Jovens atletas do Brasil para ficar de olho rumo a LA28
O Olympics.com separou alguns nomes do esporte brasileiro com expressivos resultados internacionais recentes, que podem brilhar na jornada para os próximos Jogos. Veja lista.
Medalhas, pódios e recordes. Muita emoção e momentos inesquecíveis. Assim foi Paris 2024, que ficou na memória de muitos torcedores, já ansiosos para o ciclo dos Jogos de Verão que vêm a seguir, LA28, nos Estados Unidos. Afinal, como estará a delegação brasileira, os atletas com grandes chances e em quais modalidades o Brasil poderá despontar ou mesmo continuar a sequência de bons resultados?
O ano 2024 terminou gerando bastante expectativa para os próximos, e 2025 abre as portas para uma temporada que promete ser de muita ação. Os olhos já se voltam para Los Angeles. No tênis, no surfe, no skate, no tablado, dentro d'água, nas pistas ou com a bola nos pés, nada cedo para que o Olympics.com separasse alguns nomes do Brasil para ficar de olho durante a jornada rumo a LA28.
Confira.
João Fonseca, tênis
Grande revelação do tênis brasileiro, João Fonseca terminou 2024 em 145º no ranking da ATP (Associação de Tenistas Profissionais), ano em que começou como 713º.
Nos últimos 12 meses ele foi até as quartas de final do Rio Open (ATP 500) e venceu seu primeiro Challenger Tour em julho (Lexington, Estados Unidos). Depois, fez parte importante da seleção brasileira que disputou as finais da Copa Davis. Fechou 2024 com o título do Next Gen ATP Finals, primeiro sul-americano a conquistar a taça, já levantada por grandes tenistas da atual geração, como Jannik Sinner (ITA) e Carlos Alcaraz (ESP). Resultados que fazem o nome deste carioca de 18 anos ser um dos mais falados neste ciclo que se inicia.
Relembre | O título de João Fonseca no ATP Next Gen 2024
Sophia Medina, surfe
Aos 19 anos de idade, Sophia Medina “onda a onda” conquista o seu espaço no mundo do surfe. Em 2024, disputou seis etapas do escalão de acesso da Liga Mundial, sendo top 5 em três delas – chegou a uma semifinal, sendo eliminada por Vahine Fierro (FRA).
O ano também deu a ela uma oportunidade de competir no Championship Tour (CT), a elite da Liga. Em Saquarema, parou nas oitavas de final. Sophia segue os passos do irmão, Gabriel, construindo o seu próprio caminho para estar entre as melhores e, quem sabe, brilhar em palco Olímpico.
Maria Eduarda Alexandre, ginástica rítmica
Quatro vezes medalhista nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 - ouros no arco e nas maças, prata na fita e bronze no individual geral -, Maria Eduarda Alexandre é um dos nomes para dar sequência à grande evolução da ginástica rítmica do Brasil. Atleta revelação do Prêmio Brasil Olímpico daquele ano, em setembro passado foi a campeã brasileira no individual geral, após chegar às finais na bola e nas maças da Copa do Mundo Atenas 2024, em março.
“Pretendo e vou estar lá em LA28. Objetivo e metas a serem cumpridos", disse a ginasta em entrevista para o GE.com, em dezembro de 2023.
Helena e Luzia, vôlei
Vindas das seleções de base, 2024 marcou a estreia da central Luzia (20 anos e 1,99m) e da ponteira Helena (19 e 1,97m) no grupo principal da equipe brasileira feminina adulta de vôlei, durante a Liga das Nações (VNL). Em 2023, elas tinham feito parte da campanha que obteve a prata nos Jogos Pan-Americanos de Santiago.
Início de um trabalho de renovação bastante realizado pela comissão técnica, e iniciado antes mesmo de Paris 2024.
“Eu me imagino campeã Olímpica. Ganhar um ouro nos Jogos é o meu maior sonho”, revelou Helena em entrevista ao GE.com, em maio passado.
Guilherme Caribé, natação
O baiano Guilherme Caribé tem apenas 21 anos de idade já colhe os frutos de uma intensa dedicação ao esporte. Em 2022, Bruno Fratus (BRA) já o apontava como realidade da natação brasileira. Foi o segundo atleta do país a fazer os 50m livre na casa dos 21s durante a última década.
O ano 2024 marcou a sua estreia em Jogos, em Paris, onde disputou três provas, sendo semifinalista nos 100m livre – também competiu nos 50m e no revezamento 4x100m. Em dezembro, em Budapeste (Hungria), obteve a prata nos 50m e nos 100m livre do Mundial de Piscina Curta, em bom começo de ciclo rumo a LA28.
“Quero buscar um [ouro Olímpico para o Brasil]. Não só mais um. Pretendo buscar mais alguns para a gente", disse em entrevista para o Olympics.com, em maio de 2023.
Relembre | Brasil se despede do Mundial de Piscina Curta 2024 com segunda prata de Guilherme Caribé
Lizian Sobral e Matheus Melecchi, maratona aquática
Das piscinas para as águas abertas, o Brasil foi muito bem em 2024. Não apenas com quarto lugar nos Jogos Olímpicos e o título da Copa do Mundo de Águas Abertas com Ana Marcela Cunha. Na categoria júnior da competição, o país foi campeão no dois gêneros: aos 17 anos, Lizian Sobral venceu no feminino, enquanto Matheus Melecchi faturou o masculino. Prenúncio de que os próximos anos podem render bons frutos.
Na temporada 2024, Lizian venceu a etapa de Setúbal (Portugal) e terminou em segundo em Neom (Arábia Saudita). Matheus foi segundo colocado em Soma Bay (Egito), terceiro em Golfo Aranci (Itália), campeão em Setúbal (Portugal), fechou com a segunda colocação na última etapa, em Neom (Arábia Saudita).
Relembre | Os títulos de Lizian Sobral e Matheus Melecchi na Copa do Mundo Júnior de Águas Abertas 2024
Matheus Lima e Renan Gallina, atletismo
A temporada passada foi de grande evolução e boas marcas para o cearense Matheus Lima. Aos 21 anos, foi semifinalista Olímpico em Paris dos 400m com barreiras, em sua estreia nos Jogos 16º lugar com 49.08s). Em setembro, faturou o Sul-Americano sub-23 da prova.
Treinado por seu ídolo, Sanderlei Parrela, Matheus já assegurou índice para o Mundial de Atletismo Tóquio 2025, ao fazer sua melhor marca pessoal (48.12).
“Quero melhorar a minha técnica de passagem das barreiras para abaixar os meus tempos”, enfatizou Matheus em comunicado enviado pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).
Deixando as barreiras de lado, nas provas rasas um nome brasileiro vem se destacando ano após ano. Com grandes chances de bons resultados nas temporadas que antecedem Los Angeles, Renan Gallina tem apenas 20 anos (faz 21 em março) e coleciona grandes feitos. Em Paris, foi semifinalista Olímpico nos 200m. No ano anterior, foi também semifinalista do Mundial e ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, ocasião em que integrou o quarteto campeão do revezamento 4x100m do Brasil.
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Raicca Ventura e Kalani Konig, skate
Roma foi um bom lugar para o skate do Brasil no Mundial de Park. Foi onde a paulista Raicca Ventura, de 17 anos (fará 18 em março), obteve seu mais importante título na carreira, ao vencer no feminino, em setembro. Uma trajetória que é escrita desde os seis anos de idade. Em 2023, aos 16, foi prata no Pan de Santiago e, em agosto, acabou na 12ª posição da classificação geral de Paris 2024.
Atual campeão brasileiro no skate park, também com 17 anos (fará 18 em junho), Kalani Konig é parte da seleção brasileira desde a base. A experiência em competições já faz este catarinense despontar no cenário internacional da modalidade, ao lado dos consagrados compatriotas Augusto Akio, Luigi Cini e Pedro Barros. Em setembro passado, no mesmo Mundial da variante na capital italiana, ele foi o melhor entre os 16 semifinalistas.
Históricos recentes que projetam Kalani e Raicca em grande ciclo rumo a LA28.
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Gio e Isa Haas, futebol
A prata em Paris 2024 marcou um grande ano da seleção brasileira feminina de futebol. Mas foram os meses seguintes aos Jogos que deixaram a torcida também bastante empolgada. Afinal, um bastante renovado Brasil não perdeu os quatro amistosos que disputou. Contra a Colômbia, importante rival, empatou um jogo e triunfou no seguinte. Contra a Austrália, fora de casa, venceu – e convenceu – outros dois, derrubando um tabu de oito anos.
Nas partidas, o treinador Arthur Elias promoveu a estreia da zagueira Isa Haas (23 anos), que inclusive marcou contra as colombianas por 3 a 1, além do retorno da atacante Gio (21 anos) que se mostrou fundamental na parte ofensiva.
Com defesa sólida e ataque produtivo, a seleção pode esperar por boas temporadas na caminhada para um, enfim, tão sonhado ouro Olímpico em LA28.
