O mineiro Gabriel Geraldo, conhecido no esporte como Gabrielzinho, tem apenas 19 anos, mas arrisca sair de Tóquio 2020 com o histórico de um veterano. Primeiro veio o ouro nos 200m livre (classe S2) e ao nono dia de Jogos Paralímpicos chegou novo título agora em 50m costas.
Gabrielzinho venceu em 53,96s e chegou à terceira medalha no evento já que além dos dois ouros tinha ainda a prata em 100m costas. Prestação notável do atleta de Juiz de Fora que é fenômeno na piscina e fora de água com seu baile viral e alegria contagiosa.
Também com três medalhas está Talisson Glock, atleta de Joinville que venceu os 400m livre (classe S6). É a primeira medalha de ouro do catarinense em Tóquio 2020, para juntar aos dois bronzes em 100m livre e revezamento 4x50m livre (até 20 pontos). Talisson Glock leva 11 anos de ligação à seleção brasileira de natação, que integrou após ter sido atropelado por um trem quando era criança e volta a vencer medalhas Paralímpicas após a Rio 2016 onde foi prata no revezamento 4x50m livre e bronze nos 200m medley.
O dia no Centro Aquático encerrou com mais duas exibições destacadas dos brasileiros. José Ronaldo Silva foi 4º colocado em 50 metros costas (classe S1), Eric Tobera foi 6º na mesma disciplina, mas na classe S4, enquanto Patrícia Santos quase era medalhada em 50m peito, acabando no 4º lugar.
A seleção brasileira de natação tem tido um papel brilhante nos Jogos Paralímpicos. Além das três medalhas para Gabrielzinho e Talisson Glock, duas histórias ressaltam desta participação: o adeus do maior nadador brasileiro Paralímpico, Daniel Dias, e a estreia impactante de Carol Santiago com três títulos em Tóquio 2020 e um total de cinco medalhas.