Rebeca Andrade é a personalidade mais pesquisada do Brasil em 2024

Ginasta ultrapassa barreiras do esporte e vira copo comemorativo em jogo de futebol, ganha diversos prêmios de Mulher do Ano e entra para a história do Brasil.

Copo de Rebeca Andrade em jogo do Flamengo.
(2024 Getty Images)

Quem poderia imaginar que uma ginasta estamparia um copo comemorativo em uma partida de futebol tão importanto quanto um Flamengo (clube em que ela treina) x Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro? E a mesma seria a personalidade mais pesquisada do Brasil em um ano? É preciso fazer história como ninguém fez, como Rebeca Andrade fez em 2024.

O Google divulgou os termos mais pesquisados deste ano em sua plataforma, e Rebeca liderou em seu país, acima de Madonna (que fez um show para mais de 1 milhão de pessoas em Copabacana em maio), do cantor Gusttavo Lima, e de Donald Trump, presidente-eleito dos EUA.

Os Jogos Olímpicos Paris 2024 foram o acontecimento mais pesquisado de 2024 no Brasil. Rebeca, naturalmente, também liderou entre os esportistas, acima de sua colega e rival Simone Biles, do jogador do Corinthians Memphis Depay e da skatista Rayssa Leal.

Além do reconhecimento nacional, Rebeca tornou-se um ícone global, entrando para a lista das 100 mulheres mais influentes do mundo da BBC.

Todos sabem o que levou Rebeca a este patamar: as quatro medalhas conquistadas na capital francesa, incluindo o ouro no solo e um pódio inédito por equipes. A brasileira fez o que parecia impossível até então: deixar Biles com medo de perder.

O que o público descobriu após os Jogos é que Rebeca estava decidida a ter Paris como sua despedida do esporte profissional.

“Eu tinha certeza de que esse seria o meu último ciclo Olímpico, tudo terminaria depois de Paris e nessa carta eu estava falando comigo mesma, colocando para fora coisas que pessoas me disseram e que me machucaram, mesmo eu sabendo quem eu sou”, explicou.

No entanto, durante os Jogos, o coração de Rebeca se acalmou. Ela disse logo após a competição que provavelmente não disputaria mais os quatro aparelhos, ou seja, o individual geral, pelo desgaste que o solo impõe ao seu joelho, mas que não daria adeus ainda à ginástica.

“Espero que ainda não seja o auge da minha carreira, mas foi um ano excepcional. Acho que Los Angeles será minha última Olimpíada, mas não sei nem se vou chegar até lá. Infelizmente, não vemos o futuro”, ela disse à GQ, que deu a ela o prêmio de Mulher do Ano.

Entre ensaios para capas de revista, viagens à Disney, premiações, "publis" e merecidas férias, Rebeca tenta assimilar o tamanho de seu legado para a ginástica mundial e para o seu país. Em 2025, ela começa a escrever um novo capítulo.

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