Modalidade que estreou em Jogos Olímpicos pela primeira vez em Tóquio 2020, o skate chegou com tudo e logo caiu nas graças da torcida por sua plasticidade e belas apresentações dos atletas. Na capital japonesa, o esporte se apresentou nas disciplinas street e park, que possuem suas diferenças.
Porém, primeiro vamos falar do que é semelhante: além da prancha sobre rodas, o objetivo de qualquer competição de skate é praticamente o mesmo: os atletas devem executar suas manobras mais impressionantes atendendo a vários critérios, incluindo dificuldade, velocidade, execução e estilo.
O skate estreou no palco Olímpico nos Jogos da Juventude Nanjing 2014, e seis anos depois foi um dos quatro novos esportes no programa de Tóquio 2020, ao lado do surfe, karatê e escalada.
Ao todo, o Brasil saiu com três medalhas de prata da capital japonesa: Rayssa Leal, no skate street feminino; Kevin Hoefler, no street masculino; e Pedro Barros, segundo colocado no park masculino.
Em Paris 2024, o skate terá como palco a Praça da Concórdia, no coração de Paris, que contará com todos os esportes urbanos.
JOGOS 2024: *programação completa e ingressos para o skate
O Olympics.com explica cada uma das modalidades e fala ainda sobre como vêm andando os brasileiros nas recentes competições internacionais.
Street: plasticidade e talento em segundos
Na competição de street, skatistas realizam manobras em um percurso que possui características que lembram um ambiente urbano, incluindo escadas, corrimãos e desníveis.
Há uma rodada preliminar e uma rodada final. Os skatistas de street começam realizando duas corridas de 45 segundos e a melhor pontuação será transferida para o resultado geral.
Depois, há a seção de melhores manobras, onde os skatistas fazem cinco tentativas para realizar suas melhores manobras. As duas melhores pontuações são então combinadas com a melhor pontuação de execução para formar uma pontuação total.
A pista simula objetos das ruas, como corrimãos e escadas, e a criatividade é um importante componente - manobras acontecem em uma fração de segundos, e qualquer falha pode significar a eliminação. Mesmo assim, há quem encare as provas de street como diversão acima de tudo:
“É como se eu estivesse em um parque de diversões e só me divertindo. Porque estou fazendo o que gosto e o que era meu sonho fazer," comentou Rayssa, a mais jovem medalhista Olímpica brasileira da história, aos 13 anos.
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Park: resistência e estilo
A competição de Park acontece em um percurso que lembra uma tigela, dentro do qual haverá vários obstáculos diferentes para que os atletas ganhem velocidade e impulso para realizar manobras no ar.
Como no street, há uma rodada preliminar e uma rodada final. Na preliminar, os skatistas realizam três corridas de 45 segundos e a melhor das três será usado para julgar quem passa para a rodada final.
Da mesma forma que na etapa preliminar, os skatistas terão mais uma vez três corridas cronometradas de 45 segundos com a contagem da melhor pontuação. Em caso de empate, a segunda corrida mais alta decide o desempate.
“Há 20 anos, mal tínhamos ruas de concreto, era tudo terra. Não tínhamos parques e estrutura para o skate. Mas uma coisa que a gente tinha era um sonho muito forte e acreditávamos nisso. Eu sinto que em Paris temos um grande potencial para talvez ter mais atletas vindo dessa comunidade. Isso apenas mostra o potencial que temos, com a mentalidade e a energia certa ao redor," afirmou Pedro Barros, único medalhista brasileiro no park na capital japonesa.
No street ou no park, Brasil segue brilhando
Apesar das diferenças entre street e park, o Brasil segue com bons resultados na temporada de 2023, a um ano dos Jogos Olímpicos de Paris.
No início do ano, Rayssa Leal foi campeã mundial de 2022 em Sharjah e começou a Street League (SLS) com uma vitória em Chicago. Há uma semana, ela conquistou o bicampeonato do X Games Chiba 2023, superando inclusive a japonesa Nishiya Momiji, campeã Olímpica.
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Entre os homens, Kevin Hoefler sagrou-se campeão da etapa de abertura da SLS na última manobra, deixando para trás o também brasileiro Felipe Gustavo e o português Gustavo Ribeiro, atual campeão do Super Crown 2022 no masculino.
No park, Pedro Barros acabou com o bronze no Mundial da disciplina em 2022, também disputado em Sharjah, e teve a companhia do também brasileiro Augusto Akio, que foi prata. O título acabou com o americano Jagger Eaton.
O evento valeu preciosos pontos para o Ranking Olímpico da World Skate (OWSR, em inglês) na busca por um lugar em Paris 2024.
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A corrida por um lugar na capital francesa está em aberto e o próximo evento da modalidade que conta pontos para o OWSR é o Pro Tour de Skate Park, em San Juan, na Argentina, de 21 a 28 de maio.
No fim de abril, a equipe brasileira fez treinos de reconhecimento no local da competição.