Revezamento 4x200m livre do Brasil termina na oitava posição no Mundial de Natação 2023
Equipe brasileira avançou à final e completou a prova em 7min06s43 na manhã dessa sexta-feira, 28 de julho, no Mundial de Natação 2023. Kayky Mota para na semifinal dos 100m borboleta, mas faz índice Olímpico da prova.
Conjunto do país com mais destaque nas piscinas ao longo dos últimos anos, o revezamento 4x200m livre do Brasil voltou a se posicionar na elite da prova nesta temporada. Na manhã dessa sexta-feira, 28 de julho, a equipe terminou na oitava posição no Mundial de Natação 2023 em Fukuoka, no Japão.
No total, o Brasil conseguiu o tempo combinado de 7min06s43. A equipe da Grã-Bretanha conquistou a medalha de ouro, com 6min59s08, seguido pelas equipes dos Estados Unidos e da Austrália, respectivamente prata e bronze. Murilo Sartori abriu o revezamento brasileiro, seguido por Guilherme Costa, Fernando Scheffer e Luiz Altamir Melo fechando o balizamento.
Esta foi a terceira edição consecutiva que o país disputa a final dessa prova em um Mundial de Natação. Se em 2017 sequer competiu, em 2019 foi sétimo colocado e em 2022 o revezamento 4x200m livre alcançou a quarta posição, estabelecendo o novo recorde sul-americano. Nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 foi oitavo, também entre os finalistas.
Na semifinal, o revezamento 4x200m livre do Brasil terminou na quarta posição em sua bateria com 7min07s74. Dessa forma, foi o terceiro melhor desempenho do país nesta prova (atrás apenas dos Mundiais de 2019 e de 2022, quando também foi finalista). Na classificação final da eliminatória, avançou para a decisão com o oitavo tempo.
“É um passo a passo, tem que saber dar um passo, ajustar e seguir. Oitavo lugar não é o que a gente espera, esse time tem capacidade de fazer melhor. Sentar, analisar o que foi bem feito, o que não foi, ajustar e voltar a trabalhar”, comentou Fernando Scheffer ao canal Sportv.
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Kaiky Mota para na semifinal dos 100m borboleta
Além do revezamento 4x200m livre do Brasil, quem teve um bom desempenho no antepenúltimo dia do Mundial de Natação 2023 foi Kaiky Mota nos 100m borboleta masculino. Depois de se classificar às semifinais nas baterias eliminatórias na noite de quinta-feira, ele ficou na 10ª posição na semifinal disputada na manhã de sexta-feira, dia 28.
O brasileiro alcançou o tempo de 51.43s na semifinal e estabeleceu sua melhor marca pessoal e o índice Olímpico na prova pela segunda vez consecutiva. Nas eliminatórias, ele já tinha quebrado essas marcas com 51.47s. O norte-americano Dare Rose foi o mais rápido na semifinal com 50.53s.
“Eu queria um pouquinho mais, mas estou satisfeito. O objetivo era bater em 51.4 no Mundial e bati duas vezes. Estou feliz por isso, pois neste ciclo tive dificuldades, lesão no ombro, e chega a ser inacreditável ao olhar para trás”, comentou Kayky em entrevista ao canal Sportv.
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Brasil para nas eliminatórias nas demais provas do dia no Mundial de Natação 2023
Se o revezamento 4x200m do Brasil conseguiu chegar à final e Kayky Mota fez índice Olímpico, nas demais provas do dia não teve o mesmo desempenho. Nos 50m livre masculino, Marcelo Chierighini e Guilherme Caribé não terminaram entre os 16 semifinalistas da prova mais rápida do esporte na noite de quinta-feira, 27 de julho.
Chierighini completou a prova em 22.26s, acima de sua melhor marca pessoal. Caribé, por sua vez, errou na largada e foi desclassificado. “Na hora que eu saí já sabia o que tinha acontecido”, lamentou o brasileiro em entrevista ao canal Sportv após a disputa. Na semifinal realizada nessa sexta, australiano Cameron McEvoy foi o mais rápido com 21.25s.
Situação semelhante vivenciada por Celine Bispo, única representante brasileira nos 50m borboleta feminino. A atleta foi a 22ª colocada na classificação final com o tempo de 26.55s e não avançou. Na semifinal, a experiente sueca Sarah Sjöström foi a mais rápida com 24.74s.
Por fim, nos 800m feminino, Beatriz Dizotti até fez o melhor tempo de sua carreira na prova com 8min32s42, mas não foi suficiente para pegar uma das oito vagas à final – terminou na 13ª posição. Gabrielle Roncatto, outra representante do país, foi a 27ª com 8min48s36. A norte-americana Katie Ledecky foi a mais rápida com 8min15s60.
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Mollie O’Callaghan faz história; Qin Haiyang quebra recorde mundial nos 200m peito
Nas finais realizadas na manhã dessa sexta-feira, dia 28, a australiana Mollie O’Callaghan fez história mais uma vez. Dois dias após vencer os 200m livre feminino com recorde mundial, ela conquistou a medalha de ouro nos 100m livre. Foi a primeira vez no Mundial de Natação que uma atleta vence as duas provas na mesma edição.
O’Callaghan foi a campeã com 52.16s, à frente de Siobhan Haughey, de Hong Kong, e Marrit Steenbergen, dos Países Baixos, respectivamente prata e bronze. A atleta da Austrália é uma das grandes estrelas da competição, com quatro medalhas de ouro até o momento.
Já nos 200m peito masculino, o chinês Qin Haiyang quebrou o recorde mundial da prova ao nadar a final em 2min05s48 – quase meio segundo à frente da antiga marca, estabelecida pelo australiano Zac Stubblety-Cook em 2022. O antigo recordista, aliás, ficou com a medalha de prata na prova e o norte-americano Matt Fallon foi o terceiro.