A jornada deste sábado da etapa de Margaret River da WSL 2023, liga mundial de surfe profissional, definiu os atletas que passaram do chamado corte de meio de temporada, quando o número de participantes cai para 22 no masculino, com base no ranking.
Seis brasileiros seguem na disputa pelas vagas Olímpicas para Paris 2024. São eles João Chianca, o Chumbinho - atual líder do ranking -, Filipe Toledo (número 3 da lista), Yago Dora (#8), Caio Ibelli (#10) Gabriel Medina (#13) e Ítalo Ferreira (#16), atual medalhista de ouro no surfe em Tóquio 2020.
"Sinto-me muito bem ao ter conseguido superar o corte. Foram dias muito difíceis, sem saber o que aconteceria, e estou triste pelos meus amigos. Mas as coisas são assim, faço isso por amor. Com certeza foi uma grande bateria”, comentou Ítalo, que passou pelo japonês Kanoa Igarashi na disputa decisiva para avançar às oitavas na Austrália, em declarações publicadas pela WSL.
No feminino, Tatiana Weston-Webb não somente está garantida para o restante da temporada após a jornada de hoje, mas também já garanitu a vaga matematicamente em Paris, de acordo com a ISA (International Surfing Association, a federação internacional de surfe). A relação das dez surfistas remanescentes após o corte no feminino ainda não foi completamente fechada.
MAIS | Entenda como funciona o sistema Olímpico de classificação do surfe
Os classificados continuam na disputa das cinco etapas seguintes. Ao final da temporada, haverá um novo corte, após a etapa de Teahupoo, no Taiti. Desta vez, os cinco melhores surfistas disputarão a WSL Finals em Lower Trestles, na Califórnia, e os eliminados estarão garantidos na WSL 2024.
Vale lembrar que o circuito (Championship Tour - CT) da WSL não será a única forma de classificação do surfe para os Jogos: também contam como eventos os Jogos Mundiais de Surfe da ISA 2023, em El Salvador; os Jogos Pan-Americanos de 2023, em Santiago, e os Jogos Mundiais de Surfe da ISA 2024.
Kelly Slater e quatro brasileiros são eliminados
Quatro brasileiros estão entre os surfistas que ficaram pelo caminho. Samuel Pupo precisava atingir as quartas de final em Margaret River para seguir na briga, mas acabou superado pelo sul-africano Jordy Smith na terceira fase e deixou a disputa.
Lesionado, Miguel Pupo já vinha como primeiro colocado abaixo da linha de corte. Por não ter participado tanto da etapa de Bells Beach como da de Margaret River, ele acabou sem chances de seguir na competição. Também foram eliminados Michael Rodrigues, que também não atingiu pontuação suficiente, e Jadson André, que, com um problema em um joelho, deu adeus à temporada ainda em fevereiro.
Entre os estrangeiros, a surpresa é a eliminação do veterano americano Kelly Slater, uma das lendas do surfe. Ele e os demais eliminados vão competir no Challenger Series para tentar seguir na elite da competição na temporada 2024.
Ele precisava superar o australiano Liam O'Brien na terceira fase e até tirou uma nota de 7.83 sobre 10, mas seu rival fez a mesma pontuação e ainda tinha um 7.70 como número para o desempate.
"Realmente achava que seria uma daquelas baterias em que algo mágico iria acontercer. Se você está com dez puma onda vem. Mas me senti bem, solto, não me estressei com a situação", afirmou Slater, detentor de 11 títulos mundiais.
Confira a relação dos surfistas que seguem na WSL 2023
Masculino
- João Chianca (BRA)
- Jack Robinson (AUS)
- Filipe Toledo (BRA)
- Ethan Ewing (AUS)
- Griffin Colapinto (USA)
- Ryan Callinan (AUS)
- John John Florence (USA/Havaí)
- Yago Dora (BRA)
- Leonardo Fioravanti (ITA)
- Caio Ibelli (BRA)
- Connor O' Leary (AUS)
- Callum Robson (AUS)
- Gabriel Medina (BRA)
- Jordy Smith (RSA)
- Matthew McGillivray (RSA)
- Ítalo Ferreira (BRA)
- Liam O’Brien (AUS)
- Rio Waida (INA)
- Kanoa Igarashi (JPN)
- Barron Mamiya (USA/Havaí)
- Seth Moniz (USA/Havaí)
- Ian Gentil (USA/Havaí)
Feminino (ainda restam cinco vagas)
- Molly Picklum (AUS)
- Tyler Wright (AUS)
- Carissa Moore (USA/Havaí)
- Caitilin Simmers (USA)
- Tatiana Weston-Webb (BRA)