Isaquias Queiroz só volta em 2021, mas Paris 2024 está no pensamento

Canoísta baiano tem números de lenda no esporte do Brasil. Recordamos os melhores momentos da carreira de Isaquias Queiroz. Quem deverá estar no próximo Campeonato do Mundo é o português Fernando Pimenta, bronze em Tóquio 2020 no K1 1000m.

Isaquias Queiroz nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
(Phil Walter/Getty Images)

A canoagem de velocidade vai juntar alguns dos atletas que se destacaram em Tóquio 2020 no Campeonato do Mundo, que acontece entre 16 e 19 de setembro, na cidade de Copenhaga (Dinamarca).

O evento é importante, mas vem na sequência de um desgastante ciclo Olímpico, por isso alguns craques optaram por ficar de fora. É o caso de Isaquias Queiroz, campeão em Tóquio 2020 C1 1000m, que só deve voltar a treinar em 2021.

O baiano bateu em Tóquio 2020 o chinês Hao Lio e o moldavo Serghei Tarnovschi na prova individual, ficando na 4ª colocação em C2 1000m com Jacky Godmann. Se já era um super atleta, Isaquias Queiroz saiu do Japão com o estatuto de lenda!

  • Primeiro canoísta brasileiro campeão Olímpico
  • Primeiro canoísta brasileiro medalhado em Jogos Olímpicos com prata e bronze na Rio 2016
  • Único brasileiro vencedor de três medalhas Olímpicas em uma única edição dos Jogos (prata em C1 1000m, prata em C2 1000m e bronze em C1 200m)
  • Seis medalhas de ouro e seis medalhas de bronze em Campeonatos do Mundo
  • Primeiro brasileiro a subir no pódio em Campeonatos do Mundo (3º em Duisburg 2013 em C1 1000m)

Em nota publicada pelo Comitê Olímpico do Brasil, o campeão Olímpico mostrou vontade de fazer uma pausa e deixar para depois o objetivo Paris 2024.

“Não me lembra de Paris, não. Quero descansar um pouco, viajar com a minha família, aproveitar um pouco das férias ao lado deles. Meu objetivo era essa medalha de ouro, eu tinha certeza de que iria brigar pelo título Olímpico."

Em caso de medalha em Paris 2024, Isaquias Queiroz poderia chegar em números de duas outras lendas do esporte brasileiro, os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, cada um com cinco medalhas Olímpicas.

Até então voltaremos a ter Isaquias Queiroz de volta na água. E se há uma prova especial para o baiano é o Campeonato do Mundo. Foi aí que em 2017 assistiu ao nascimento do filho Sebastian por vídeochamada. Ao menino o canoísta deu o nome do seu ídolo, o alemão Sebastian Brendel, tricampeão Olímpico em C1 1000m e C2 2000m, que em Tóquio 2020 somou o bronze em C2 1000m com Tim Heck à coleção precisamente relegando para o 4º lugar a dupla Queiroz/Goodman. Brendel é uma lenda das águas tranquilas onde venceu 12 títulos Mundiais e 13 europeus.

A nível interno o esporte não para e a próxima paragem dos melhores canoístas do Brasil é o Campeonato Brasileiro de Canoagem Velocidade que acontece em Cascavel-PR entre os dias 23 e 26 de setembro.

(Phil Walter/Getty Images)

Medalha de bronze no K1 1000m poderá colocar na mira os Mundiais

Quem já voltou aos treinamentos foi o canoísta Fernando Pimenta. Após ser homenageado pelo seu clube, o Sport Lisboa e Benfica, em pleno gramado do estádio da Luz, junto com o campeão Olímpico do salto triplo Pedro Pablo Pichardo, Fernando Pimenta pensa em adicionar mais algumas medalhas a um histórico que conta mais de 100 em eventos internacionais.

O medalha de bronze no K1 1000m poderá colocar na mira os Mundiais, prova onde tem tido destaque nos últimos anos. Em 2019, na Hungria, foi 3º em K1 1000m e K1 5000m, competições que tinha conseguido vencer competindo em casa no Campeonato do Mundo de 2018, realizado em Montemor-o-Novo (Portugal). Em Tóquio 2020 o atleta de Ponte de Lima ficou no pódio K1 1000m, mas recordemos que o K1 5000m não é distância Olímpica já que somente 1000m, 2500m e 4500m atribuíram medalhas no Japão.

Tóquio 2020 foram os melhores Jogos Olímpicos da história para Portugal, clique aqui para recordar a prestação dos atletas lusos.

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