Filipe Toledo: ‘As Olimpíadas são o ápice do nosso esporte’

Paris 2024

Em busca de sua primeira participação nos Jogos Olímpicos em Paris 2024, o atual campeão da WSL fala sobre seu desejo de conquistar uma medalha de ouro, enquanto luta por mais um título na liga.

3 minPor Sheila Vieira
Filipe Toledo
(2023 World Surf League)

Filipe Toledo vive o auge de sua carreira, como atual campeão da WSL (Liga Mundial de Surfe) e forte candidato a repetir o feito em 2023. Mas uma parte da sua mente e do seu coração estão no próximo ano, quando ele pretende se tornar campeão Olímpico.

“Eu acho que as Olimpíadas hoje em dia são o ápice do nosso esporte, da conquista, da vitória”, disse Filipe ao Olympics.com antes da etapa de Saquarema da WSL.

Em Tóquio 2020, o Brasil podia ter apenas dois representantes, que foram o medalhista de ouro Ítalo Ferreira e Gabriel Medina.

“Nosso esporte ainda é muito novo nas Olimpíadas, mas já está fazendo história. Então ter um ouro Olímpico na bagagem é algo que pode trazer grandes oportunidades para um futuro mais promissor ainda”, acrescentou.

Título da WSL e ouro Olímpico, o '2 em 1' que Filipe Toledo quer

Para garantir um lugar nos Jogos Olímpicos, basta que Filipe esteja entre os 10 melhores da WSL em 2023, desde que seja um dos dois melhores brasileiros no circuito. Uma motivação extra, mesmo que já não fosse necessária.

“Sem dúvida, traz um combustível a mais. Obviamente estou lutando pelo bicampeonato e consequentemente por uma vaga Olímpica, então o plano é esse: quem sabe ganhar um e consequentemente ganhar outro.”

Quando perguntado durante a coletiva de imprensa da etapa da Saquarema se escolheria mais um título da WSL ou um ouro Olímpico, Filipe disse ser “uma escolha muito difícil”.

“Consegui meu sonhado título, então a Olimpíada não seria nada mal. Se tivesse que escolher só uma opção, acho que seria nesse momento as Olimpíadas. Mas se puder ser 2 em 1, seria bom”, brincou.

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Filipe Toledo, o paulista 'Rei do Rio'

Campeão das últimas três edições realizadas em Saquarema, Filipe aceita a alcunha de “Rei do Rio”, apesar de ser paulista.

“Enquanto a gente ainda não etapa lá em Ubatuba, vamos ganhando onde dá. Apesar de não ser daqui, eu represento um país inteiro. Poder fazer essa história no Brasil é muito bom. Sou muito bem recebido em todos os lugares, estar representando o verde e amarelo no topo do pódio é incrível.”

Filipe também foi só elogios para o americano Griffin Colapinto, a quem derrotou em El Salvador e o único à sua frente no ranking da WSL.

“É uma rivalidade bem saudável, moramos na mesma cidade, nos encontramos muito. É um moleque de coração muito bom, me trata com muito respeito, muita humildade. É uma rivalidade saudável, como tenho com Ítalo, com o Gabriel.”

Após conquistar o título em El Salvador, Filipe assustou os fãs de surfe ao revelar que quase não conseguiu competir na final por dores nas costas. Ele explicou que se tratou de uma contratura muscular que está sob controle. Processos que acontecem quando se surfa em alto nível por tanto tempo.

“A gente sabe que o ano é muito longo, mas consistência é um dos pontos principais que a gente precisa ter no circuito mundial. É difícil entender esse processo todo e ter essa fórmula, que não é exata, mas o pouco que você entende faz a diferença.”

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