Rayssa Leal amadurece e prioriza saúde mental: ‘Tudo aconteceu muito rápido’

Rayssa Leal cresceu. Da garota de 13 anos que foi medalhista olímpica de prata em Tóquio 2020 à skatista que disputa o Mundial de street 2022 nos Emirados Árabes Unidos nesta semana, muita coisa aconteceu na vida e na carreira da estrela brasileira.

No lugar da "Fadinha", agora há uma jovem de 15 anos que sonha com o ouro olímpico em Paris 2024. Atual campeã da Street League de forma invicta, ela faz frente a uma brilhante geração japonesa de Nishiya Momiji, Nakayama Funa e outras.

“Agora creio que eu estou bem mais ambiciosa para o pódio, para o primeiro lugar, que eu sei que consigo e sei que posso”, disse Rayssa com exclusividade ao Olympics.com em Sharjah, sede do Mundial.

“Eu cresci, estou mais forte tanto no físico, quanto no mental”, acrescentou.

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Desbloqueando obstáculos e medos

Dúvidas e medos fazem parte da jornada de qualquer atleta, e Rayssa tem aprendido a navegar seus sentimentos junto à psicóloga esportiva Gissele Serra Angeliéri.

“A Gi está sendo muito importante para mim, porque eu tinha muito medo dos campeonatos, de ‘ai, se eu não me dar bem’. Outras várias coisas, dos obstáculos serem altos. Sei que consigo jogar, mas minha mente acaba falando ‘ai, não tenta’. Ela vai me ajudando a meio que desbloquear isso, e graças a Deus está dando certo”, contou Rayssa.

Se os resultados dizem alguma coisa, a parceria está dando frutos. Rayssa foi top 5 em todos os eventos do ano e ganhou cinco troféus.

“Foi uma das melhores coisas para mim como atleta, porque sou muito novinha e tudo aconteceu muito rápido. A ajuda dela e da minha equipe foi essencial para mim”, destacou.

De fã para ídolo

Com uma história breve, mas tão rica no skate, Rayssa agora se encontra no papel de ídolo, que Letícia Bufoni teve para ela.

“Sempre falo que a Letícia sempre foi minha inspiração, desde pequeninha e continua sendo ela, como pessoa e atleta. Fico muito feliz quando as meninas pequenas vêm falar que começaram a andar de skate por minha causa, porque me viram, gostaram e pediram para os pais deixarem elas andarem de skate. Fico muito feliz com isso”, comentou.

Rayssa ressaltou que também aprende com seus amigos próximos, como Filipe Mota e Marina Gabriela, além de seu irmão mais novo, Arthur, que também pratica o esporte.

“Fico muito feliz de estar inspirando não só o pessoal da minha idade, mas os mais velhos também”.

A garota no parque de diversões

Crescer é inevitável, mas Rayssa também quer manter o encantamento que fez com que ela se tornasse a skatista que é.

“Quero continuar me divertindo, porque o skate á algo que eu amo e que, se depender de mim, eu nunca vou parar de andar de skate”, disse.

“Conforme eu vou me divertindo mais, a pressão vai baixando. Quando estou livre e andando naturalmente é quando estou me sentindo em casa”, acrescentou.

Como Rayssa disse em Roma no ano passado, a sensação de estar na pista ainda é parecida com a de um parque de diversões.

“Andar de skate é a coisa que eu mais amo fazer, além de estar com a minha família”, disse a brasileira com um sorriso.

“Quando eu estou em cima do skate, esquece!”

Como acompanhar Rayssa Leal no Mundial de Skate Street 2022

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A transmissão ao vivo começa nas semifinais em 4 de fevereiro de 2023 e será no Olympics.com para o mundo todo.