Apesar de não ter perdido sets para o Catar na estreia do Pré-Olímpico de Vôlei Masculino 2023, o Brasil teve uma terceira parcial mais tensa, em que os cataris chegaram a ficar na frente do placar. O susto foi evitado, mas o treinador Renan Dal Zotto quer que a equipe mantenha a energia em todos os momentos.
"Estreia é sempre tensa. Começamos bem nos dois primeiros sets e quase todos conseguiram jogar um pouquinho para quebrar o gelo de estar aqui no Maracanãzinho. No terceiro set, sofremos um pouquinho. Eles vieram arriscando bem no saque, a gente sofreu um pouco pra rodar a bola no inside-out, a gente precisa melhorar isso", comentou após o jogo.
Este cenário pode se repetir no Pré-Olímpico quando o Brasil enfrentar adversários menos gabaritados.
"No decorrer do campeonato, é o que vai acontecer. Tem muita pressão durante os jogos, todo mundo vem forçando muito o saque. Nós temos que ter cabeça e consistência para manter esse volume até o final", acrescentou o treinador.
Outro ponto de atenção foram os erros, estatística em que Brasil e Catar empataram nesta partida, com 17 para cada.
"Minimizar erros é fundamental, a gente trabalha muito em cima disso. Principalmente no masculino, cada erro conta muito, custa caro. A gente procura todo o tempo insistir em trabalhar a bola, ter paciência, rejogar o jogo. Vocês perceberam que o Honorato veio para tocar no bloqueio, para reconstruir. E na hora que estiver confortável, ir para matar ponto", explicou Renan.
Para o jogo contra a Tchéquia, neste domingo (1), às 10h, Renan aguarda um desafio ainda maior. E ele disse isso antes dos tchecos tiraram um set da Itália na estreia.
"É uma equipe que está acostumada a jogar partidas em um nível muito bom. Já ganhou da França no Europeu em um momento importante. Vem com time completo. Time agressivo, grande. E acima de tudo técnico, que faz parte da cultura tcheca. Com certeza vai exigir mais ainda do que foi hoje", opinou.
Bruninho: 'É bom passar por alguns apertos'
O levantador titular e capitão da seleção brasileira, Bruno Rezende, viu a partida contra o Catar como uma boa experiência para o time entender como administrar uma partida.
"Acho que a gente entrou com o espírito que a gente gostaria, muito agressivo no saque, concentrado, focado. A gente sabe que teoricamente o Catar é o time mais fraco do Pré-Olímpico, mas vem crescendo ao longo dos anos, vem fazendo jogos difíceis contra o Japão, por exemplo", comentou.
"O terceiro set vocês viram como foi, mas é bom passar por alguns apertos, porque de agora em diante cada dia cada set cada ponto é muito valioso. E a gente sabe que vai ser difícil. Hoje foi importante ter saído com essa vitória no terceiro set. A equipe tcheca é mais física que a do Catar", analisou.
Maior pontuador do jogo junto a Lucarelli, com 14, Alan acredita que a entrada dos jogadores do banco foi importante para segurar o resultado.
"A gente deu um pouco de mole no terceiro set, mas o conjunto prevaleceu. Pessoal do banco conseguiu entrar muito bem e a gente finalizando com um belo ponto, chamando a torcida, jogando em casa com uma energia maravilhosa", disse o oposto.
Assim como Bruno e Renan, Alan espera mais problemas diante dos tchecos.
"É uma partida chata de jogar, precisamos estar concentrados. Tem bons jogadores, então se a gente der mole, pode perder um set, dois ou talvez o jogo. É entrar concentrado e esperar que a torcida nos ajude a fazer um bom jogo", afirmou.