Ana Patrícia e Duda serão, juntas, as porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Encerramento de Paris 2024
Ana Patrícia e Duda ganharam outro prêmio depois da conquista do ouro no vôlei de praia feminino em Paris 2024. As duas campeãs Olímpicas foram também convidadas como porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Encerramento dos Jogos, que acontecerá neste domingo, 11 de agosto, no Stade de France. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) fez um pedido especial para que duas mulheres portassem o símbolo nacional.
Ana Patrícia e Duda simbolizam uma edição dos Jogos Olímpicos em que as principais conquistas do Brasil foram protagonizadas por mulheres. Das 20 medalhas que os atletas brasileiros ganharam, 12 vieram em competições femininas e outra ainda teve destaque das judocas no torneio misto por equipes. Os três ouros foram vencidos por mulheres: Rebeca Andrade, Beatriz Souza e Ana Patrícia/Duda.
“Duda e Ana Patrícia representaram com excelência os principais valores olímpicos e nos encheram de orgulho. Quebraram um jejum de ouros para o Brasil no vôlei de praia que perdurava por 28 anos, desde o histórico título de Jackie Silva e Sandra Pires em Atlanta 1996. O bandeira brasileira está em excelentes mãos”, disse Paulo Wanderley, presidente do COB, ao site da entidade.
A lista de porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Encerramento inclui Maurren Maggi (Beijing 2008), Esquiva Falcão (Londres 2012), Isaquias Queiroz (Rio 2016) e Rebeca Andrade (Tóquio 2020). As escolhas consideram o desempenho esportivo. O mérito de Ana Patrícia e Duda é evidente.
Mais sobre Ana Patrícia e Duda
A escolha de Ana Patrícia e Duda dialoga até mesmo com a história dos porta-bandeiras do Brasil. A primeira mulher a carregar a bandeira brasileira numa Cerimônia de Abertura foi Sandra Pires, em Sydney 2000. Quatro anos antes, em Atlanta 1996, ela ganhou o ouro no vôlei de praia ao lado de Jaqueline Silva. Foi o primeiro ouro Olímpico de mulheres brasileiras e também o primeiro no torneio feminino de vôlei de praia.
“O vôlei de praia é uma modalidade importantíssima para o esporte brasileiro, que frequentemente vai a pódios em Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos há pelo menos três décadas. Esta escolha por Duda e Ana Patrícia se deve muito ao merecimento delas, e também uma homenagem a tantos atletas do passado que construíram essa história de sucesso”, declarou Rogério Sampaio, diretor-geral do COB e antigo campeão Olímpico.
Nas últimas edições dos Jogos Olímpicos, a tarefa de ser porta-bandeira na Cerimônia de Abertura é dividida entre um homem e uma mulher. Isaquias Queiroz e Raquel Kochhann foram os escolhidos em Paris 2024. Ana Patrícia e Duda inovam nesse aspecto na Cerimônia de Encerramento, com a despedida no Stade de France depois de uma participação inesquecível nos Jogos Olímpicos.