Brasil faz dobradinha nos 110m com barreiras e Lucas Conceição vence os 400m dos Jogos Pan-Americanos 2023; Renan Gallina vai à final dos 200m
Eduardo Rodrigues levou ouro, Rafael Pereira acabou com a prata e americano ficou em segundo lugar; paranaense registrou melhor tempo da semifinal, enquanto Ana Carolina de Jesus foi a segunda nas eliminatórias do feminino.
O Brasil fez dobradinha nos 110m com barreiras do atletismo dos Jogos Pan-Americanos 2023 ao faturar o ouro com Eduardo Rodrigues e o bronze com Rafael Pereira em prova realizada nesta quarta-feira, 1 de novembro, de muito frio e chuva no Estádio Nacional de Santiago, em jornada que teve ainda Renan Gallina avançando à final dos 200m livre com o melhor tempo das semifinais e Lucas Conceição faturando o ouro nos 400m livre.
Eduardo não teve rivais à altura nos 110m com barreiras. Ele abriu uma vantagem considerável desde o início e seu tempo final foi de 13s67. Por sua vez, Rafael consguiu completar em 14s04. O segundo colocado foi o americano De'vion Wilson, que fechou o percurso em 13s78.
"É muito bom sair com uma medalha assim, dividir um pódio com ele (Rafael), não só um amigo de competição mas um irmão de sangue, pois estamos sempre juntos aí não só dentro do atletismo, mas fora também," comentou Eduardo após a prova em declarações divulgadas pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).
"Acho que eu cresci bastante do meio até a última barreira, consigo me desenvolver muito bem, até por isso tenho o apelido de 'Trem Bala' (risos). No começo estava meio que preocupado, sem saber o que fazer, mas é muito bom cruzar a linha de chegada e ver que deu tudo certo, que estou com a medalha de ouro," completou.
"Fico muito feliz com a medalha, muito contente. Foi uma medalha regada à superação, estava muito frio, chuva, vento, então as condições estavam completamente desfavoráveis. Era uma competição para sair com medalhas, não de resultado, o resultado ficou muito aquém do que a gente pode fazer (...) saio muito feliz com o pódio, principalmente por ter dois atletas do Brasil. Isso nos dá moral para o principal objetivo, que é nas Olimpíadas do ano que vem," ressaltou Rafael.
As provas de pista e de campo do atletismo nos Jogos Pan-Americanos 2023 começaram na segunda-feira, 30 de outubro, na última semana de competições do evento. Logo no primeiro dia, o Brasil conquistou quatro medalhas (um ouro e três pratas), com destaque para a dobradinha entre a campeã Izabela Rodrigues e a vice Andressa de Morais no lançamento de disco.
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Lucas Conceição sobra nos 400m livre
Fechando a jornada de provas valendo medalha, Lucas Conceição garantiu mais um ouro para o Brasil no atletismo, agora nos 400m livre.
Seu tempo foi de 45s77, à frente do mexicano Luis Antonio Aviles, prata com 45s97, e do chileno Martín Kouyoumdjian, que conseguiu o bronze com um desempenho de 46s58.
"Estávamos todos focados para essa final, todos atletas de alto nível, mas, acima de tudo, estava concentrado na minha prova, na minha corrida, e isso me levou à meta de ser campeão pan-americano," comentou Lucas, que usa óculos escuros mesmo nas provas à noite como uma forma de "concentração".
Outro brasileiro na prova foi Lucas Carvalho, que acabou em quarto lugar com um tempo de 46s84.
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Renan Gallina é destaque nas semifinais dos 200m livre
Embora não tenha levado medalha, outro destaque do Brasil na pista nesta quarta foi o jovem Renan Gallina, o mais rápido nas semifinais dos 200m livre.
O velocista de Maringá, de 19 anos, venceu a terceira semifinal com um tempo de 20s39 - o melhor entre todos os participantes.
"Estou me sentindo bem, eu me diverti, me senti confortável para correr, estava sobrando perna e só acelerei mais", comentou Renan para o Olympics.com na saída da prova. "Vim confiante, sabendo que podia melhorar meu tempo, mas com esse frio é complicado, mas estou aqui. Para amanhã estou tranquilo, levando em consideração o desempenho de hoje, estou tranquilo", completou.
O segundo desempenho entre os semifinalistas foi do dominicano **Jose Alnardo Gonzalez (**20s81), seguido de Nadale Buntin, de São Cristóvão e Névis (20s97).
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No feminino, Ana Carolina de Jesus venceu a primeira semifinal, com um tempo de 23s61. Na classificação das semifinais, ela só não foi melhor que a dominicana e medalhista Olímpica dominicana Marileidy Paulino, que correu sem sustos e fez 23s04. Gabriela Suárez, do Equador, foi a terceira (23s63).
A final dos 200m masculino está marcada para amanhã, dia 2 de novembro, às 20h10 de Brasília. A decisão feminina será logo antes, às 20h02.
Brasileira é a melhor nas semifinais dos 400m com barreiras
Também foram disputadas hoje as semifinais dos 400m com barreiras tanto no masculino como no feminino. Entre as mulheres, a brasileira Chayenne Pereira foi a mais rápida do dia, com um tempo de 57s85, enquanto Marlene Santos avançou com a terceira melhor performance ao fazer 58s29. O segundo tempo do dia foi de Daniela Rojas, da Costa Rica (58s16).
Outra brasileira a participar foi Camille de Oliveira, que ficou em nono (1min00s72) e não avançou.
No masculino, foram mais dois brasileiros classificados à final: um foi Matheus Lima, que foi o segundo nas semifinais com um tempo de 49s94 - o único outro atleta a andar abaixo de 50 segundos foi o jamaicano Jaheel Hyde, melhor das eliminatórias (49s72).
O outro foi Márcio Soares, quinto na classificação com um desempenho de 51s20.
As finais dos 400m com barreiras acontecem na sexta-feira, dia 3 de novembro. A feminina será às 17h35 de Brasília, e a masculina logo a seguir, às 17h45.
Na decisão dos 100m com barreiras, vitória de Andrea Vargas, da Costa Rica, que sagrou-se bicampeã da prova com um tempo de 13s06. A prata foi para a cubana Lázara Roble (13s09), e o bronze para Alaysha Johnson, dos EUA, com 13s19.
A quarta colocada foi a brasileira Ketiley Batista, que acabou o percurso em 13s38 - 32 centésimos a mais que a vencedora.
No lançamento do martelo feminino, primeira prova valendo medalhas da jornada desta quarta-feira***,*** vitória para a americana Deanna Price, que obteve uma melhor marca de 72m34. A prata ficou com a venezuelana Rosa Rodríguez (71m59), e o bronze para a canadense Kaila Butler (65m10).
Mariana Marcelino foi a única brasileira na prova, terminando na nona colocação. Sua melhor marca foi de 58m32, obtida na terceira e última tentativa.