Noite dos Guilhermes: Caribé e Costa colecionam ouros na natação em Santiago 2023
Baiano tinha vencido 4x100m masculino e misto, e fluminense os 400m livre. Stephanie Balduccini é prata nos 100m feminino e ajuda no bronze do 4x100m medley misto, enquanto Gabrielle Assis e Viviane Jungblut foram terceiro nos 200m peito e 800m livre, respectivamente. Nos saltos ornamentais, Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso são bronze na plataforma sincronizada 10m.
Guilherme foi sinônimo de medalha de ouro na natação nesta segunda-feira, terceiro dia de disputas da modalidade nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023.
Primeiro foi o Caribé, que conquistou sua terceira medalha dourada ao vencer os 100m livre, após fazer parte dos vitoriosos revezamentos 4x100m masculino e misto.
Mais para o fim do dia, o Brasil celebrou o triunfo de mais um Guilherme, o Costa, que prevaleceu em uma disputa muito acirrada nos 800m livre para ganhar seu segundo ouro, com direito a recorde pan-americano.
Caribé fez um tempo de 48s06, superando os americanos Brooks Curry e Jonathan Kulow, que empataram em 48s38 e ficaram com a prata.
"Essa prova aqui é uma das mais nobres da natação, uma prova clássica e clássica para o Brasil, a gente teve muitos nadadores nos 100m livre, então é bem gratificante ser mais um representante dessa prova. Tá sendo bem legal, três dias aqui e três medalhas de ouro," comentou o nadador após a prova, em declaraçào divulgada pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
"Foi passar tranquilo ali no fim, sem afobar, para garantir essa vitória," completou Caribé sobre a concorrência dos americanos nos metros finais da prova.
Outro medalhista de ouro no revezamento, Marcelo Chierighini também nadou a prova e ficou em quinto, com 48s92. Na final B, Breno Martins foi o quinto, com 50s19.
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Em prova emocionante, deu 'Cachorrão' nos 800m
Nos 800m masculino, deu Guilherme Costa. O "Cachorrão" dessa vez teve trabalho para superar o venezuelano Alfonso Mestre, que disputou o ouro com ele durante toda a prova.
No fim, o fluminense acabou com um tempo de 7min53s01, novo recorde pan-americano, enquanto o rival veio quase dois segundos atrás, com 7min54s46.
O terceiro lugar foi para John William Gallant, dos Estados Unidos (7min58s96).
"A prova de hoje foi muito difícil, muito bem disputada. Tive de ficar controlando o tempo todo. Sei que no final consigo crescer bastante, então tento me manter o tempo todo assim para fazer como fiz hoje. Falta a medalha Olímpica, é meu grande objetivo. Vai ser ano que vem, então quero chegar muito bem lá," ressaltou Guilherme Costa em entrevista à imprensa após a conquista da medalha.
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Stephanie fecha o dia com duas medalhas
Stephanie Balduccini foi a nadadora que mais celebrou hoje, ao assegurar duas medalhas.
A primeira final foi nos 100m livre feminino, em que acabou com a prata, com um tempo de 54s13. Ela ficou apenas atrás da canadense Maggie Macneil, que venceu com 53s64, novo recorde pan-americano.
O bronze foi para Catie de Loof, dos Estados Unidos, que fez 54s50.
Por sua vez, Ana Vieira acabou em sexto lugar, com 55s07. Celine Bispo nadou a final B e acabou na última posição, com 57s82.
Mais tarde, Stephanie ainda conseguiu se recuperar para fazer parte da performance do bronze do revezamento 4x100 misto medley.
No sábado, ela também ficou em terceiro, mas no revezamento 4x100m livre.
Medalha inédita com Gabrielle Assis nos 200m peito
Nos 200m peito feminino, Gabrielle Assis ficou com o bronze, garantindo uma medalha inédita para o Brasil nessa prova.
Ela completou em 2min25s52. O ouro e a prata foram para o Canadá: Sydney Pickrem (2min23s39) e Lauren Wog (2min23s49), respectivamente.
Bruna Leme nadou a final B e ficou em segundo lugar, com 2min32s59, terminando no décimo lugar geral.
Nos 200m peito masculino, oitavo lugar para Raphael Rached, com um tempo de 2min15s85.
O campeão foi o americano Jacob Foster, com 2min10s71, seguido do canadense Brayden Taivassalo (2min10s89), prata, e do mexicano Andres Puente Bustamante (2min11s99), medalhista de bronze.
O Brasil não teve representantes na final feminina dos 100m costas, vencida pela americana Josephine Fuller (59s67). Helen Noble, também dos EUA, ficou com a prata (59s84), enquanto a canadense Danielle Hanus foi bronze (1min01s49).
Maria Luiza Pessanha venceu a final B, com um tempo de 1min05s42, enquanto Julia Goes foi a sexta colocada, com 1min03s47.
Nos 100m costas masculino, Guilherme Basseto e Gabriel Fantoni largaram muito bem e chegaram à metade da prova na primeira e segunda colocações, respectivamente. Porém, acabaram ultrapassados no fim pelo americano Adam Cheney, que venceu ao fazer o percurso em 54s20.
A prata foi para Ulises Saravia, da Argentina (54s23), e o bronze acabou com o canadense Blake Tierney (54s25).
No fim, Guilherme fechou na quarta colocação (54s40), enquanto Gabriel foi o sexto (54s82).
Viviane Jungblut repete bronze nos 800m livre
Nos 800m livre feminino, bronze para Viviane Jungblut, que também disputa provas de águas abertas. Ela fez um tempo de 8min33s55 e superou a chilena Kristel Köbrich, que passou a maior parte da prova na terceira colocação.
Foi a terceira medalha pan-americana de Viviane, que também havia sido bronze nesta prova em Lima 2019.
A vitória ficou com a americana Paige Madden, que concluiu em 8min27s99, seguido de sua compatriota Rachel Stege (8min28s50).
Revezamentos seguem indo ao pódio
Fechando a jornada, a equipe brasileira terminou em terceiro lugar a prova do revezamento 4x100m medley misto. Stephanie, Guilherme Basseto, João Gomes e Clarissa Rodrigues concluíram a prova em 3min49s24.
O ouro ficou com os Estados Unidos, que estabeleceu o novo recorde pan-americano com um tempo de 3min44s71. A equipe americana foi formada por Helen Noble, Jacob Foster, Kelly Pash e Jonathan Kulow.
Em segundo veio o Canadá, com 3min46s20. A representação canadense nadou com Javier Acevedo, Gabe Mastromatteo, Maggie Macneil e Mary-sophie Harvey.
Depois das finais dessa segunda, a natação do Brasil soma agora 17 medalhas na capital chilena.
Ingrid e Giovanna se reconectam com medalha
Além das muitas finais da natação, os saltos ornamentais também fizeram duas provas valendo medalhas nesta segunda-feira. E o Brasil foi ao pódio na plataforma sincronizada 10m feminina, com Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso conquistando o bronze.
A dupla brasileira fechou a prova com uma soma de 273.60. Foi a primeira medalha do Brasil na modalidade em Santiago.
Ingrid e Giovanna não se falavam por problemas pessoais. No início deste ano, as duas conversaram para se entender e poder voltar a competir juntas.
“Essa não é só uma medalha comum. Ela tem um peso muito importante. É além de uma medalha. É como se fosse a nossa união de novo. Queríamos saltar sincronizado, porque voltamos a nos conectar. Sempre que eu ver essa medalha, vou lembrar da Giovanna. Essa medalha vai se chamar Giovanna agora (risos)”, disse Ingrid à CBDA.
“É uma medalha muito importante, por ter voltado a falar com ela, por ser a nossa primeira competição depois de sete anos, por ser a primeira depois de ter sido mãe. A medalha de Toronto foi importante, mas essa foi ainda mais por tudo que passamos juntas”, completou Giovanna.
O favoritismo das mexicanas Gabriela Agundez e Alejandra Orozco, que foram bronze na prova em Tóquio 2020, acabou confirmado com o ouro hoje. Elas fizeram uma pontuação total de 315.12.
A prata ficou com as canadenses Caeli McKay e Kate Anne Miller, que fecharam com 310.29. Os Estados Unidos não disputaram a prova.
Ainda hoje acontece a final do trampolim 3m masculino. Representantes do Brasil, Rafael Max e Rafael Fogaça ficaram pelas preliminares, terminando nas posições de número 16 e 19, respectivamente - apenas os 12 melhores avançavam.
O campeão foi o mexicano Osmar Olvera, com uma soma final de 536.15. Luis Felipe Uribe, da Colômbia, terminou com a prata, ao totalizar 444.25, e o americano Jack Ryan completou o pódio (435.35).