Cinco curiosidades sobre Michel Macedo, único representante brasileiro no esqui alpino em Beijing 2022

Michel Macedo é um cara tranquilo - algo necessário para um atleta cuja vida gira em torno de descidas em alta velocidade. Representante do esqui alpino em Beijing 2022, o atleta vai para sua segunda participação consecutiva em Jogos Olímpicos de Inverno. O Olympics.com fala um pouco mais sobre a vida deste brasileiro radicado nos EUA, que também é fã de futebol e tem o nadador César Cielo como um de seus ídolos.

4 minPor Daniel Perissé
Michel Macedo em PyeongChang 2018.
(Christian Dawes/COB)

Único representante do esqui alpino na delegação brasileira que vai à China, Michel Macedo começa sua participação no National Alpine Ski Centre, na zona de competição de Yanqing, no slalom gigante masculino (dia 13 de fevereiro entre 10:15 e 13:45 locais, 23:15 do dia 12 às 2:45 do dia 13 segundo o horário de Brasília) e depois disputará o slalom masculino (16 de fevereiro, entre 10:15 e 13:45 locais, 23:15 do dia 15 às 2:45 do dia 16 segundo o horário de Brasília).

Em 27 de janeiro, faltando menos de dez dias para os Jogos Olímpicos de Inverno, o brasileiro acabou com o bronze no slalom gigante em uma prova realizada no Stowe Mountain Resort, em Vermont, nos Estados Unidos, com um tempo total de 2min01s17. Foi a medalha de número 20 de Michel em provas oficiais internacionais de esqui alpino.

“Fiquei feliz com o resultado e estou sentindo que minha performance está melhorando todo dia”, comentou Michel em declarações à Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN). Sua primeira experiência Olímpica foi nos Jogos de Inverno da Juventude Lillehammer 2016. Dois anos depois, vindo de lesão, representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang 2018.

Conheça um pouco mais sobre este outro representante do Brasil em Pequim. E lembre-se de que o Olympics.com transmite toda a ação em Pequim ao vivo para o território brasileiro.

(2021 Getty Images)
  1. Começou a esquiar por influência do pai

Aos três anos de idade, Michel e sua família se mudaram de Fortaleza, onde ele nasceu, para o Oregon, no noroeste norte-americano.

Aproveitando a proximidade de Portland, cidade onde viviam, e por influência de seu pai Alfredo, que havia aprendido a esquiar no Chile, ele acabou inscrito na escola de esqui de monte Hood, um dos melhores lugares no país para a prática da modalidade.

  1. Optou por defender o Brasil aos 18 anos

O gosto pelo esporte foi imediato e, aos seis anos, o brasileiro começou uma carreira vitoriosa, com diversos troféus e medalhas pelos EUA e outros países. Aos 18 anos, Michel precisava de uma licença internacional para competir, concedida pela FIS (Federação Internacional de Esqui), e escolher um país para representar.

A escolha foi pelo Brasil, sem dúvida alguma. “Eu sou brasileiro, não quero competir por outra bandeira. Tenho muito orgulho disso”, ressaltou ao Olympics.com em 2021. Ao mesmo tempo, ele iniciou os contatos com a Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN) para poder competir mundo afora.

  1. Disputa o circuito universitário de esqui alpino

Michel se mudou para Vermont, no extremo nordeste dos EUA, onde atualmente cursa o terceiro ano de economia no Middlebury College. Ser aluno de curso superior deu a ele a chance de competir pela

instituição em campeonatos universitários como o circuito da NCAA (sigla em inglês para Associação Atlética Nacional Universitária), que também vale pontuação FIS - necessária para a classificação aos Jogos Olímpicos de Inverno.

Pouco a pouco, o brasileiro foi obtendo bons resultados. Um deles foi em fevereiro de 2019, quando obteve uma das melhores pontuações da história do esqui alpino brasileiro. No mês seguinte, em março, foi ouro em um torneio universitário em Quebec, no Canadá.

  1. É apaixonado por futebol

Apesar da distância e da dura rotina de treinos e competições, Michel Macedo não deixa de ver futebol, uma paixão tipicamente brasileira. Ele segue torcendo para seu time do coração, o São Paulo Futebol Clube, e acompanha mais de perto o Portland Timbers, da liga norte-americana. Um de seus ídolos é o ex-atacante Ronaldo Fenômeno.

(Getty Images)
  1. Tem César Cielo como um de seus ídolos

Além do jogador de futebol, Michel também aponta como um de seus ídolos o nadador César Cielo - dono de uma medalha de ouro e outra de bronze Olímpicas - motivo da primeira lembrança que possui dos Jogos Olímpicos:

“Lembro-me de ver os Jogos Olímpicos na casa da minha avó, durante as férias em Piracicaba (estado de São Paulo. Gostava muito de ver a natação. Lembro-me de acompanhar o Cielo ganhar a medalha de ouro”, afirmou ao Olympics.com em 2021.

Coincidência ou não, 14 anos depois de ver Cielo vencer os 50m livre nos Jogos Olímpicos Beijing 2008, agora é a vez de ele ir à capital chinesa para consolidar o sonho de chegar entre os 30 primeiros nos Jogos de Inverno e, quem sabe no futuro, também faturar uma medalha Olímpica.

“Estou fazendo tudo o que está ao meu alcance. Vou fazer de tudo para estar nos Jogos e fazer bonito pelo Brasil”, destacou Michel.

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