaí: a outra é Tatiana Weston-Webb, nascida em Porto Alegre e cuja mãe, Tanira, era bodyboarder. A família foi para os Estados Unidos quando ela tinha apenas dois meses de idade por conta de seu pai, que também surfava profissionalmente.

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Brasileiras fazem história em Pipeline

No ano de estreia de Luana, em 2022, foram cinco etapas disputadas e o quinto lugar como melhor colocação.

Seu retorno à elite da WSL se deu novamente em sua Oahu natal, na etapa de Pipeline, e Luana conseguiu avançar até as quartas de final, sendo derrotada por Brisa Hennessy, da Costa Rica, por uma vaga na semifinal.

Aliás, nessa etapa tanto ela como Tati Weston-Webb chegaram às quartas, algo que nunca tinha acontecido em Pipeline.

Sua próxima participação na WSL será o retorno a Sunset Beach, onde obteve seu melhor desempenho na temporada de estreia no CT.

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Disputa acirrada em Arecibo

Catorze cotas individuais para Paris 2024 estão em jogo na competição – seis para os homens e oito para as mulheres.

As outras vagas individuais foram alocadas anteriormente por meio dos ISA Games 2023, do Championship Tour da Liga Mundial de Surfe (WSL) de 2023 e dos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023.

Os surfistas que não receberam cotas provisórias no ano passado ganharão cotas para seus respectivos CONs em Porto Rico.

Além das vagas individuais, serão disponibilizadas em Porto Rico duas cotas por equipes, uma para homens e outra para mulheres.

Um Comitê Olímpico Nacional (CON) poderá ter, como máximo, quatro representantes nos próximos Jogos Olímpicos, dois em cada gênero. Este número poderá ser de três (por gênero), com a vaga sendo direcionada à equipe do CON melhor colocada nos ISA Games 2024.

Os pontos dos diferentes membros da equipe serão combinados para determinar as equipes masculina e feminina vencedoras, que poderão então levar um terceiro surfista extra para Paris 2024.

Os Comitês Olímpicos Nacionais (CONs) têm autoridade exclusiva sobre a representação de seus respectivos países nos Jogos Olímpicos, por isso a participação dos atletas em Paris 2024 depende, portanto, de seus CONs selecioná-los para fazerem parte da delegação para os Jogos.

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'Chumbinho', namorado de Luana, já obteve vaga nos Jogos

No feminino, o Brasil já obteve uma vaga em Paris 2024 com Weston-Webb, pela WSL 2023. Tati fará parte da equipe brasileira feminina no ISA Games 2024, ao lado de Luana e de Tainá Hinckel, atual campeã brasileira.

A jovem havaiana-brasileira sonha obter uma vaga para se igualar ao seu namorado João Chianca, que obteve sua cota nos Jogos também via WSL 2023. Ele teria de participar em Porto Rico, mas como sofreu um grave acidente em Pipeline em dezembro e ainda está em recuperação, foi liberado deste requerimento por razões médicas.

A equipe brasileira masculina terá Filipe Toledo, que também vai aos Jogos, mas desistiu da temporada 2024 da WSL para focar em questões de saúde mental, e Yago Dora, vencedor da etapa de Saquarema e que ficou no top 5 em outras três competições.

Além de Yago e Filipe, o time brasileiro terá Gabriel Medina a fim de obter a terceira vaga Olímpica masculina do país. Para atingir este objetivo, o Brasil precisa ganhar a competição masculina por equipes.

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