Isaquias Queiroz: o porta-bandeira quer também o recorde de medalhas

Por Leandro Stein
16 min|
Isaquias Queiroz
Foto por Renato do Val/COB

Isaquias Queiroz tem diferentes motivos para viver uma edição dos Jogos Olímpicos bastante especial em Paris 2024. A começar pela experiência de ser acompanhado pelos filhos, uma novidade que a lenda da canoagem velocidade colocava como objetivo. Já nesta segunda-feira, o baiano foi confirmado como um dos porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Abertura no Rio Sena. Está mais do que credenciado, não apenas por sua história nos Jogos Olímpicos, mas até pelo caráter da festa: dentro de um barco, afinal.

“Fico muito feliz de poder representar minha Bahia, meu Nordeste, o Brasil inteiro. Vai ser uma cerimônia incrível. Principalmente por poder representar minha modalidade, ainda tímida no Brasil. Botar nossas garrinhas para fora. Com certeza, depois de Paris, o pessoal vai ter mais conhecimento sobre essa grande modalidade", afirmou Isaquias, ao site do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Paris 2024 ainda guarda outro grande objetivo para Isaquias: tornar-se o brasileiro com mais medalhas na história dos Jogos Olímpicos. Até o momento, o baiano soma quatro. Na Rio 2016, ele se tornou o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas numa única edição dos Jogos. Fez a festa da torcida na Lagoa Rodrigo de Freitas, com duas pratas e um bronze. Em Tóquio 2020, enfim faturou o prometido ouro. Agora, tenta alcançar Torben Grael e Robert Scheidt, donos de cinco medalhas cada na vela.

"O que mais me deixa motivado é o sonho de me tornar o maior atleta Olímpico do Brasil", disse Isaquias, ao Olympics.com, em agosto de 2022. "Conquistar a sexta medalha Olímpica, jogando limpo com os meus adversários, isso vai ser muito importante para mim". Isaquias Queiroz competirá em duas provas: no C1 1000m, no qual é o atual campeão Olímpico, e no C2 500m, ao lado de Jacky Godmann.

O atual ciclo de Isaquias Queiroz teve uma pausa nas atividades. O baiano deu prioridade à família, sobretudo para acompanhar o nascimento do segundo filho, Luigi. Os resultados em 2023 estiveram abaixo da régua altíssima estabelecida pelo canoísta. Contudo, com a recuperação do ritmo, ele se mostrou em plena forma quando teve oportunidade em 2024. E isso mudando a estratégia sobre o próprio corpo.

"Em vez de estar muito forte, a gente vai estar mais magro, mas com a mesma força corporal. Porque não adianta perder massa corporal e também perder força. Nosso objetivo é diminuir dois quilos em comparação a Tóquio, só que manter a qualidade da força. É difícil você evoluir em cima da técnica, chega a um ponto que não tem mais como evoluir. A única opção é tentar ser mais rápido. Mas, para ficar mais rápido, tem que ficar um pouco mais leve", explicou Isaquias, em conversa com o podcast do Olympics.com, em junho.

Para quem superou inúmeras dificuldades ao longo da vida, desde a infância, a reinvenção recente soa como detalhe para Isaquias. Nas próximas linhas, recontamos sua trajetória até ser porta-bandeira do Brasil, ao lado de Raquel Kochhann, em Paris 2024.

PODCAST | Isaquias Queiroz com corpo e mente em sintonia atrás do recorde

Isaquias Queiroz, do Brasil

Foto por Renato do Val/COB

A queimadura, o rapto e a perda de um rim

Não é clichê dizer que Isaquias estava predestinado a brilhar na canoagem velocidade. Uma referência à modalidade pode ser encontrada até mesmo em sua certidão de nascimento. O baiano é natural de Ubaitaba, cujo nome em tupi-guarani significa “cidade das canoas”. O Rio de Contas é a principal via local e a canoa serve de meio de transporte diário aos moradores do município de 17,6 mil habitantes. Para Isaquias, também foi uma oportunidade.

"Sem Ubaitaba eu não seria o Isaquias. Eu não conheceria a canoagem. Nasci no lugar certo e no momento certo", afirmou Isaquias, ao Olympics.com.

Antes que a canoagem entrasse na vida de Isaquias, porém, ele enfrentou outros desafios. O menino cresceu numa família humilde, ao lado de nove irmãos. O pai faleceu quando o campeão Olímpico ainda era criança e a mãe, Dona Dilma, sustentava a casa. Trabalhava como servente na rodoviária de Ubaitaba.

"Eu me lembro muito bem da minha infância. A gente vivia numa casa de madeira. Morava perto de um córrego que, quando alagava, enchia toda a casa. A minha mãe teve a possibilidade de estar numa casa melhor, aquela do 'Minha casa, minha vida', que ganhou do governo. Aí não tinha geladeira, não tinha fogão, tinha que fazer o fogão com balde de tinta", contou Isaquias, ao podcast do Olympics.com.

Num dia em que a mãe não estava em casa, Isaquias sofreu um grave acidente, aos três anos de idade. Enquanto sua cuidadora fazia um chá, a panela de água fervente virou sobre o menino. Isaquias teve queimaduras em diversas partes do corpo e passou um mês internado. Como o garoto não ganhava alta, Dona Dilma assinou um termo de responsabilidade para levá-lo para casa - mesmo alertada pelo médico de que o filho poderia morrer. Sob os cuidados da mãe, Isaquias se recuperou.

Outros sustos viriam tempos depois. Quando Isaquias já estava saudável, aos cinco anos, uma mulher desconhecida ameaçava tirá-lo de Dona Dilma. Certo dia, o menino desapareceu e a mãe temeu o rapto. Foi encontrá-lo, chorando e sozinho, no meio de uma plantação de cacau. Levou o filho de volta para seu lar.

Já aos dez anos, Isaquias mais uma vez ficou com sua vida em xeque. O guri escalou uma mangueira para ver uma cobra morta, se desequilibrou e caiu de costas em cima de uma pedra. A pancada provocou uma lesão séria no rim, com hemorragia interna. O futuro medalhista Olímpico precisou ser operado com urgência e perdeu o órgão. Ficaria mais um tempo internado.

A falta de um rim faz Isaquias cuidar um pouco mais da ingestão de água, mas não compromete seu desempenho. O canoísta ganhou o apelido de "Sem Rim" em Ubaitaba e ele mesmo não perde a oportunidade de fazer brincadeiras. Costuma falar que "perdeu um rim, mas ganhou um terceiro pulmão". Também diziam a ele que “Pelé poderia ser seu parceiro na canoa”, já que o Rei do Futebol precisou retirar um dos rins após uma pancada sofrida ao final de sua carreira. Dois craques em esportes diferentes com uma limitação em comum.

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As águas do Rio de Contas abriram caminhos não só a Isaquias

O Rio de Contas entrou de vez na rotina de Isaquias Queiroz quando ele tinha 11 anos. O garoto começou a participar do projeto Segundo Tempo, que oferecia oportunidades a jovens de Ubaitaba na prática de diferentes modalidades. De início, o menino quis se inscrever no futebol - apaixonado pela bola, o campeão Olímpico costumava jogar como goleiro. Entretanto, logo a canoagem velocidade passou a fasciná-lo.

Ubaitaba tinha sua tradição na canoagem Olímpica antes mesmo de Isaquias Queiroz nascer. Outro filho ilustre da “cidade das canoas”, Jefferson Lacerda foi um dos pioneiros da modalidade no Brasil e competiu em Barcelona 1992, na primeira vez que canoístas brasileiros estiveram nos Jogos. Era ele um dos grandes incentivadores da prática esportiva no município baiano e coordenava os treinamentos para os jovens locais. Já Figueiroa Conceição, monitor do mesmo projeto, descobriu Isaquias em peneiras realizadas nas escolas da região e o levou para as águas do Rio de Contas.

"Quando eu tive a oportunidade de entrar na canoagem, eu falei: 'Eu quero ser um cara diferenciado. Eu quero que as pessoas me notem, Eu quero que as pessoas saibam quem sou eu.' E agora eu quero que o meu filho um dia, lá na frente, fale: 'Caramba, meu pai foi isso!' Eu sempre fui movido a desafio e queria mudar a minha vida. Queria ter uma vida diferente, queria chegar onde ninguém chegou na canoagem, mesmo sabendo que ia ser difícil", contou Isaquias, ao podcast do Olympics.com.

O talento de Isaquias Queiroz na canoagem ficou claro desde cedo. Não demorou muito para que o adolescente conquistasse as suas primeiras medalhas. Conseguia terminar na frente até quando competia contra garotos mais velhos. Dois anos depois de ingressar na modalidade, disputou pela primeira vez o Campeonato Brasileiro e faturou três medalhas de prata na sua categoria.

O futuro de Isaquias na canoagem era evidente, mas as dificuldades em casa seguiam presentes. Para auxiliar a mãe no sustento da família, o garoto trabalhava na feira da cidade. Com um carrinho de mão, ajudava os clientes a carregarem suas compras, a troco de um ou dois reais. Isaquias fazia isso quando já era campeão sul-americano em sua categoria. Cogitou até mesmo largar o esporte. Mudou de ideia quando Jefferson Lacerda ofereceu um “patrocínio” de R$50 por mês para se dedicar exclusivamente aos treinos.

A evolução de Isaquias na canoagem logo o levou para além de Ubaitaba. Mas seu legado na cidade ficou. Um centro de treinamentos da modalidade foi montado no município, diante do impacto do campeão Olímpico. Ubaitaba é um celeiro de canoístas de alto rendimento.

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Isaquias Queiroz durante disputa do Mundial de Canoagem Velocidade 2023 em Duisburg, na Alemanha

Foto por Confederação Brasileira de Canoagem

As primeiras medalhas, o luto e a superação pelo ouro

O empenho de Isaquias Queiroz foi recompensado. Em 2011, o baiano se mudou ao Rio de Janeiro e passou a competir com as cores do Flamengo. Conquistou um ouro e uma prata no Campeonato Mundial Júnior 2011, realizado na Alemanha. Vencia a despeito das dificuldades para se adaptar à nova rotina e à nova cidade.

"Abandonei tudo. Família, amigos. Abandonei a minha vida. Não tenho feriado. Natal? Só o dia de Natal. Tive que abandonar tudo para me dedicar ao esporte. Metade da minha vida eu me dediquei à seleção”, relembrou Isaquias, ao Olympics.com.

As frustrações também tornaram Isaquias mais forte mentalmente. No início de sua carreira, precisou lidar com a decepção de se ausentar dos Jogos Pan-Americanos de 2011 e dos Jogos Olímpicos Londres 2012. Recuperou-se para, em 2013, fazer história: conquistou um ouro e um bronze no Campeonato Mundial realizado em Duisburg, na Alemanha. Eram as primeiras medalhas do Brasil num Mundial da canoagem velocidade. As primeiras das muitas de Isaquias.

O ciclo antes da Rio 2016 rendeu seis medalhas para Isaquias em Mundiais (três ouros e três bronzes), bem como dois ouros e uma prata nos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015. O baiano chegou aos Jogos Olímpicos como uma esperança e se concretizou como realidade do Time Brasil. Ainda não viria o ouro, mas suas três medalhas representavam demais. Levou a prata no C1 1000m e no C2 1000m, esta ao lado de Erlon de Souza, além do bronze no C1 200m.

Outro mentor importante para o salto dado por Isaquias foi seu treinador, o espanhol Jesús Morlán, que passou a comandar a equipe brasileira a partir de 2013. O técnico antes havia impulsionado David Cal, canoísta espanhol que somou um ouro e quatro pratas de Atenas 2004 a Londres 2012. Morlán confiou no talento de Isaquias e ofereceu novas ferramentas nos treinos. A preparação em Lagoa Santa, Minas Gerais, se pagou com as medalhas conquistadas na Lagoa Rodrigo de Freitas.

"Ele me ensinou a querer treinar, a gostar de treinar. Ele percebeu que eu era um cara que gostava de desafio. Cada dia ele falava: 'Vou colocar um treinamento mais forte pro Isaquias'. E eu sabia que ele estava me desafiando, toda vez eu ia lá e fazia o treinamento melhor", contou Isaquias, ao podcast do Olympics.com.

Diante da relação construída, o ciclo rumo a Tóquio 2020 guardou um baque para Isaquias Queiroz: Morlán faleceu em 2018, vitimado por um câncer no cérebro. A perda do amigo foi um elemento a mais na sobrecarga mental do canoísta. Ele pensou em parar, ainda mais depois que a pandemia alongou a preparação visando os Jogos Olímpicos. Uma das motivações, contudo, foi a promessa que fez à viúva de Morlán: voltaria do Japão com nova medalha.

"Foi a maior obrigação, de assumir essa responsabilidade," declarou Isaquias, ao Olympics.com, em 2022. "Em janeiro de 2021, voltei pra casa, e quase não retornei depois para os treinos. Estava sobrecarregado, a cabeça estava a mil. Conversei com o COB (Comitê Olímpico do Brasil) e com o treinador (Lauro Pinda), que disseram: 'Treina para Tóquio, depois vê o que você quer para a sua vida'."

Isaquias vinha de novos ouros em Mundiais, dois em 2018 e um em 2019. O metal da medalha em Tóquio seria o mesmo, com seu primeiro ouro Olímpico, no C1 1000m. Ainda chegou perto de outra medalha no C2 1000m, com a quarta colocação, ao lado de Jacky Godmann. Segundo sua própria avaliação, estava na melhor forma da carreira. “Quando você chega lá e ganha o ouro, representar o Brasil e o Jesús Morlán, que tinha falecido em 2018, que tinha o sonho de me tornar um campeão Olímpico, é gratificante", analisou Isaquias, ao Olympics.com.

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Pausa com a família para voltar ainda mais forte

O planejamento de Isaquias Queiroz rumo a Paris 2024 levou em conta seu histórico vitorioso, mas também o peso de mais de uma década em alto nível competitivo. O campeão Olímpico fez pausas nos treinamentos e passou mais tempo com a sua família, na Bahia.

"Não tem como você chegar, treinar quatro anos ou cinco anos como foi para Tóquio e não sentir o corpo. E a gente treinou bastante para Tóquio. Eu já estava cansado, em 2022 a gente teve um descanso, mas não foi tanto. E mesmo assim, em 2022 tive Mundial depois das Olimpíadas, e consegui mais duas medalhas. Chegou 2023 eu estava cansado mentalmente, fisicamente", contou Isaquias, ao podcast do Olympics.com.

"Deu vontade de poder saber o que é viver a vida um pouco, de curtir o meu filho Sebastian, estar com a minha esposa, estar na Bahia e decidi 'agora eu quero isso para mim'", complementou. "Se você quer ser campeão Olímpico, tem que se dedicar ao máximo. Tem que abandonar a vida social. Tenho que abandonar até mesmo jogar uma bola com meu filho na garagem. A vida de atleta não me permite certos prazeres. E ser campeão Olímpico não tem milagre."

Um sonho em Paris 2024 é justamente que seu primeiro filho, Sebastian, esteja presente. O menino nasceu em 2017 e foi batizado em homenagem a Sebastian Brendel, amigo / concorrente de Isaquias e vencedor de três ouros Olímpicos na canoagem velocidade. A família também cresceu um pouco mais em 2023, o que influenciou a pausa do baiano: nasceu o segundo filho do canoísta, Luigi, em agosto.

As medalhas mais recentes de Isaquias em Campeonatos Mundiais vieram em 2022, com um ouro no C1 500m (classe que não é disputada nos Jogos Olímpicos) e uma prata no C1 1000m. Já no Mundial de 2023, na volta a Duisburg dez anos após sua primeira medalha, o baiano terminou na sexta posição do C1 1000m - o que ao menos assegurou sua vaga em Paris 2024. A temporada ainda rendeu a volta ao pódio nos Jogos Pan-Americanos, com a prata no C1 1000m em Santiago.

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Isaquias Queiroz conquista a medalha de prata na canoagem C1 1000m nos Jogos Pan-Americanos 2023

Foto por William Lucas/COB

A volta com tudo na Copa do Mundo e a honra de ser porta-bandeira

Se os resultados de 2023 não pareciam oferecer o mesmo nível de favoritismo a Isaquias Queiroz, havia uma explicação: sua meta de trabalho estava mais à frente, nos Jogos Olímpicos. Quando teve nova oportunidade mais recentemente, o baiano comprovou como está em forma rumo a Paris 2024. Em maio, o canoísta participou da Copa do Mundo Szeged 2024. Conquistou dois ouros, no C1 500m e no C1 1000m. Na segunda prova, que é Olímpica, derrotou alguns de seus principais oponentes rumo aos Jogos.

O detalhe é que Isaquias sequer tinha feito um treinamento específico visando a competição. O planejamento inicial realizado pelo técnico Pinda nem previa que ele disputasse o C1 1000m: "Eu falei: se eu ganhei uma Copa do Mundo sem fazer nenhum treinamento especial, então imagine pra Paris o que eu posso fazer. Eu remei, fiz corrida, fiz academia, mas sem nenhum treinamento específico. Lógico, a vida de atleta se resume em um dia após o outro. A gente voltou e continuo focado. Nada de otimismo lá em cima."

Pinda é colocado como outra razão para o sucesso de Isaquias Queiroz. O treinador foi auxiliar de Jesús Morlán e fez um trabalho específico com Isaquias durante parte de sua preparação à Rio 2016. Quando o espanhol faleceu, o antigo assistente ganhou o respaldo dentro da confederação e do próprio canoísta, que o conhecia tão bem. Auxiliou o passo além, rumo ao ouro Olímpico em Tóquio 2020. E essa prioridade continua dentro do planejamento do baiano para Paris 2024.

"Não adianta ser campeão Mundial e não ser Olímpico. Prefiro me guardar para os Jogos. Vão se lembrar de quem é campeão Olímpico. Hoje o meu objetivo é treinar para Paris. Meu objetivo é muito maior que o Mundial", salientou Isaquias, ao Olympics.com, em 2022. "Talvez sejam os meus últimos Jogos, mas quero que o meu filho esteja lá para ver o pai dele subindo no pódio."

Os filhos de Isaquias Queiroz poderão ver ainda um momento raro, mas não exatamente uma surpresa pela história Olímpica do baiano, com a escolha para ser porta-bandeira na Cerimônia de Abertura. Um orgulho extra para que Isaquias tenha mais gana ao representar o país em busca de novas medalhas.

"Esse é o meu objetivo: ganhar medalha. Acho que 2023 não foi a fome de medalha que eu tinha. Foi um ano que eu queria descansar, aproveitar um pouco a vida. E, agora sim, voltou Isaquias que todo mundo está acostumado: que gosta de ganhar, gosta de estar no máximo. Eu fico bem tranquilo pela questão de eu ter um baita treinador do lado, que é o Lauro, que sabe muito bem conduzir à vitória", avaliou, ao podcast do Olympics.com.

Com baterias recarregadas e novos motivos para sorrir, Isaquias Queiroz tentará provar em Paris 2024 como nunca deixou o topo do esporte brasileiro. Poderá escalar alguns degraus a mais no Olimpo do país, e desta vez com a bandeira empunhada para cravá-la mais alto.

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