Ítalo Ferreira ocupa a oitava colocação do ranking mundial da Liga Mundial de Surfe (WSL) antes da etapa de Saquarema, que acontece nesta semana, terminar. O potiguar precisa encerrar a temporada regular no top 5 para avançar às finais do circuito.
Em 2022, Ítalo também teve que se recuperar na segunda metade da temporada e passou no teste com louvor, chegando às finais e conquistando o vice-campeonato. Um desempenho que ele espera repetir desta vez.
“Na minha vida, as coisas sempre foram do jeito difícil. Acho que é para testar minha fé”, afirmou Ítalo ao Olympics.com.
“É por isso que estou aqui hoje. Tenho boas chances de ter bons resultados nas próximas etapas, onde eu tive bons resultados no ano passado. Não é questão de repetir, mas de fazer melhor e tentar chegar no top 5 e depois no título”, acrescentou.
Ítalo já começou com o pé direito em Saquarema, vencendo a bateria da primeira rodada contra o japonês Kanoa Igarashi, medalhista Olímpico de prata, e o italiano Leonardo Fioravanti. O brasileiro não precisará disputar a rodada eliminatória e já está garantido nas oitavas de final.
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Ítalo Ferreira: todos sonham com Paris 2024
Por onde passa, Ítalo relembra de sua campanha histórica em Tóquio 2020, que fez dele o primeiro campeão Olímpico do surfe. Um feito que inspira todos os surfistas do circuito a sonharem com os Jogos Olímpicos.
“Eu vivi grandes momentos em Tóquio. É algo em que eu ainda penso bastante e que foi um dos momentos mais felizes da minha vida”, comentou. “A gente ficou meio afastado da Vila Olímpica, mas foi melhor para eu me concentrar e pensar no objetivo final.”
Em Paris 2024, o surfe estará ainda mais longe do centro dos Jogos. A disputa será em Teahupo’o, no Taiti, arquipélago da Polinésia Francesa.
“É incrível representar o país, ter toda uma nação pensando em você. Não vai ser diferente em Paris, todo surfista sonha em estar nos Jogos de Paris”, disse Ítalo.
A WSL 2023 é o principal caminho de classificação para o surfe em Paris 2024. No masculino, os 10 melhores do circuito, com máximo de dois atletas por país, conquistam vagas nominais para os Jogos.
“É quase um bônus. Você é campeão e está automaticamente classificado para as Olimpíadas. Depois que os surfistas viram quão grandes são as Olimpíadas e quão grande isso se torna na sua vida... então este ano está bem mais disputado e interessante de ver”, opinou Ítalo.
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