Raquel Kochhann e Isaquias Queiroz serão os porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Abertura de Paris 2024
Ser porta-bandeira é uma das posições mais nobres para os atletas – e o Brasil já definiu quem serão os homenageados com esta função para a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Paris 2024. O anúncio foi feito na noite desta segunda-feira, 22 de julho, pelo Comitê Olímpico Brasileiro a quatro dias do evento.
Isaquias Queiroz, da canoagem velocidade, e Raquel Kochhann, do rugby sevens, foram os escolhidos para puxarem a delegação do Brasil no desfile das nações que ocorrerá no Rio Sena. É a primeira vez que ocorrerá fora de um estádio. A Cerimônia de Abertura será nesta sexta-feira, 26 de julho, a partir das 14h30 no fuso horário de Brasília.
Desde os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, os países podem escolher dois atletas (um homem e uma mulher) como porta-bandeiras. Na ocasião, Bruninho, do vôlei, e Ketleyn Quadros, do judô, foram os escolhidos. Nos Jogos Olímpicos de Inverno Beijing 2022, Edson Bindilatti e Jaqueline Mourão carregaram a bandeira brasileira.
Com a escolha em Paris 2024, Raquel Kochhann será apenas a quarta brasileira a ser escolhida como porta-bandeira do país na Cerimônia de Abertura. Além de Ketleyn Quadros na última edição, Sandra Pires (vôlei de praia) em Sydney 2000 e Yane Marques (pentatlo moderno) no Rio 2016 também receberam a homenagem.
Os dois também incluem mais duas modalidades na lista de porta-bandeiras do Brasil na história dos Jogos Olímpicos de Verão. Até Tóquio 2020, dez esportes tiveram representantes: tiro esportivo, atletismo, basquete, polo aquático, judô, vela, vôlei de praia, hipismo, pentatlo moderno e vôlei.
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Raquel Kochhann venceu câncer e lidera Yaras em terceira participação Olímpica
Grande surpresa na escolha do Brasil como porta-bandeira nos Jogos Olímpicos Paris 2024, Raquel Kochhann venceu simplesmente um câncer de mama para estar na capital francesa em sua terceira edição Olímpica. Uma das principais jogadoras das Yaras, time de rugby sevens feminino do país, ficou duas temporadas afastadas.
Descobriu um caroço que se revelaria câncer pouco antes de Tóquio 2020. Passou por mastectomia, quimioterapia e radioterapia. Conseguiu eliminar o tumor, voltou a jogar e foi novamente convocada para a seleção em dezembro de 2023.
"Ser atleta Olímpico é difícil. Essa sensação de estar na frente, levando a bandeira para o mundo inteiro ver numa Cerimônia de Abertura é algo que não consigo explicar em palavras. A minha ficha ainda não caiu, acho que só quando eu estiver lá para saber o que vou sentir”, comentou ao site do COB.
Isaquias Queiroz mira recorde de medalhas em Paris 2024
Se Raquel Kochhann era a surpresa, Isaquias Queiroz era um dos favoritos para carregar a bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Atual campeão Olímpico no C1 1000m e dono de quatro pódios na canoagem velocidade, ele busca se tornar o recordista de medalhas na história do país.
Hoje, essa distinção está com os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, cada um com cinco pódios. Para ultrapassá-los, Isaquias Queiroz precisa conquistar medalha nas duas provas que irá disputar em Paris 2024: o C1 1000m e o C2 500m – depois de levar a bandeira brasileira na abertura, evidentemente.
“É uma experiência incrível poder representar o seu país. Eu tive a oportunidade no Rio de fazer o fechamento. Mas agora, ser o porta-bandeira na abertura, vai ser uma coisa muito especial”, explicou o canoísta.
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