Rayssa Leal não se sente invencível: ‘Sempre tem altos e baixos’

Skatista brasileira falou com o Olympics.com em Paris, durante o prêmio Laureus, atualizando o estado de sua lesão no punho e comentando sua excelente fase. Confira a entrevista.

3 minPor Sheila Vieira e Florian Bouhier
Rayssa Leal
(2023 Getty Images)

Rayssa Leal segue no topo do mundo, dentro e fora das pistas. Atual campeã mundial e da Street League, a atleta de 15 anos tirou fotos com Lionel Messi durante o prêmio Laureus 2023, em Paris, nesta segunda-feira (8 de maio).

A skatista brasileira foi superada na categoria de esportes de ação pela bicampeã Olímpica chinesa Eileen Gu e em seguida partiu para o Japão, onde acontece o X Games Chiba, de 12 a 14 de maio.

Em Paris, Rayssa falou com o Olympics.com antes da premiação sobre sua excelente fase, seu local preferido na cidade, sua lesão no punho e seu afeto pelos Jogos Olímpicos. Confira a entrevista abaixo:

Olympics (O): Você veio este ano para Paris para a Semana de Moda, depois para o Laureus. É a cidade dos próximos Jogos Olímpicos. De qual local você mais gosta em Paris?

Rayssa Leal (RL): A Torre [Eiffel], porque é onde a gente mais via nos livros, nos cadernos, nos celulares. Os brasileiros gostam muito. Gostaria muito de poder subir, mas já fui, visitei e é bem legal, bem bonito.

O: Como está a sua lesão no punho agora?

RL: Está mais tranquilo agora. Às vezes eu sinto dor, mas só quando apoio no chão e quando não estou usando a proteção. Por agora, estou fazendo acompanhando com fisioterapia, então isso tem me ajudado bastante. Acabei correndo com ele lesionado e uma queda acabou machucando um pouco mais, mas agora está tranquilo.

O: Você se sente invencível agora, depois de cinco vitórias seguidas na Street League e o título mundial?

RL: Na verdade, não, porque no skate a gente não tem muito isso de pensar ‘ah, estou vencendo muito, estou invencível, ninguém vai me bater’. A gente só pensa em se divertir e dar nosso melhor. É assim que vem o nosso primeiro lugar. Sempre quando conseguimos dar o nosso melhor, a gente se esforça para isso. A gente treina bem para isso e vem o resultado bom. Mas eu prefiro não pensar nisso dessa forma.

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O: A derrota é algo que te traz algum medo?

RL: Acho que todo atleta tem medo da derrota, porque a gente está na competição, com o pensamento de subir ao pódio, de ganhar o primeiro lugar. Mas, na verdade, a derrota vem em qualquer horário, de qualquer jeito. Sempre vai ter algumas. No ano passado, não subi ao pódio no Dew Tour e no X Games, mas na Street League deu certo. Então sempre tem altos e baixos.

O: Qual a importância dos Jogos Olímpicos para você?

RL: É um lugar, na verdade, uma competição, a mais importante para mim, porque foi onde eu fiquei conhecida, onde o skate se tornou muito conhecido lá no Brasil e onde eu pude inspirar muitas meninas e meninos de diferentes idades a começar a andar de skate. Então os Jogos Olímpicos são muito especiais para mim, tem esse arzinho especial por estar rodeada de atletas fenomenais, de diferentes esportes e idades. Fico muito feliz.

O: E como é poder inspirar essas pessoas?

RL: Fico muito emocionada e muito feliz. Fico muito grata de saber que há meninas e meninos se inspirando em mim para começar a andar de skate, que falaram para os pais que queriam andar de skate por minha causa. É uma emoção incrível.

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