Guilherme Costa volta a brilhar e Brasil supera EUA no revezamento 4x200m livre masculino da natação nos Jogos Pan-Americanos 2023

Paris 2024

'Cachorrão' foi o último a entrar na água e garantiu o terceiro triunfo do país em provas por equipes na capital chilena; 4x200m livre feminino terminou com a prata, enquanto Gabrielle Roncatto e Brandonn Almeida foram bronze nos 400m medley.

7 minPor Daniel Perissé e Virgílio Franceschi Neto
 Guilherme Costa of Team Brazil reacts after his team victory on Men's 4 x 200 Freestyle Relay at Aquatics Center of Parque Deportivo Estadio Nacional on Day 4 of Santiago 2023 Pan Am Games on October 24, 2023 
(Andy Lyons / Getty Images)

Um dia depois de conquistar seu segundo ouro nos Jogos Pan-Americanos 2023, Guilherme Costa voltou a ser decisivo para o Brasil nas piscinas ao fechar com excelente atuação o revezamento 4x200m livre masculino e garantir mais um título, com direito a novo recorde Pan-Americano, superando a marca que o time brasileiro havia feito em Lima, quatro anos antes.

Foi o terceiro título consecutivo do país na prova em Pan-Americanos.

Foi a primeira medalha por equipe de "Cachorrão" em provas em Santiago e a terceira no total: ele já tinha sido campeão dos 400m livre e dos 800m livre.

A equipe brasileira teve ainda Murilo Sartori, Breno Correia e Fernando Scheffer. O tempo total foi de 7min07s53, batendo a melhor marca que já era do Brasil, um 7min10s66 obtido em Lima 2019.

O Brasil começou os 50m da prova na liderança, mas depois viu o México surpreender e liderar. Ao final do primeiro revezamento, os brasileiros estavam na frente. Coby Carrozza e Corey Brooks retomaram a ponta para os americanos nos 350 e 500m, respectivamente.

Nos 600m percorridos, Fermando Scheffer entregou a piscina para Guilherme Costa na liderança***.*** E ele manteve o ritmo forte diante do americano Jack Dahlgren, que só teve vantagem na altura dos 750m, para terminar a prova impondo seu ritmo e garantindo outro ouro para o Brasil.

Foi o terceiro triunfo da natação brasileira em provas de revezamento, todos em cima dos EUA: no revezamento 4x100m livre masculino, no sábado, e no revezamento 4x100m livre misto, domingo.

"A palavra que define a gente é constância, é muito bom ver que tem muita gente quer entrar no time. Isso é muito motivador", disse Fernando Scheffer para o Olympics.com na zona mista.

"Não é uma pressão. É um prazer e uma honra fazer parte do grupo. Assim como o Scheffer disse, eu quero acrescentar uma palavra, nossa equipe tem regularidade, temos mostrado bons resultados ao longo dos anos. Desde o recorde mundial em piscina curta em 2018, esse revezamento 4x200m tem ficado 'no mapa', digamos assim, no Brasil. Um revezamento novo, apesar dos três títulos Pan-Americanos, a gente já teve bons e promissores resultados. Um ouro que consagra a boa fase do Brasil. Em 2024 temos três grandes competições, Mundial de curta [distância], Mundial de longa e Jogos Olímpicos, esperamos trazer muitas alegrias para os brasileiros", refletiu Breno Correia.

Guilherme Costa, último do Brasil a cair na água, assumiu a primeira colocação no fim e analisou: "Dei todas as minhas forças. Acho que ele ficou desesperado, eu não ia deixar ninguém me passar."

Murilo Sartori resumiu o que é fazer parte de um time tricampeão Pan-Americano: "É uma grande responsabilidade, mas eu adoro dividir a piscina com eles, temos grandes objetivos juntos."

Com o desempenho dessa terça, o Brasil soma 19 medalhas na natação dos Jogos Pan-Americanos 2023. São seis ouros, seis pratas e nove bronzes.

RELEMBRE | O ouro do revezamento 4x100m livre masculino no primeiro dia da natação no Pan

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Meninas superam Canadá e são prata no 4x200m estilo livre

Na penúltima prova do dia, o revezamento do Brasil voltou a se destacar e ficou com a prata no 4x200m estilo livre.

Maria Fernanda Costa, Nathalia Almeida, Stephanie Balduccini e Gabrielle Roncatto fizeram um tempo de 7min55s85 e chegaram a liderar a prova ao final da primeira e terceira troca de nadadoras. Coube a Paige Madden impor um ritmo mais forte desde os 650m para conquistar mais um ouro para os Estados Unidos.

"Estou feliz com os meus primeiros Jogos Pan-Americanos, fiquei animada, vejo a natação feminina, estou feliz com a medalha", disse Maria Fernanda Costa para o Olympics.com após a cerimônia de premiação.

"Também é o meu primeiro Pan, estou satisfeita, uma medalha é sempre bom", comentou Nathalia Almeida.

Esta foi a quinta medalha de Stephanie Balduccini nos Jogos Pan-Americanos 2023 (uma de ouro, duas de prata e duas de bronze). Ainda há chance de uma sexta, nos 4x100m medley. Ao ser perguntada se o Pan está ocorrendo conforme, ou acima das suas expectativas, a paulistana é prudente: "Não gosto de advinhar no que vai acontecer para não colocar muita pressão, mas estou bem feliz, se eu voltasse pra casa hoje voltaria satisfeita.

Gabrielle Roncatto, que minutos antes havia sido bronze nos 400m medley, fechou a prova do revezamento, dando a volta por cima nos últimos 50m. Garantiu o segundo lugar e analisou o seu desempenho para o Olympics.com: "Eu queria era o ouro, mas estou feliz, é um revezamento que tem muito para crescer. Tirei força para fechar nosso time em segundo pela vontade de vencer e representar o meu país da melhor maneira."

As americanas fizeram um tempo total de 7min55s26, contando ainda com Camille Spink, Kayla Wilson e Pash Kelly.

O bronze foi para as canadenses Mary-sophie Harvey, Julie Brousseau, Brooklyn Douthwright e Katerine Savard (7min56s98).

COMO FOI | O segundo dia de disputas da natação nos Jogos Pan-Americanos 2023

Na base da superação, dois bronzes nos 400m medley

Gabrielle Roncatto fez uma prova de recuperação e acabou com o bronze nos 400m medley feminino, com um tempo de 4min47s92. Nathalia Almeida foi a quinta colocada, com 4min52s15.

Julie Brousseau, do Canadá, acabou com o ouro, fazendo o percurso em 4min43s76. A americana Lucerne Bell foi prata, com 4min44s27.

No masculino, o americano Jay Litherland, medalha de prata em Tóquio 2020, confirmou o favoritismo e acabou com o ouro, com 4min15s44.

Brandonn Almeida foi bronze na prova, com 4min18s74. Ele terminou os primeiros 100m em oitavo, chegou a estar em quinto lugar após fazer a virada para o estilo livre em terceiro, mas conseguiu se recuperar e foi ao pódio.

"A prova não saiu encaixada, os meus primeiros 200 [metros] não foram como eu gostaria, mas eu consegui ser frio, ouvi a torcida e fez totalmente a diferença no fim. Pensava comigo 'faz o seu, faz o seu e não perde para você', não me preocupei com o adversário, foquei em mim e fiz a minha prova", falou um contente Brandonn Almeida para o Olympics.com.

O resultado foi uma posição melhor que seu tempo de 4min22s46, que lhe deu o quarto lugar nas eliminatórias.

A prata ficou com o canadense Collyn Gagne (4min17s05). Alexander Steverink foi o sexto colocado (4min22s29).

Brasil fora do pódio nos 50m livre

Nos 50m livre masculino, o Brasil teve desempenho discreto. Guilherme Caribé foi o quinto colocado, com os mesmos 22s27 do mexicano Gabriel Castaño.

Por sua vez, Victor Alcará empatou na sétima posição com o argentino Guido Buscaglia - ambos fizeram 22s39.

O vencedor foi o americano David Curtiss, que fez 21s85 e baixou em cinco centésimos seu melhor tempo das eliminatórias, seguido do seu compatriota Jonathan Kulow, com 21s90. Taylor Lamar, das Bahamas, acabou com o bronze (22s13).

Já entre as mulheres, Lorrane Ferreira foi a quarta colocada,** com um tempo de 25s17 - a 33 centésimos da canadense Maggie Macneil e da americana Gabi Albiero, que dividiram a medalha de ouro com 24s84. O bronze ficou com Catie de Loof, também dos EUA (24s88).

Stephanie Balduccini também nadou a final e terminou na quinta posição, com 25s25.

Brasil passa em branco nos saltos ornamentais

Hoje foram realizados dois eventos dos saltos ornamentais. No trampolim sincronizado 3m, **Rafael Fogaça e Diogo Silva **acabaram em **oitavo e último lugar, ** com uma nota total de 267.81.

Os mexicanos **Rodrigo Diego **e Osmar Olvera ficaram com o ouro, com um somatório de 425.46. A prata ficou para **Daniel Restrepo e Luis Felipe Uribe, **da Colômbia (398.67), e o bronze foi para Tyler Downs e Jack Ryan (368.64).

Outro evento realizado nesta terça-feira foi o trampolim 3m feminino. As brasileiras **Luana Lira **e Anna Santos não conseguiram classificação à final, terminando em 15oe 16o lugares, respectivamente.

O melhor desempenho da fase eliminatória foi da mexicana **Arantxa Chavez (329.15), **seguido das americanas Krysta Palmer (312.60) e Hailey Hernandez (306.60).

Chavez acabou com a medalha de prata (336.85), enquanto Palmer foi bronze (323.85). O ouro foi para a canadense Pamela Ware, com 342.75.

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